MARAVILHA DO UNIVERSO

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sábado, 28 de setembro de 2013

GALÁXIAS ANTIGAS JÁ TINHAM FORMA ATUAL DIZ ESTUDO


Se você ouvir um saudosista dizer que já não se fazem mais galáxias como antigamente, saiba que é mentira. 
Um estudo acaba de mostrar que desde 11,5 bilhões de anos atrás o Universo já tinha galáxias nas mesmas formas que elas têm hoje.
Sabe-se que as galáxias se formaram relativamente cedo na história do cosmos. A Via Láctea, por exemplo, tem cerca de 13 bilhões de anos, nascida apenas 800 milhões de anos após o Big Bang.
Contudo, os cientistas imaginavam que as galáxias, quando bebês, deviam ser bem diferentes --menos evoluídas-- que as atuais. Era o que sugeriam modelos sobre a formação dessas estruturas.
Novos resultados, obtidos com o Telescópio Espacial Hubble, contestam essa ideia. Eles mostram que cerca de 2,3 bilhões de anos depois do Big Bang as galáxias já tinham mais ou menos a forma atual.
"Isso significa que as galáxias amadurecem de forma mais rápida do que se acreditava", diz Gastão Lima Neto, astrônomo da USP que não participou do estudo.
De Hubble para Hubble 
O uso do telescópio espacial não poderia ser mais adequado. Foi o astrônomo americano Edwin Hubble (1889-1953) quem fez o primeiro estudo consistente da evolução das galáxias. O chamado diagrama de diapasão de Hubble cobre todos os tipos galácticos vistos no cosmos,entre eles as espirais (como a nossa Via Láctea).
Vasculhando as profundezas do espaço, os astrônomos conseguem observar como as galáxias eram. (Como elas estão muito longe, a luz delas demora a chegar na Terra, o que explica porque o estudo dos objetos mais distantes equivale a enxergar o passado cósmico.)
Estudos anteriores já haviam sondado galáxias de até 8 bilhões de anos atrás e viam que o esquema de Hubble se sustentava. O novo trabalho, feito com dados de um projeto chamado Candels somado a imagens colhidas em dois instrumentos do telescópio espacial, empurra mais 2,5 bilhões de anos na direção do passado e mostra que, naquela época, as galáxias já tinham o padrão das atuais.
No total, os pesquisadores observaram 1.671 galáxias espalhadas pelo Universo. E a ideia é não parar por aí.
"Continuaremos a sondar épocas cada vez mais remotas para tentar identificar em que momento as galáxias evoluídas começam a aparecer pela primeira vez", disse à Folha Mauro Giavalisco, pesquisador da Universidade de Massachusetts, nos EUA, e um dos autores do trabalho, publicado no periódico "The Astrophysical Journal".
"Isso irá nos ajudar a entender qual é o processo físico responsável por fazer as galáxias pararem de formar estrelas e envelhecerem."

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

CYGNUS-OB2 OBSERVAÇÕES DE FONTES DE RAIOS X EM AGLOMERADOS DE ESTRELAS JOVENS E MASSIVAS


Cygnus OB2 é um aglomerado de estrelas na Via Láctea que contém muitas quentes e jovens estrelas massivas.
Esta imagem composta de Cygnus OB2 contém raios-X do Chandra (azul), os dados infravermelhos do Spitzer (vermelho) e dados ópticos do telescópio Isaac Newton (laranja).

Astrônomos gostariam de entender melhor como essa e outras fábricas de estrelas, ele se formam e como evoluem.
A observação profunda Chandra de Cygnus OB2 encontrou quase 1.500 estrelas emitem raios-X. Na Via Láctea e em outras galáxias no universo próximo muitos aglomerados de estrelas jovens e associações que cada um deles contém centenas de milhares estrelas quentes e com grande massa, as estrelas jovens, conhecidas como O e B estrelas . O conjunto de estrela Cygnus OB2 contém mais de 60 estrelas de tipo O e cerca de mil estrelas do tipo B.  A uma distância relativamente próxima à Terra de cerca de 5.000 anos-luz, Cygnus OB2 é o mais próximo aglomerado massivo. Observações profundas com Chandra da NASA X-ray Observatory of Cygnus OB2 têm sido usados ​​para detectar a emissão de raios-X a partir dos ambientes exteriores quentes, ou coronas , de estrelas jovens no cluster e para investigar como essas grandes fábricas de estrelas se formam e evoluem. Cerca de 1.700 fontes de raios-X foram detectados, incluindo cerca de 1.450 pensado para ser estrelas no cluster. Nesta imagem, os raios-X do Chandra (azul) foram combinadas com dados infravermelhos do Telescópio Espacial Spitzer da NASA (vermelho) e dados ópticos do telescópio Isaac Newton (laranja).
Foram detectadas estrelas jovens na faixa etária 1-7 milhões anos. Os dados de infravermelho indica que uma baixa fração das estrelas têm discos circum de poeira e gás. Mesmo menos discos foram encontrados perto das grandes estrelas OB, atraindo o poder corrosivo de sua intensa radiação que leva à destruição precoce de seus discos. As evidências também confirmam que a população mais velha dessas estrelas perderam seus membros mais massivos por causa de explosões de supernovas . Finalmente, uma massa total de cerca de 30.000 vezes a massa do sol é derivado para Cygnus OB2, semelhante à da estrela de maior massa formando  em regiões de nossa Galaxia .
Marshall Space Flight Center da NASA em Huntsville, Alabama, gerencia o programa Chandra para a Direcção de Missões Científicas da NASA em Washington. O Observatório Astrofísico Smithsonian controla a ciência de Chandra e operações de voo a partir de Cambridge, Massachusetts
Fatos para Cygnus OB2:
Crédito    X-ray: NASA / CXC / SAO / J.Drake et al, Optical: Univ. de Hertfordshire / INT / IPHAS, Infrared: NASA / JPL-Caltech
Lançamento    7 de novembro de 2012
Escala    Imagem é de 11,8 minutos de arco de diâmetro (16 anos-luz)
Categoria  Estrelas normais e conjuntos de estrela
Coordenadas (J2000)       RA 20h 37m 11.00s | dezembro 38 ° 41 '52.00 "
Constelação   Cygnus
Data de Observação                    39 pointings entre janeiro de 2004 e março de 2010
Tempo de observação                 341 horas 40 min (14 dias 5 horas 40 minutos)
Obs. ID                                      4501, 4511, 10939-10974, 12099
Instrumento    ACIS
Código de Cores     De raios-X (azul), Optical (amarelo), infravermelho (vermelho)

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

ASTRÔNOMOS IDENTIFICAM ALINHAMENTO CÓSMICO MISTERIOSO


Imagem mostra nebulosa planetária bipolar conhecida como NGC 6537, obtida pelo New Technology Telescope, do ESO. A forma, que lembra uma borboleta ou uma ampulheta, foi moldada quando uma estrela como o Sol se aproximou do final da vida e soprou suas camadas exteriores para o espaço circundante. O material é canalizado em direção aos polos da estrela a envelhecer, criando uma estrutura de lóbulos duplos. Foto: Eso / Divulgação
Resultado das pesquisas foi considerado surpreendente e pode ajudar na compreensão da história da galáxia.
Com o auxílio do New Technology Telescope, do Observatório Europeu do Sul (ESO), e do Telescópio Espacial Hubble, das agências espaciais americana (Nasa) e europeia (ESA), astrônomos exploraram mais de 100 nebulosas planetárias situadas no bojo central da nossa galáxia e descobriram que os membros em forma de borboleta desta família cósmica tendem a alinhar-se misteriosamente. O resultado foi considerado surpreendente, tendo em vista as histórias diferentes e propriedades variadas dos corpos celestes.
Nas últimas fases da vida, uma estrela como o Sol lança suas camadas exteriores para o espaço circundante, dando origem a objetos chamados nebulosas planetárias, que apresentam uma variedade de formas bonitas e intrigantes. Um dos tipos de nebulosa, conhecida como nebulosa planetária bipolar, costuma formar ampulhetas ou borboletas "fantasmagóricas" em torno das suas estrelas progenitoras.
Todas estas nebulosas formaram-se em locais diferentes e apresentam diferentes características. E nem as nebulosas individuais nem as estrelas que as formaram interagem com outras nebulosas planetárias. No entanto, um novo estudo feito por astrônomos da Universidade de Manchester, Reino Unido, mostra semelhanças surpreendentes entre algumas destas nebulosas: muitas delas alinham-se no céu da mesma maneira.
"Esta é verdadeiramente uma descoberta surpreendente e, se for confirmada, uma descoberta muito importante", explica Bryan Rees, da Universidade de Manchester, um dos dois autores do artigo científico que apresenta estes resultados. "Muitas destas borboletas fantasmagóricas parecem ter os seus eixos maiores alinhados ao longo do plano da nossa galáxia. Ao usar imagens tanto do Hubble como do NTT, pudemos ver muito bem estes objetos e por isso conseguimos estudá-los com grande detalhe".
Os astrônomos observaram 130 nebulosas planetárias no bojo central da Via Láctea e identificaram três tipos diferentes destes objetos, estudando cuidadosamente as suas características e a sua aparência. "Enquanto duas destas populações estavam alinhadas no céu de modo completamente aleatório, como o esperado, descobrimos que a terceira - as nebulosas bipolares - mostrava uma preferência surpreendente por um determinado alinhamento", explica o segundo autor do artigo, Albert Zijlstra, também da Universidade de Manchester. "Apesar de qualquer alinhamento ser por si só uma surpresa, encontrá-lo na região central muito populosa da galáxia é ainda mais inesperado".
Pensa-se que as nebulosas planetárias são esculpidas pela rotação do sistema estelar a partir do qual se formam, dependendo por isso das propriedades do sistema - por exemplo, se se tratar de uma estrela binária, ou se existirem um número de planetas em sua órbita, ambos os fatores são suscetíveis de influenciar a forma da bolha soprada. As formas das nebulosas bipolares são bastante extremas e são provavelmente causadas por jatos que lançam, a partir do sistema binário, matéria perpendicular à órbita.
"O alinhamento que estamos a ver destas nebulosas bipolares indicam que algo de estranho se passa nos sistemas estelares situados no seio do bojo central", explica Rees. "Para que se alinhem do modo que vemos, os sistemas estelares que formam estas nebulosas teriam que estar a rodar perpendicularmente às nuvens interestelares a partir das quais se formaram, o que é muito estranho".
Apesar das propriedades das suas estrelas progenitoras darem forma a estas nebulosas, esta nova descoberta aponta para outro fator ainda mais misterioso. Ao mesmo tempo em que temos estas características estelares complexas temos também as da Via Láctea; o bojo central roda como um todo em torno do centro galáctico. Este bojo pode ter uma influência maior sobre toda a nossa Galáxia do que o suposto anteriormente - através dos campos magnéticos. Os astrônomos sugerem que o comportamento ordenado das nebulosas planetárias poderia ter sido causado pela presença de campos magnéticos fortes existentes na altura em que o bojo se formou.
Como as nebulosas mais perto de casa não se alinham do mesmo modo ordenado, estes campos teriam que ter sido muitas vezes mais forte do que os que existem presentemente na nossa vizinhança. "Podemos aprender muito com o estudo destes objetos", conclui Zijlstra. "Se as nebulosas se comportam realmente deste modo inesperado, este facto terá consequências não apenas para o passado de estrelas individuais, mas também para o passado de toda a Galáxia".

sábado, 7 de setembro de 2013

OBSERVAÇÕES DE CIENTISTAS ENCONTRAM ASTEROIDE NA ÓRBITA DE URANO


Cientistas descobriram pela primeira vez um asteroide na órbita de Urano. Foto: UBC Astronomy / Divulgação
Astrônomos anunciaram nesta quinta-feira a descoberta do primeiro asteroide troiano de Urano. Segundo os cientistas, 2011 QF99 pode fazer parte de uma população de objetos maior do que esperada e que está presa pela gravidade dos planetas gigantes do Sistema Solar.
Asteroides troianos são aqueles que dividem a órbita de um planeta - a Terra, inclusive, tem o seu. Astrônomos consideravam que era improvável a presença de um desses objetos na órbita de Urano, já que a gravidade de seus planetas vizinhos deveria desestabilizar e expelir a pedra para os confins do Sistema Solar.
Antes de descobrir o asteroide, os pesquisadores criaram uma simulação computadorizada do Sistema Solar com os objetos que orbitam a estrela, inclusive os troianos. "Surpreendentemente, nosso modelo prevê que, em qualquer tempo dado, 3% dos objetos dispersos entre Júpiter e Netuno devem coorbitar ou Urano, ou Netuno", diz Mike Alexandersen, líder do estudo publicado na revista especializada Science.
Segundo os pesquisadores, QF99 foi preso pela órbita do planeta há poucas centenas de milhares de anos e deve escapar em cerca de 1 milhão de anos. "Isto nos conta algo sobre a evolução do Sistema Solar", diz Alexandersen. "Ao estudar o processo pelo qual troianos são capturados temporariamente, podemos entender melhor como objetos migram pela região planetária do Sistema Solar."
O estudo foi conduzido pela Universidade da Columbia Britânica (Canadá), Conselho Nacional de Pesquisa do Canadá e o Observatório de Besancon (França).

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

NOVA OBSERVAÇÃO COM HUBBLE DA GALÁXIA AGULHA

uma fatia fina de uma galáxia borda visto em - um dos mais plana Hubble foi fotografada - com duas estrelas brilhantes queimando superior direito
Como encontrar uma agulha de prata  no palheiro do espaço.

 O Telescópio Espacial Hubble da NASA / ESA produziu esta bela imagem da galáxia espiral IC 2233, uma das galáxias mais plana conhecidas. Galáxias espirais típicas como a Via Láctea são normalmente feitas de três principais componentes visíveis: o disco onde os braços espirais e a maioria do gás e poeira está concentrada, o halo, uma esfera áspera e escassa em torno do disco que contém pouco gás, poeira ou a formação de estrelas, e do bojo central, no coração do disco, o qual é formado por uma grande concentração de estrelas antigas que circundam o centro galáctico. Contudo, IC 2233 está longe de ser normal. Este objeto é um excelente exemplo de uma galáxia super-fina, onde o diâmetro da galáxia é pelo menos dez vezes maior do que a espessura. Estas galáxias consistem de um simples disco de estrelas quando visto de lado. Esta orientação torna fascinante estudar, dando uma outra perspectiva sobre galáxias espirais. Uma característica importante deste tipo de objectos é que eles tem um baixo brilho, e quase todos eles têm nenhuma protuberância em tudo. A cor azulada, que pode ser visto ao longo do disco dá provas da natureza espiral da galáxia, indicando a presença de estrelas quentes e luminosas, estrelas jovens, nascidas de nuvens de gás interestelar. Além disso, ao contrário de espirais típicas, IC 2233 não mostra nenhuma pista de pó bem definido. Apenas algumas pequenas regiões irregulares podem ser identificados nas regiões do interior acima e abaixo do plano médio da galáxia. Deitada na constelação de Lynx, IC 2233 está localizada a cerca de 40 milhões de anos-luz de distância da Terra. Esta galáxia foi descoberta pelo astrônomo britânico Isaac Roberts em 1894. Esta imagem foi tirada com a câmera avançada do Hubble para avaliações, combinando exposições visível e infravermelho. O campo de visão desta imagem é de aproximadamente 3,4 por 3,4 minutos de arco.