MARAVILHA DO UNIVERSO

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Contemple a Maravilha do Universo

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Hubble detecta nuvens de gás que formam estrelas em galáxia vizinha






Hubble viu nuvens de poeira que formam estrelas na Grande Nuvem de Magalhães. Foto: ESA/NASA/Hubble.
O telescópio Hubble, da agência espacial americana Nasa, registrou enormes nuvens de gás que entram em colapso e formam novas estrelas na Grande Nuvem de Magalhães, galáxia anã vizinha da Via Láctea, a cerca de 200 mil anos-luz da Terra.
Os astros recém-nascidos, por sua vez, iluminam as nuvens em diferentes cores. A região mostrada na imagem abaixo é chamada LHA 120-N 11. As partes mais brilhantes da foto são denominadas NGC 1769 (no centro) e NGC 1763.
Ainda no meio da imagem, aparece uma mancha escura que encobre grande parte da luz. Essas nuvens de poeira contêm elementos químicos mais pesados e complexos, capazes de formar planetas rochosos como a Terra. Elas se parecem com fumaça e são formadas pelo material expulso por gerações anteriores de estrelas, ao morrerem.
Os dados da foto acima foram identificados pelo professor de astronomia americano Josh Lake, de Connecticut, na competição "Hubble's Hidden Treasures" (Tesouros Escondidos do Hubble, em inglês). O concurso convidou os inscritos a descobrir dados científicos inéditos ao analisar o imenso arquivo do Hubble, e a transformá-los em imagens impressionantes.
Lake ganhou o primeiro prêmio com essa imagem, que contrasta a luz incandescente de hidrogênio e nitrogênio na LHA 120-N 11. O registro combina dados identificados em exposições feitas em luz azul, verde e próximo ao infravermelho.
Segundo os astrônomos, a Grande Nuvem de Magalhães está localizada em uma posição ideal para estudar fenômenos que envolvem a formação de estrelas. Isso porque ela fica suficientemente longe da Via Láctea para não ser ofuscada pelo brilho de corpos celestes próximos ou pela poeira do centro da nossa galáxia. Além disso, está quase de frente para nós, o que facilita a observação.

Hubble viu nuvens de poeira que formam estrelas na Grande Nuvem de Magalhães. Foto: ESA/NASA/Hubble
O telescópio Hubble, da agência espacial americana Nasa, registrou enormes nuvens de gás que entram em colapso e formam novas estrelas na Grande Nuvem de Magalhães, galáxia anã vizinha da Via Láctea, a cerca de 200 mil anos-luz da Terra.
Os astros recém-nascidos, por sua vez, iluminam as nuvens em diferentes cores. A região mostrada na imagem abaixo é chamada LHA 120-N 11. As partes mais brilhantes da foto são denominadas NGC 1769 (no centro) e NGC 1763.
Ainda no meio da imagem, aparece uma mancha escura que encobre grande parte da luz. Essas nuvens de poeira contêm elementos químicos mais pesados e complexos, capazes de formar planetas rochosos como a Terra. Elas se parecem com fumaça e são formadas pelo material expulso por gerações anteriores de estrelas, ao morrerem.
Os dados da foto acima foram identificados pelo professor de astronomia americano Josh Lake, de Connecticut, na competição "Hubble's Hidden Treasures" (Tesouros Escondidos do Hubble, em inglês). O concurso convidou os inscritos a descobrir dados científicos inéditos ao analisar o imenso arquivo do Hubble, e a transformá-los em imagens impressionantes.
Lake ganhou o primeiro prêmio com essa imagem, que contrasta a luz incandescente de hidrogênio e nitrogênio na LHA 120-N 11. O registro combina dados identificados em exposições feitas em luz azul, verde e próximo ao infravermelho.
Segundo os astrônomos, a Grande Nuvem de Magalhães está localizada em uma posição ideal para estudar fenômenos que envolvem a formação de estrelas. Isso porque ela fica suficientemente longe da Via Láctea para não ser ofuscada pelo brilho de corpos celestes próximos ou pela poeira do centro da nossa galáxia. Além disso, está quase de frente para nós, o que facilita a observação.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Telescópio registra brilho de novas estrelas sob camada de poeira



No lado esquerdo da imagem aparece a nuvem de poeira, que está ligada ao pequeno grupo de estrelas brilhantes (à direita). Foto: ESO/Divulgação
O Observatório Europeu do Sul (ESO, na sigla em inglês) divulgou nesta quarta-feira uma dos melhores registros já feitos de um berçário de novas estrelas brilhantes em meio a uma camada de poeira cósmica. A imagem foi feita pelo telescópio MPG, situado no Observatório de La Silla, no Chile.
No lado esquerdo da imagem aparece a nuvem de poeira, que está ligada ao pequeno grupo de estrelas brilhantes, registrado do lado direito da foto. A poeira cósmica é um berçário onde nascem as novas estrelas.
"À medida que as estrelas tornam-se mais quentes e brilhantes, a intensa radiação que emitem, assim como os ventos estelares, limpam as nuvens à sua volta, até que finalmente aparecem com todo o brilho", informou o observatório após análise dos dados coletados.
Segundo o ESO, é provável que o Sol tenha se formado em um berçário de estrelas semelhante ao da imagem, há mais de 4 mil milhões de anos. A nuvem, conhecida como Lupus 3, situa-se a cerca de 600 anos-luz de distância na constelação do Escorpião.

domingo, 20 de janeiro de 2013


TELESCÓPIO ESPACIAL HERSCHEL OBSERVA GRANDES RESERVATÓRIOS DE ÁGUA NUMA NEBLINA DE NASCIMENTO ESTELAR

A Nuvem Touro molecular 
Vista infravermelho Herschel, de parte da nuvem molecular Taurus, dentro do qual a brilhante, L1544 fria nuvem pré-estelar pode ser visto no canto inferior esquerdo. É cercada por muitas outras nuvens de gás e poeira de densidade variável.
O Touro nuvem molecular é de cerca de 450 anos-luz da Terra e é o mais próximo grande região de formação de estrelas.
Herschel da ESA observatório espacial descobriu vapor de água suficiente para encher os oceanos da Terra mais de 2000 vezes, em uma nuvem de gás e poeira que está à beira de entrar em colapso em uma estrela semelhante ao Sol novo.
As estrelas se formam dentro de frio, nuvens escuras de gás e poeira - 'pré-estelares núcleos' - que contém todos os ingredientes para tornar os sistemas solares como o nosso.
Água, essencial para a vida na Terra, tenha sido previamente detectados fora do nosso Sistema Solar, como gás e gelo revestido em grãos de poeira minúsculos perto de locais de formação estelar, e em proto-planetários discos capazes de formar alienígenas sistemas planetários.
As novas observações do Herschel de um núcleo pré-estelar frio na constelação de Touro conhecido como Lynds 1544 são a primeira detecção de vapor de água em uma nuvem molecular à beira de formação de estrelas.
Mais de 2000 oceanos da Terra-estima de vapor de água foram detectados, liberado a partir de grãos de poeira gelada de alta energia dos raios cósmicos que passam através da nuvem.
"Para produzir essa quantidade de vapor, deve haver um monte de gelo de água na nuvem, no valor de mais de três milhões de oceanos da Terra congelados", afirma Paola Caselli da Universidade de Leeds, Reino Unido, principal autor do artigo que apresenta os resultados na revista Astrophysical Journal Letters .
"Antes nossas observações, o entendimento era de que toda a água foi congelada em grãos de poeira, porque era muito frio para estar na fase gasosa e por isso não poderia medir.

Água em L1544
"Agora, será necessário rever a nossa compreensão dos processos químicos nessa região densa e, em especial, a importância de raios cósmicos a manter uma certa quantidade de vapor de água."
As observações também mostraram que as moléculas de água estão a fluir em direcção ao centro da nuvem, onde a nova estrela irá provavelmente formar, indicando que o colapso gravitacional acaba de começar.
"Não há absolutamente nenhum sinal de estrelas nesta nuvem escura de hoje, mas, olhando para as moléculas de água, que pode ver a evidência de movimento no interior da região, que pode ser entendido como o colapso da nuvem inteiro para o centro", diz o Dr. Caselli.
"Há material suficiente para formar uma estrela, pelo menos, tão grande como o nosso Sol, o que significa que ele também poderia ser a formação de um sistema planetário, possivelmente um como o nosso."
Uma parte do vapor de água detectado em L1544 irá para formar a estrela, mas o restante será incorporada no disco circundante, fornecendo um reservatório de água para alimentar rico potenciais novos planetas.
"Graças ao Herschel, nós agora podemos seguir o" caminho da água "a partir de uma nuvem molecular no meio interestelar, através do processo de formação de estrelas, a um planeta como a Terra, onde a água é um ingrediente fundamental para a vida", diz a equipe Herschel da ESA, cientista do projeto, Göran Pilbratt.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

LINDAS VISTAS DE NEBULOSAS ESCURAS EM ÁQUILA


Crédito de imagem e direitos autorais: Adam Block, Mt. Lemmon SkyCenter, University of Arizona
Parte de uma expansão escura que cruza o plano conturbado da Via Láctea, o chamado Aquila Rift arqueia através dos céus de verão do hemisfério norte perto da brilhante estrela Altair e do Triângulo do Verão. Com a sua silhueta marcada contra a luz das estrelas apagadas da Via Láctea, essas nuvens moleculares empoeiradas provavelmente contêm material bruto para formar centenas de milhares de estrelas e os astrônomos vasculham essas nuvens atrás de sinais de nascimento de estrelas. Essa bela paisagem telescópica foi feita através de uma observação em direção à fragmentada nuvem escura complexa de Aquila identificada como LDN 673, que se espalha através do campo de visão numa distância um pouco maior do que a Lua Cheia. Nessa cena, pode-se observar indicações de fluxos energéticos associados com jovens estrelas que inclui a pequena e avermelhada nebulosidade RNO 109 na parte superior esquerda e o objeto Herbig-Haro HH32 acima e a direita do centro. Estima-se que as nuvens escuras de Aquila estejam localizadas a aproximadamente 6000 anos-luz de distância. Considerando essa distância a imagem acima se espalha por aproximadamente 7 anos-luz.
Detalhes desta imagem sem filtro algum
telescópio:    8 "f5 newtoniano refletor
câmara:  ST-8XME, auto-guiadas, 1x1 binned, Temp-20C, controle de câmera Maxim DL 4,56
imagem: Lumicon filtro vermelho, 710 minutos (71 x 10 subs minutos), 08/28/29/30/31/2010; 2,4-3,3 FWHM por CCDStack
processamento:  CCDStack 2.11.3874.21660, 
Localização:  Rolando Telhado Observatório, Thousand Oaks, CA 91360 (34 d 13m 29s-118h 52m 20s)
Notas: * Esta nebulosa muito fotogênica e escura em Aquila não está listado no meu software de gráficos (Megastar v5.0.12). Eu vi esta imagem de bela cor de LDN 673 por Bernhard Hubl, e só tinha de tentar. Há muitos objetos nomeados neste campo ... aqui é a imagem de Bernhard marcado com alguns deles. O centro de coordenadas listados são do CDS.

sábado, 12 de janeiro de 2013


VIA LÁCTEA PODE TER 17 BILHÕES DE "TERRAS" DIZ ESTUDO



Imagem artistica mostra diferentes tipos de planetas na Via Láctea detectados pelo Kepler.
Até uma em cada seis estrelas pode abrigar em sua órbita um planeta do tamanho da Terra, segundo uma pesquisa divulgada nesta semana. Com base nesse dado, os autores da pesquisa afirmam que pode haver um total de 17 bilhões desses planetas em toda a galáxia.
A pesquisa, divulgada no encontro semestral da Sociedade Astronômica Americana, na Califórnia, foi baseada em análises de possíveis planetas revelados pelo telescópio espacial Kepler.
A equipe responsável pelo Kepler também anunciou 461 novos candidatos a planetas, elevando a 2.740 o número total de planetas já identificados.
Desde seu lançamento, em 2009, o telescópio Kepler vem observando uma parte fixa do céu, captando mais de 150 mil estrelas em seu campo de visão.
Ele detecta a diminuta redução na luz que chega de uma estrela quando um planeta passa em frente a ele, no que é chamado trânsito.
Mas essa é uma medida difícil de se fazer, com a luz total mudando apenas frações de porcentagem. Além disso, nem toda redução se deve a uma estrela.
O astrônomo François Fressin, do Centro Harvard-Smithsonian para Astrofísica - que descobriu o primeiro planeta do tamanho da Terra - começou a tentar descobrir não somente quais candidatos detectados pelo Kepler podem não ser planetas, mas também quais planetas podem não ser visíveis ao Kepler.
"Temos que corrigir duas coisas. Primeiro, a lista de candidatos do Kepler é incompleta", disse Fressin à BBC.
"Nós somente vemos os planetas que estão em trânsito pelas suas estrelas hospedeiras, estrelas que por acaso têm um planeta que está bem alinhado para que nós o vejamos. Para cada um deles, há dezenas que não estão nessas condições", explica.
"A segunda grande correção é na lista de candidatos - há alguns que não são planetas verdadeiros transitando sua estrela hospedeira, são outras configurações astrofísicas", diz.
Isso pode incluir, por exemplo, estrelas binárias, nas quais uma estrela orbita outra, bloqueando parte da luz conforme as estrelas "transitam"umas às outras.
"Nós simulamos todas as possíveis configurações em que podíamos pensar - e descobrimos que elas poderiam representar apenas 9,5% dos planetas Kepler, e que todo o resto são planetas genuínos", explicou Fressin.
Os resultados sugerem que 17% das estrelas hospedam um planeta com tamanho até 25% superior ao da Terra, com órbitas fechadas que duram apenas 85 dias ou menos - semelhante ao do planeta Mercúrio.
Isso significa que a galáxia abrigaria ao menos 17 bilhões de planetas do tamanho da Terra.
O estudo divulgado por Fressin foi complementado pelos resultados de uma pesquisa do astrônomo Christopher Burke, do Seti Institute, que anunciou a descoberta de mais 461 candidatos a planetas.
Desse montante, uma fração substancial tem o tamanho da Terra ou não são muito maiores - planetas que até agora vinham sendo particularmente difíceis de serem detectados.
"O que é particularmente interessante é que quatro desses novos planetas - com menos de duas vezes o tamanho da Terra - estão potencialmente na zona habitável, a localização em torno de uma estrela onde poderia potencialmente haver água líquida para sustentar a vida", disse Burke à BBC.
Um dos quatro planetas, batizado de KOI 172.02, tem apenas uma vez e meia o diâmetro da Terra e orbita uma estrela semelhante ao Sol - no que seria a versão mais próxima já descoberta de uma "gêmea" da Terra.
"É muito animador, porque estamos realmente começando a aumentar a sensibilidade a essas coisas na zona habitável - estamos realmente só chegando à fronteira dos planetas que podem potencialmente ter vida", diz Burke.
William Borucki, um dos líderes da missão do Kepler, se disse "encantado" com os novos resultados.
"A coisa mais importante é a estatística - não encontramos somente uma Terra, mas cem Terras, que é o que veremos com o passar dos anos com a missão Kepler - porque ele foi desenvolvido para encontrar várias Terras", disse.

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

SISTEMAS DUPLOS DE ESTRELAS PODE ESCONDER UM TERCEIRO COMPANHEIRO



 As maiores binários e sistemas triplos têm órbitas muito alongadas, por isso as estrelas passam a maior parte do seu tempo longe um do outro. Mas de vez em toda a revolução orbital são em sua maior aproximação. CRÉDITO: impressão do artista por Karen Teramura (UH Instituto de Astronomia), fotografia do fundo por Wei-Hao Wang
Pares de estrelas com separações 500 vezes o tamanho do sistema solar poderia ser trigêmeos no disfarce. Nova pesquisa indica que muitos dos conhecidos grandes binários (sistemas de duplas estrelas) pode ter uma vez continha três estrelas, e muitos ainda poderia abrigar um terceiro.
Unidos pela gravidade, estrelas binárias fazer uma grande percentagem do universo. Enquanto a maioria são próximos, alguns pares pode orbitar com separações de milhares de vezes maiores do que a distância entre a Terra e o Sol , conhecida como uma unidade astronômica. Mas a ampla difusão entre as duas estrelas significa que eles não poderiam ter se formado na mesma nuvem de poeira e gás, deixando astrônomos quebrar a cabeça para como se formaram.
"Este tem sido um mistério de longa data sobre esses binários muito grandes," Bo Reipurth, da Universidade do Havaí em Manoa, disse SPACE.com.
Quando um binário se torna um triplo
Os cientistas estimam que mais de 10 por cento das estrelas no universo são parte de binários de largura . Um exame atento de muitos destes pares às vezes pode revelar que o corpo central não é uma, mas duas estrelas que orbitam perto, fazendo com que alguns se perguntam quão comum tais sistemas triplos.
Trabalhar com Seppo Mikkola da Universidade da Finlândia Turku, Reipurth propôs que três estrelas dentro de uma nuvem de gás molecular e poeira são gravitacionalmente ligadas juntos logo após a formação. O grupo inicia suas vidas juntos, mas as interações entre os três eventualmente resultar em uma das estrelas serem lançadas a partir do grupo. Um empurrão forte o suficiente poderia remover a estrela do sistema completamente, mas um resultado mais fraco em uma órbita distante. Às vezes o sistema pode durar dezenas de milhares de séculos, antes de perder a estrela distante, outras vezes, ele pode estabilizar o suficiente para bilhões de anos.
O pontapé energético que empurra a terceira estrela fora também impulsiona as duas estrelas restantes juntos em um binário perto. Se a ejeção vem enquanto as estrelas ainda estão incorporados dentro da nuvem, o par restante pode até se fundem em uma única estrela, fazendo com que o sistema final de um binário verdadeiro.
Reipurth descreveu a nuvem como "É como andar um pouco na lama."
"Você se sente uma resistência", disse ele.
O arrasto pode causar a dupla a espiral em conjunto e, eventualmente, fundir.
De acordo com Reipurth, isto descrevem muitos dos sistemas em que apenas uma estrela se encontra no centro.
"Este tipo de evolução só pode acontecer quando você está dentro de um núcleo densa nuvem", disse ele. "Isso não vai acontecer após o binário tem encantado o seu gás e poeira."
Se um planeta orbitando uma foram de perto estes binários, seria experimentar um impressionante nascer do sol duplo , mas uma terceira estrela seria tão distante como a exigir um telescópio para ver. Da mesma forma, as pessoas em um planeta orbitando a estrela distante iria ver um pôr do sol único, sem nunca perceber que uma outra estrela ou dois fizeram o seu sistema. [ Infográfico: Como '' planetas que orbitam as estrelas gêmeas de Kepler-47 ]

Três é uma multidão
Ampla binários, onde duas estrelas estão gravitacionalmente ligadas, mas orbitam-se de muito longe, há muito tempo, desde um quebra-cabeça para os astrônomos. O vasto espaço entre essas estrelas significa que eles não poderiam ter se formado em tais distâncias dentro do núcleo da nuvem mesmo.
Os cientistas teorizaram que os sistemas binários de largura poderia resultar quando uma estrela em um cluster de captura de outro, um evento que iria obrigá-los à deriva na mesma direção ao mesmo tempo. Este cenário permite que as estrelas para formar juntas, dentro do mesmo sistema, por sua vez, uma maior probabilidade de eventos.
A terceira estrela é a chave para a ejeção, Reipurth explicou.
"É um fato da natureza que, se você tem dois corpos sozinho, então eles se movem de uma maneira completamente determinista - é possível dizer exatamente onde eles serão mais tarde em suas órbitas", disse ele. "Assim que você colocar um terceiro corpo lá, o sistema torna-se completamente caótico."
Dois corpos juntos simplesmente orbitar um ao outro, se não for interrompida. Mas o terceiro corpo cria um "chute" que, eventualmente, resulta na ejeção de uma das estrelas a uma órbita distante.
Ao longo de vários meses, e Reipurth Mikkola correu mais de 180.000 simulações de sistemas triplos que evoluem em binários de largura. Eles descobriram que mais de 10 por cento dos sistemas triplos acabou com milhares estrelas espalhadas ou dezenas de milhares de unidades astronômicas do outro, um número que concorda com as observações.
"Ficamos surpresos ao ver o quão bem os resultados concordaram com as observações", Mikkola escreveu em um e-mail. "Obtendo a resposta" certa "não necessita de quaisquer ajustes do modelo."

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

O CÉU DE VERÃO COM METANO E MONÓXIDO DE CARBONO EM TRITÃO


“Descobrimos evidências concretas de que o Sol marca a sua presença em Tritão, mesmo encontrando-se a tão grande distância. Esta lua gelada tem estações tal como a Terra, mas que variam muito mais lentamente,” diz Emmanuel Lellouch, autor principal do artigo científico que detalha estes resultados na revista da especialidade Astronomy & Astrophysics.
Segundo a primeira análise alguma vez feita no infravermelho da atmosfera do satélite de Neptuno, Tritão, o seu hemisfério sul encontra-se em pleno Verão. Uma equipa de observação europeia utilizou o Very Large Telescope do ESO e descobriu monóxido de carbono. Foi também detectado metano na fina atmosfera de Tritão pela primeira vez a partir do solo terrestre. Estas observações revelam que a atmosfera varia de estação para estação, tornando-se mais espessa quando está quente.
A temperatura média à superfície de Tritão ronda os - 235º Celsius, estamos actualmente no Verão no hemisfério sul e no Inverno no hemisfério norte. À medida que o hemisfério sul aquece uma camada fina gelada de azoto, metano e monóxido de carbono na superfície de Tritão sublima-se em gás, tornando a atmosfera gelada do satélite mais espessa à medida que a estação progride no decurso da órbita de 165 anos  que Tritão executa em volta do Sol. Uma estação em Tritão dura um pouco mais de 40 anos, e Tritão passou o solstício de Verão do hemisfério sul em 2000.
Baseando-se na quantidade de gás medido, Lelouch e colegas estimam que a pressão atmosférica de Tritão aumentou provavelmente de um factor de quatro quando comparada às medições feitas pela sonda Voyager 2 em 1989, quando ainda estávamos na Primavera deste satélite gigante. A pressão atmosférica de Tritão encontra-se agora entre os 40 e os 65 microbars - 20 000 menor do que a da Terra.
Sabia-se que monóxido de carbono se encontra presente à superfície sob a forma de gelo, mas Lellouch e a sua equipa descobriram que a camada mais superficial se encontra enriquecida por gelo de monóxido de carbono de cerca de um factor dez quando comparada com as camadas mais profundas, e que é esta camada superficial que alimenta a atmosfera. Embora a maior parte da atmosfera de Tritão seja composta por azoto (tal como na Terra), o metano na atmosfera, primeiramente detectado pela Voyager 2 e só agora confirmado por este estudo feito a partir da Terra, desempenha igualmente um papel importante. “O clima e os modelos atmosféricos de Tritão terão que ser revistos, agora que descobrimos monóxido de carbono e tornámos a medir o metano,” diz a co-autora Catherine de Bergh.
Dos 13 satélites de Neptuno, Tritão é claramente o maior, com 2700 quilómetros de diâmetro (cerca de três quartos da Lua), sendo o sétimo maior satélite de todo o Sistema Solar. Desde a sua descoberta em 1846, Tritão tem fascinado os astrónomos devido à sua actividade geológica, às muito diferentes superfícies de gelos, tais como o azoto gelado, a água  e o gelo seco (dióxido de carbono gelado),  e ao seu movimento retrógrado.
Observar a atmosfera de Tritão não é fácil, já que este satélite se encontra 30 vezes mais afastado do Sol do que a Terra. Nos anos 80 do século passado, os astrónomos pensavam que a atmosfera deste satélite de Neptuno devia ser tão espessa como a de Marte (7 milibars). Só quando a sonda Voyager 2 passou pelo planeta em 1989 é que a atmosfera de azoto e metano, com uma pressão actual de 14 microbars, 70 000 vezes menos densa que a da Terra, pôde ser medida. Desde então, as observações a partir do solo têm sido escassas. Observações de ocultações estelares (um fenómeno que ocorre quando um corpo do Sistema Solar passa em frente a uma estrela e tapa parte da sua radiação) indicavam que a pressão à superfície estava a aumentar desde os anos 90 do século passado. Foi preciso esperar pela construção do espectrógrafo CRICES (do inglês Cryogenic High-Resolution Infrared Echelle Spectrograph)  montado no Very Large Telescope (VLT) para que a equipa tivesse a oportunidade de desenvolver um estudo mais detalhado sobre a atmosfera de Tritão. “Necessitávamos da sensibilidade e capacidade do CRICES para obter espectros muito detalhados da sua muito ténue atmosfera,” diz o co-autor Ulli Käufl. As observações fazem parte de um programa que inclui igualmente um estudo de Plutão [eso0908].
Plutão, considerado muitas vezes como o primo de Tritão, tem condições similares e por isso está neste momento a atrair atenção devido a esta descoberta de monóxido de carbono em Tritão. Os astrónomos estão a tentar descobrir igualmente este químico neste planeta anão ainda mais distante.
Este é apenas o primeiro passo para que os astrónomos com a ajuda do CRICES compreendam a física dos corpos distantes do Sistema Solar. “Podemos agora começar a monitorizar a atmosfera e aprender muito sobre a evolução de Tritão com as estações, ao longo de décadas,” diz Lellouch.
Notas
 Tritão é o único satélite grande do Sistema Solar que apresenta um movimento retrógrado, isto é, um movimento que vai na direcção oposta ao da rotação do seu planeta. Esta é uma das razões porque se pensa que Tritão foi capturado da cintura de Kuiper, e como tal partilha muitas das características dos planetas anões, como Plutão.
Mais Informação
Este trabalho foi apresentado num artigo científico que sairá na revista da especialidade Astronomy & Astrophysics (“Detection of CO in Triton’s atmosphere and the nature of surface-atmosphere interactions”, por E. Lellouch et al.), reference DOI : 10.1051/0004-6361/201014339.
A equipa é composta por E. Lellouch, C. de Bergh, B. Sicardy (LESIA, Observatoire de Paris, França), S. Ferron (ACRI-ST, Sophia-Antipolis, França), e H.-U. Käufl (ESO).

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Os "estranhos" planetas descobertos nos últimos 20 anos



Nos últimos 20 anos, foram catalogados cerca de 850 planetas fora do nosso Sistema Solar. A busca por mundos que orbitem outras estrelas tem levado à descoberta de alguns planetas estranhos, desde um gigante de gás quente, mais escuro que carvão, até um planeta com quatro sóis. 
Projeção feita pela Nasa mostra o planeta Cancri (direita.) ao lado da Terra. Foto: AFP
Abaixo, alguns dos exemplos mais estranhos. 

Quatro sóis 

Em uma cena do filme da saga Star Wars, quando o personagem Luke Skywalker olha para o horizonte, vê dois sóis se pondo no planeta Tatooine. Os astrônomos já descobriram vários sistemas parecidos com o da ficção, nos quais os planetas orbitam estrelas duplas. Mas, em 2012, uma equipe de voluntários e astrônomos profissionais encontrou um planeta iluminado por quatro astros, o primeiro desse tipo. 

O mundo distante fica na constelação de Cygnus, orbita um par de astros e um segundo par gira em volta deles. Ele fica a 5.000 anos-luz da Terra e seu raio é seis vezes maior do que o do nosso planeta (do tamanho de Netuno). 

E, apesar de ser puxado por quatro forças gravitacionais diferentes, o planeta PH1 consegue manter uma órbita estável. A descoberta foi feita por voluntários que usavam o site Planet Hunters, junto com uma equipe de institutos científicos da Grã-Bretanha e dos Estados Unidos. O nome PH1 veio do site. 

Na época da descoberta, Chris Lintott, da Universidade de Oxford, disse à BBC que a descoberta "não era, em absoluto, algo que estávamos esperando". 

Escuridão 

Em 2011, um grupo de astrônomos americanos anunciou que um exoplaneta - mundo localizado fora do nosso Sistema Solar - do tamanho de Júpiter e conhecido como TrES-2b era o mais escuro já descoberto, refletindo apenas 1% da luz que o atingia. 

O TrES-2b é ainda mais escuro do que tinta acrílica preta e mais preto do que qualquer planeta ou lua do nosso Sistema Solar. Ele fica a 718 anos-luz da Terra e sua massa e raio são quase os mesmos que os do planeta Júpiter. A distância entre o TrES-2b e sua estrela pode ser um dos fatores responsáveis por essa escuridão. 

Em nosso Sistema Solar, Júpiter é coberto por nuvens brilhantes de amônia que refletem mais de um terço da luz do Sol que o alcança. 

Mas o TrES-2b orbita a uma distância de apenas 4,83 milhões de quilômetros de seu astro. A energia intensa do Sol esquenta o planeta a mais de 1.000ºC, o que o torna muito quente para a formação de nuvens de amônia. A atmosfera do TrES-2b também tem elementos químicos que absorvem ao invés de refletir a luz. 

Mas esses fatores não conseguem explicar totalmente a extrema falta de luz no planeta. Um dos autores do estudo sobre o TrES-2b, David Spiegel, da Universidade de Princeton, nos Estados Unidos, afirma que o planeta é tão quente que "emite um brilho vermelho fraco, muito parecido a uma brasa ou à espiral de um forno elétrico". 

Diamante 

Um planeta próximo na constelação de Câncer pode ter uma composição peculiar. O corpo celeste, conhecido como 55 Cancri E, "provavelmente é coberto de grafite e diamante em vez de água e granito", segundo o astrônomo Nikky Madhusudhan, da Universidade de Yale. 

O 55 Cancri e pertence à classe de mundos conhecida como planetas-diamante e acredita-se que seja rico no elemento carbono, que pode existir em várias formas estruturais, como grafite ou o diamante. Planetas ricos em carbono contrastam muito com a Terra, cujo interior tem, relativamente, pouco deste elemento, mas é rico em oxigênio. 

Ele fica a 40 anos-luz da Terra e o raio do planeta é duas vezes o tamanho do raio da Terra. Em 2012, Madhusudhan e seus colegas publicaram as primeiras medidas do raio do exoplaneta. Estes novos dados, combinados com as estimativas mais recentes da massa 55 Cancri E, permitiram que os cientistas deduzissem a composição química. 

Para fazer isto, eles usaram modelos em computadores do interior do planeta e calcularam as possíveis combinações de elementos e compostos que poderiam ter as características observadas. Os resultados sugerem que o 55 Cancri E é, em sua maior parte, composto de carbono (na forma de grafite e diamante), ferro, carboneto de silício e, potencialmente, silicato. 

Os cientistas estimam que pelo menos um terço da massa do planeta seja de diamante, o equivalente a três vezes a massa da Terra. 

Engolido 

Localizado na constelação de Auriga (também conhecida como Cocheiro), a 600 anos-luz da Terra, o planeta Wasp-12b está sendo devorado lentamente pela sua estrela, a Wasp-12. 

O planeta gigante orbita tão próximo à estrela semelhante ao Sol que sua temperatura chega a 1.500ºC. Ele está sendo distorcido, chegando à forma de uma bola de rúgbi, devido à gravidade da estrela. 

A grande proximidade entre o Wasp-12b e a estrela levou a atmosfera do planeta a se expandir a um raio três vezes maior que a de Júpiter. Material proveniente dela está "vazando" para a estrela. 

"Vemos uma grande nuvem de materiais em volta do planeta, que está escapando e será capturado pela estrela", disse a astrônoma Carole Haswell, da Open University britânica. 

Haswell e sua equipe usaram o telescópio Hubble para confirmar estimativas anteriores a respeito do planeta e divulgaram a descoberta na publicação científica The Astrophysical Journal Letters. Os pesquisadores dizem que o planeta pode ainda existir por mais 10 milhões de anos antes de se apagar.