Reprodução artística do sistema binário observado na NGC 7793, no qual o buraco negro está inserido. (Crédito: ESO/L. Calçada)
Astrônomos da European Southern Observatory (ESO) divulgaram nesta quarta-feira (7) a observação da liberação de uma bolha de gás quente por parte de um buraco negro localizado nas imediações da constelação do Escultor e distante 12 milhões de anos-luz da Terra. É a maior propulsão de jatos já detectada por telescópios terrestres de um buraco negro.
O fenômeno foi detectado nas proximidades da galáxia espiral NGC 7793 pelo telescópio Very Large Telescope em combinação com o Chandra X-Ray Telescope, da Nasa.
Os pesquisadores puderam notar o momento no qual o jato expelido pelo buraco negro se encontrou com o gás interestelar na região, gerando uma esfera que se infla a uma velocidade de 1 milhão de quilômetros por hora. A esta taxa, os astronômos acreditam que o fenômeno aconteceu há, pelo menos, 200 mil anos.
Conhecido como microquasar, o objeto exalou gases a uma distância de 1000 anos-luz, valor duas vezes maior do que é o comum em fenômenos como esse. A intensidade da propulsão também impressionou os estudiosos.
"Este buraco negro tem apenas algumas massas solares, mas é quase uma miniatura de quasares poderosos e de rádio galáxias, que contêm versões com milhões de massas de estrelas como a nossa", explica Manfred Pakull, principal autor da descoberta e membro da Universidade de Estrasburgo, publicada na edição desta semana da revista Nature.
A pesquisa deve ajudar a compreender semelhanças entre buracos negros pequenos e grandes, estes últimos tidos como presentes no centro das galáxias, segundo os astrônomos.
Corpos celestes singulares
Buracos negros são o estágio final da evolução de estrelas muito pesadas, algumas com milhares de vezes a massa do Sol. Astros como esse duram apenas milhões de anos e costumam se extinguir com explosões conhecidas como supernovas.
O peso das camadas exteriores dos resquícios de uma supernova podem levar à formação de um objeto sem dimensão e com densidade infinita conhecido como singularidade, cujo entorno apresenta gravidade tão intensa que nem a luz consegue escapar.
A esta região em volta de uma singularidade é que se dá o nome buraco negro. Suas dimensões são definidas por uma constante conhecida como Raio de Schwarzschild. A superfície de um buraco negro é conhecida como horizonte de eventos.
Toda informação desta região não consegue ser detectada, uma vez que a velocidade da luz é o limite conhecido para a taxa de deslocamento de qualquer fenômeno.
A maior explosão já vista no espaço foi causada por estrela despedaçada por buraco negro
A explosão mais brilhante, duradoura e variável já vista ocorreu em 28 de março no espaço, há cerca de 3,8 bilhões de anos-luz da Terra, na constelação Draco. A radiação de alta energia continua a iluminar e desaparecer do local.
A poderosa explosão intrigou astrônomos. Como, exatamente, isso aconteceu? Segundo os cientistas, pode ter sido o grito de morte de uma estrela conforme ela foi destroçada por um buraco negro.
A explosão parece de raios gama, o tipo mais poderoso de explosão do universo, que geralmente marca a destruição de uma estrela massiva. Entretanto, as emissões desses eventos dramáticos nunca duram mais do que algumas horas.
Também, apesar dos cientistas conhecerem objetos da nossa galáxia que podem produzir explosões repetidas, elas são milhões de vezes menos potentes que essas explosões.
Os cientistas estão utilizando diversos observatórios espaciais da NASA para estudar a explosão maciça. Ela foi detectada em 28 de março, através de uma erupção de raios-X, a primeira de uma série de explosões poderosas. O nome dado a ela foi explosão de raios gama 110328A.
Após a descoberta, os cientistas identificaram a fonte exata da explosão, o centro de uma pequena galáxia na constelação de Draco.
Daí surgiu a teoria de que a explosão incomum provavelmente surgiu quando uma estrela vagou muito próxima ao buraco negro central de sua galáxia. O fato de que a explosão ocorreu no centro de uma galáxia torna mais provável que ela esteja associada a um buraco negro maciço.
Forças intensas provavelmente despedaçaram a estrela, e o gás que restou continua a fluir em direção ao buraco negro. Segundo este modelo, o buraco negro formou um jato, que é a poderosa explosão de raios-X e raios gama.
Ou seja, os cientistas acreditam que os raios-X podem ser provenientes de matéria que se move perto da velocidade da luz em um jato de partículas formados pelo gás da estrela, que é absorvido em direção ao buraco negro.
A maioria das galáxias, incluindo a nossa, contêm buracos negros centrais com milhões de vezes a massa do sol. A estrela provavelmente sucumbiu a um buraco negro, menos massivo do que o da Via Láctea. O principal buraco negro da nossa galáxia tem uma massa cerca de 4 milhões de vezes a do sol.
Os astrônomos já detectaram estrelas despedaçadas por buracos negros supermassivos antes, mas nenhuma delas tem o brilho de raios-X e a variabilidade dessa explosão, que tem queimado repetidamente.
Os astrônomos vão continuar observando a explosão, para procurar por mais detalhes e mudanças.
»Priscilinhå Starfire«
ResponderExcluirO Primeiro Post aki é meoooooo!!! kkkk
Caraca tah mto show o seu blogue!!! Adorei!!!
Bjinhus
Bonfindi!!!