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sexta-feira, 29 de julho de 2016

KEPLER-62f: ESSE PODE SER O PLANETA MAIS HABITÁVEL QUE JÁ ENCONTRAMOS

exoplaneta Kepler 62f
Exoplaneta Kepler-62f pode ser habitável.Em diferentes cenários e condições, tudo indica que Kepler-62f seja propício à existência de vida.A descoberta do exoplaneta Kepler-62f foi anunciada em 2013, e esse mundo distante ganhou o título do "menor exoplaneta na zona habitável já encontrado". E agora, um estudo feito por cientistas diz que ele parece ser habitável, mesmo em condições diferentes daquelas que observamos. O estudo foi publicado na revista Astrobiology.
Kpler-62f é apenas 40% maior do que a Terra, e está a 1.200 anos-luz de distância, na constelação de Lyra. ´Como o próprio nome sugere, ele foi descoberto pela Telescópio Espacial Kepler, mas até agora não se sabe muito sobre a elongação de sua órbita.
exoplaneta Kepler-62f pode ser habitável
Exoplaneta Kepler 62f Ilustração artística do exoplaneta Kepler-62f. Créditos: NASA
A zona-habitável é definida pela distância em que um planeta deve estar de sua estrela mãe, a fim de possibilitar a existência de água líquida em sua superfície, ou seja, se não está tão perto nem tão longe, e nesse caso existem grandes chances de haver água líquida por lá, e portanto, a vida como conhecemos. Essa distância depende de vários fatores, como o tipo de estrela, a radiação que ela emite, a composição atmosférica do planeta, etc... Mas por um golpe de sorte, os cientistas perceberam que Kepler-62f pode ser habitável em diferentes cenários.
"Nós percebemos que uma variedade de composições atmosféricas permitiriam a existência de água líquida em sua superfície", disse a autora principal do estudo, Aomawa Shields, da Universidade da Califórnia. " Isso o torna um forte candidato a planeta habitável."
A sistema de Kepler-62 também abriga outros planetas, e junto com Kepler-62f, Kepler-62e também encontra-se na zona-habitável de sua estrela, porém, os resultados do estudo enfatizaram o planeta mais distante, Kepler-62f.

zona habitável de Kepler 62 e do Sistema Solar em comparação
Créditos: NASA / Ames / JPL-Caltech  ilustração do sistema   Kepler 62f e do Sistema Solar em
Comparação com a zona-habitável    

Para que o planeta permaneça habitável ao longo de sua jornada orbital, os pesquisadores estimam que ele deva ter uma atmosfera 3 ou 4 vezes mais espessa do que a da Terra, e que seja composta principalmente por dióxido de carbono. É possível que Kepler-62f preencha esses requisitos, já que a distância que ele se encontra de sua estrela permite que gases de vulcões, por exemplo, sejam acumulados.
Outros cenários também indicam que Kepler-62f seja habitável, segundo Aomawa. Mesmo que sua atmosfera seja igual a da terra, ou até 12 vezes mais espessa, ele ainda pode ser habitável. Se ele possui a mesma quantidade de dióxido de carbono que possui a Terra, ou até 2.500 vezes mais, ele ainda pode ser habitável. E sobre sua órbita, sendo alongada ou não, os modelos sugerem que ele ainda seria habitável.
"O estudo irá nos ajudar a entender a habitabilidade de certos planetas em diferentes cenários, dos quais ainda não temos informações fornecidas por observações de telescópios", disse Aomawa. "E permitirá gerar uma lista de prioridades de alvos que devemos observar mais de perto com as novas gerações de telescópios mais potentes, que serão capazes de observar detalhes atmosféricos e quem sabe, detectar traços de vida em outros mundos."
Fonte: Astrobiology
Imagens: (capa-ilustração/NASA) / NASA / Ames / JPL-Caltech

domingo, 24 de julho de 2016

COLISÕES CÓSMICAS ATINGEM GALÁXIAS EM MOVIVENTO

A Cosmic Hit and Run
Esta Imagem da Semana mostra a galáxia anel de Vela, visível como um núcleo brilhante rodeado por um halo azul bebê.
 Esta galáxia anel - localizado na constelação do sul de Antlia (a bomba) - é notável devido ao seu núcleo compacto e grande cinto circular de gás e estrelas.
Pensa-se que as galáxias anel como este são criados quando galáxias maiores são perfurados por um agressor galáctico menor, que, passando pelo coração de sua vítima mais desencadearia uma consideravel onda de choque que se espalha para fora. Isso empurra o gás para a periferia da galáxia, onde começa a entrar em colapso e formar novas estrelas. O anel galáxia Vela é incomum em que ele realmente exibe pelo menos dois anéis, sugerindo que a colisão não era recente.
Esse quadro também apresenta uma galáxia conhecida como ESO 316-33, visto logo acima e à esquerda da galáxia anel de Vela, e uma estrela brilhante conhecido como HD 88170.
Crédito:
ESO. Agradecimentos: Jean-Christophe Lambry

terça-feira, 19 de julho de 2016

NOVAS INTROSPECÇÕES SOBRE DISCOS DE RESTOS ESTELARES

New Insights into Debris Discs
Usando 39 das 66 antenas do Large Millimeter matriz Atacama / submillimeter (ALMA), localizado a 5000 metros acima no planalto Chajnantor, nos Andes Chilenos, os astrônomos foram capazes de detectar o monóxido de carbono (CO) no disco de detritos em torno de um  estrela do tipo F. Embora o monóxido de carbono é a segunda molécula mais comum no meio interestelar, depois de o hidrogênio molecular, esta é a primeira vez que o CO foi detectada em torno de uma estrela deste tipo. A estrela, chamada HD 181327, é um membro do grupo que move Beta Pictoris, localizado quase 170 anos-luz da Terra.
Até agora, a presença de CO foi detectada apenas em torno de A-tipo poucas estrelas, substancialmente mais maciça e luminosa do que HD 181327. Usando a resolução espacial excelente e sensibilidade oferecido pelo observatório ALMA astrônomos estavam agora capaz de capturar este anel impressionante de fumo e mapear a densidade de CO dentro do disco.
O estudo dos discos de detritos é uma maneira de caracterizar os sistemas planetários e os resultados da formação do planeta. O gás CO é encontrado para ser co-localizado com os grãos de poeira no anel de detritos e de ter sido produzido recentemente. colisões destrutivas de planetesimais gelados no disco são possíveis fontes para a reposição contínua do gás CO. Colisões em discos de detritos geralmente requerem os corpos gelados de ser gravitacionalmente perturbado por objetos maiores, a fim de atingir velocidades de colisões suficientes. Além disso, a composição CO derivado dos planetesimais gelados no disco é consistente com os cometas do nosso Sistema Solar. Esta origem secundária possível para o gás CO sugere que os cometas gelados poderiam ser comuns em torno de estrelas semelhantes ao nosso Sol que tem fortes implicações para a adequação vida em exoplanetas terrestres.
Os resultados foram publicados na revista Monthly Notices da Royal Astronomical Society, sob o título "gás Exocometary no anel de detritos HD 181327" por S. Marino et al.
Ligação:
Papel por Marino et al. Crédito: ESO / Marino et al.

quinta-feira, 14 de julho de 2016

TRÊS PLANETAS DO TAMANHO DA TERRA SÃO ENCONTRADOS EM NOSSA VIZINHANÇA CÓSMICA


Três planetas orbitando uma anã marrom: um novo leque de possibilidades na busca de exoplanetas!
Três mundos potencialmente parecidos com a Terra foram descobertos em nosso "quintal galático". O anúncio da descoberta foi feito pelo Observatório Europeu do Sul (ESO).

Utilizando o telescópio TRAPPIST de 60 cm, no Observatório La Silla do ESO, no Chile, pesquisadores detectaram 3 exoplanetas do tamanho da Terra orbitando uma estrela a apenas 40 anos-luz de distância.
A estrela, originalmente classificadas como objeto 2MASS J23062928-0502285, agora conhecida como TRAPPIST-1, é uma anã marrom escura, e tem menos de 1% a luminosidade do nosso Sol. Ela encontra-se na constelação de Aquário, e é uma das estrelas mais próximas conhecidas que hospeda exoplanetas.
Localização da estrela TRAPPIST-1
Localização da estrela TRAPPIST-1. Créditos: ESO / IAU / Sky & TelescopeOs exoplanetas foram descobertos através do método de trânsito, que detecta mudanças sutis no brilho da estrela. Essas mudanças são quedas de brilho, que ocorrem quando um planeta passa na frente das estrelas (em relação ao nosso ponto de vista). Esse é o mesmo método que o Kepler utilizou para encontrar mais de 1.000 exoplanetas já confirmados.
Por ser uma anã marrom, uma classe de objetos considerados como "estrelas falhas", TRAPPIST-1 é muito pequena e escura para ser vista da Terra, e por isso seu brilho tênue, juntamente com a queda durante os trânsitos, passaram despercebidos por tanto tempo, por conta do brilho ofuscante de estrelas próximas.
Acompanhamentos dos três exoplanetas indicam que todos têm aproximadamente o tamanho da Terra, com temperaturas que variam bastante, desde amenas (como as da Terra) até como as de Vênus. Eles orbitam muito próximo de sua estrela hospedeira, e um ano (ou seja, uma volta completa ao redor da estrela) dura apenas alguns dias terrestres.
Ilustração artística TRAPPIST-1 - ESO - M. Kornmesser
Ilustração artística mostra como seria a visão do planeta mais distante
da estrela TRAPPIST-1. Créditos: ESO / M. Kornmesser

"Com esses períodos orbitais tão curtos, os planetas parecem orbitar sua estrela hospedeira cerca de 20 ou 100 vezes mais próximos do que a Terra orbita o Sol", disse Michael Gillon, autor principal do estudo. "A estrutura deste sistema planetário é muito mais semelhante em escala com o sistema das luas de Júpiter do que com o nosso próprio Sistema Solar."
Embora esses três novos exoplanetas tenham aproximadamente o mesmo tamanho da Terra, eles ainda não foram classificados como "potencialmente habitáveis", pelo menos para os padrões de habitabilidade do Laboratório Planetário (PHL), operado pela Universidade de Porto Rico, no Arecibo, já que os planetas estão fora da "zona habitável", região que possibilita a existência de água líquida.
Por outro lado, isso não significa que os três exoplanetas sejam completamente inabitáveis, afinal, em regiões mais internas há uma possibilidade da vida existir, assim como sugestões sobre algumas luas do nosso Sistema Solar.
Os três exoplanetas aparentam orbitar a estrela hospedeira sempre com a mesmo lado voltado a ela, assim como a Lua orbita a Terra. Portanto, um lado dos planetas é muito quente, e o outro é muito frio. Apesar disso, acredita-se que em regiões afastadas para leste ou oeste, onde o Sol parece se pôr ou nascer eternamente, deva existir um clima favorável, mais propício à vida.
"Agora vamos investigar se eles são habitáveis", disse o co-autor Julian de Wit. "Vamos investigar que tipo de atmosfera eles têm, e procuraremos por sinais de vida através de seus elementos."
Após um século, é revelada a descoberta do primeiro sistema planetário além do Sistema Solar!
Descobrir três planetas que orbitam uma estrela tão pequena, fria e comum na Galáxia, nos mostra que há a possibilidade de que existam muitos e muitos outros planetas não apenas na Via Láctea, mas em todo o Universo.
Fonte: ESO / PHL
Imagens: (capa-ilustração: ESO / M. Kornmesser / N. Risinger) / ESO / IAU / Sky & Telescope / ESO / M. Kornmesser / PHL