MARAVILHA DO UNIVERSO

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Contemple a Maravilha do Universo

quinta-feira, 27 de março de 2014

OBSERVAÇÕES COM HUBBLE REVELAM IMAGEM DO UNIVERSO PROFUNDO



Essa imagem de exposição longa obtida pelo Telescópio Espacial Hubble do aglomerado galáctico Abell 2744 é a mais profunda já feita de qualquer aglomerado de galáxias. Ela mostra algumas das galáxias mais tênues e jovens já detectadas no espaço. Abell 2744, localizado na Constelação do Escultor, aparece no primeiro plano desta imagem. Ele contém várias centenas de galáxias com a aparência que tinham há 3,5 bilhões de anos atras.
NATIONAL HARBOR, MARYLAND – O Telescópio Espacial Hubble observou as profundezas do Universo como nenhum observatório jamais o fez, produzindo a primeira de seis novas imagens de ‘campo profundo’ que mostram objetos do primeiro bilhão de anos após o Big Bang.
A nova foto teve um tempo de exposição de 50 horas para coletar luz suficiente, e revela galáxias minúsculas, extremamente tênues, que podem estar a mais de 12 bilhões de anos-luz de distância. “Essa é a imagem mais profunda já obtida do Universo”, declara a líder do projeto, Jennifer Lotz do Instituto de Ciências do Telescópio Espacial (STScI), em Baltimore. “O vemos aqui é de 10 a 20 vezes mais tênue que qualquer coisa já vista no passado”. Lotz e seus colegas apresentaram a imagem em 7 de janeiro na 223ª reunião da Sociedade Astronômica dos Estados Unidos.
A primeira imagem de Campo Profundo do Hubble, publicada em 1996, se tornou instantaneamente famosa por revelar cerca de três mil galáxias anteriormente desconhecidas que apareceram em um trecho aparentemente “vazio” do espaço, quando o Hubble fixou sua câmera lá durante dezenas de horas. Os campos profundos mais recentes, chamados de “Campos de Fronteira” do Hubble, usam câmeras atualizadas do telescópio e olham ainda mais longe, aproveitando-se de “telescópios naturais” do próprio Universo, chamados de lentes gravitacionais.
Lentes gravitacionais ocorrem quando objetos muito massivos – como aglomerados galácticos – curvam o espaço-tempo a seu redor, fazendo com que a luz (e todo o resto) que passa por ali assuma uma rota curva. Galáxias muito distantes que por acaso fiquem atrás dessas lentes a partir da perspectiva da Terra aparecem ampliadas e mais brilhantes devido à curvatura gravitacional de sua luz. Assim, os Campos de Fronteira usam as capacidades de ampliação do próprio Hubble em combinação com a fortuita ampliação oferecida por lentes gravitacionais para procurar os objetos mais distantes já observados.
A nova imagem é preliminar. Em maio, o Hubble coletará mais dados sobre esse primeiro campo, aumentando o tempo total de exposição da foto para 103 horas, e durante os próximos três anos ele examinará os outros cinco Campos de Fronteira, que foram escolhidos em locais onde ficam as lentes gravitacionais mais poderosas da natureza. “Nós estamos muito interessados em saber o que aconteceu durante aquele primeiro bilhão de anos do Universo”, observa Lotz. “No projeto Campos de Fronteira o objetivo é procurar galáxias que eram pequenas o suficiente naquele período para se transformarem em nossa Via Láctea. Nós queremos saber quando apareceram as primeiras galáxias como a Via Láctea”.
O projeto poderia resolver um problema relativo à formação das primeiras galáxias do Universo. “Algumas pessoas declararam observar uma profunda redução no número de galáxias no passado”, indicando que antes de uma certa época, nenhuma galáxia conseguia se formar, declara Dan Coe do STScI, que participou do projeto de Campos de Fronteira. Se esse for o caso, poderíamos aprender mais sobre a matéria escura que parece contribuir com a maior parte da matéria do Universo. Acredita-se que galáxias se formem dentro de nuvens de matéria escura, e as propriedades dessa matéria teriam determinado o momento em que elas se aglomeraram pela primeira vez para formar nuvens e qual seria seu tamanho, permitindo a formação de galáxias. “Os Campos de Fronteira vão determinar se realmente existe uma profunda redução [no número de galáxias]”, explica Coe.
A nova foto captura três mil galáxias que estão entre as mais antigas e distantes conhecidas. Para determinar a distância dessas galáxias, pesquisadores combinarão as informações das imagens do Hubble com observações realizadas pelos telescópios espaciais Spitzer e Chandra, ambos da Nasa, que detectam luz infravermelha e raios-X, respectivamente. Esses dados mostrarão o quanto a luz das galáxias se desviou para o comprimento de ondas mais vermelhos, o que acontece quando objetos estão se afastando de nós. Como o espaço está em expansão, quanto mais distante um objeto está, mais rápido ele se afasta.
A primeira imagem dos Campos de Fronteira usa o aglomerado galáctico Abell 2744 como lente gravitacional. A foto captura não apenas galáxias distantes localizadas atrás do aglomerado, mas galáxias que pertencem ao próprio Abell. E ao medir o quanto os objetos de fundo foram ampliados pelo aglomerado, pesquisadores podem mapear onde e quanta massa existe por ali. Como essa massa inclui tanto as galáxias visíveis quanto a invisível matéria escura, o mapa esclarece como a matéria escura se acumula e se dissemina por aglomerados.
Para verificar esse mapa, Steve Rodney da Johns Hopkins University planeja procurar explosões estelares chamadas de Supernovas nos Campos de Fronteira. Uma certa classe de Supernova sempre explode com o mesmo brilho (o que lhes dá o apelido de “velas padrão”), então ao medir o brilho com que aparecem nas imagens, astrônomos podem saber quanto de sua luz foi ampliada. “Os pesquisadores que criam modelos de lentes nos deram uma previsão da ampliação” com base em modelos de matéria escura, conta Rodney, que não é membro da equipe oficial do projeto Campos de Fronteira do Hubble. “Nós conseguimos a ampliação real”. Essas verificações não apenas apoiam modelos de lentes gravitacionais, mas também confirmam que supernovas se comportavam da mesma maneira no início do Universo como fazem agora. “Nós precisamos saber”, conclui Rodney, “se as velas padrão permanecem as mesmas no tempo”.

sábado, 22 de março de 2014

HUBBLE OBSERVA EXPLOSÃO DE SUPERNOVA SN 2014J

Supernova SN 2014J
Supernova SN 2014J, como observado pelo Telescópio Espacial Hubble em 31 de janeiro de 2014. Crédito: NASA, ESA, A. Goobar (Universidade de Estocolmo), eo Hubble Heritage Team (STScI / AURA)
Em 21 de janeiro, os astrônomos avistaram a supernova mais próxima do nosso sistema solar, nas últimas décadas  para uma vista da galáxia M82 , o que fica cerca de 11,5 milhões de anos-luz da Terra. O que significa que essa luz percorreu todo o trajeto a uma velocidade de aproximadamente trezentos mil quilômetros por segundo e levando 11,5 milhões de anos para que esta luz chegasse até nós, em outras palavras, o evento já aconteceu mas agora é que nós poderemos vê-lo.
 A supernova, designada SN 2014J, de repente se tornou uma super estrela porque ficou tão brilhante que astrônomos amadores com telescópios modestos poderia facilmente avistar a explosão estelar no céu à noite.  Agora, o Hubble foi girado na direção de M82 para tirar este retrato sonhador do evento estelar histórico.
SN 2014J é conhecida como uma supernova Tipo 1a, um tipo muito especial de supernova. Pensa-se uma supernova Tipo 1a que é desencadeada por uma anã branca - uma pequena estrela antiga, que é a casca estelar de uma estrela de aproximadamente a mesma massa que o nosso Sol - o material disperso de uma estrela binária ou parceiro seja sugada para a outra e quando a massa acumulada atinge um certo limite, a anã branca inchada inflama numa supernova. Como o limite de material é muito específico, isso gera uma quantidade muito específica de energia, supernovas do Tipo 1a são usadas ​​pelos astrônomos como "velas padrão" para medir a escala do Universo. Se você sabe a quantidade de energia liberada por esta supernova, não importa onde ele esteja no Cosmos, é possível medir com precisão a distância a partir dele.

segunda-feira, 17 de março de 2014

NASA ANUNCIA MISSÃO PARA LUA DE JÚPITER Á PROCURA DE VIDA VIDA


A agência espacial americana, Nasa, anunciou planos de enviar uma missão não tripulada a Europa, a lua de Júpiter coberta de água e apontada por cientistas como um local onde pode haver vida. 
A Nasa já separou US$ 15 milhões em sua proposta de orçamento para 2015 para iniciar o projeto. O lançamento da missão deve ocorrer, porém, só após 2020.
O administrador da agência, Charles Bolden, fez o anúncio da missão. A pedido do governo americano, a Nasa apresentou o orçamento para o ano fiscal de 2015 já prevendo este projeto.
Bolden destacou que no ano que vem a Nasa continuará a desenvolver "missões científicas que irão longe em nosso sistema solar, revelarão aspectos desconhecidos de nosso universo e fornecerão conhecimentos importantes sobre nosso planeta."
"Estão incluídas verbas para missões para Marte e a formulação (de um projeto) para uma missão para a lua de Júpiter, Europa", acrescentou.
Sem detalhes 
Não foram divulgados mais detalhes a respeito da missão para Europa, mas a chefe do setor financeiro da Nasa, Elizabeth Robinson, confirmou na terça-feira que a missão só será iniciada na próxima década.
Segundo Robinson, o ambiente com muita radiação que predomina em volta de Júpiter e a distância da Terra serão os grandes desafios para este projeto.
A Nasa vai analisar várias ideias para uma missão a Europa e, por isso, a agência ainda não sabe o tamanho ou o custo exato do projeto, disse Robinson.
Para a chefe do setor financeiro da agência, um dos grandes objetivos será a busca de vida na água líquida que está logo abaixo da superfície coberta de gelo da lua de Júpiter.
Quando a Nasa enviou a sonda Galileu para Júpiter, em 1989, foram necessários seis anos para que a sonda chegasse ao quinto planeta do Sistema Solar.
Outras sondas da Nasa já passaram perto de Europa, especialmente a Galileu, mas nenhuma se concentrou especificamente na lua, que é uma das dezenas que orbitam Júpiter.
Ciensitas acreditam que Europa é um ambiente promissor para a vida. Em 2013, foram descobertos jatos de água sendo expelidos através do gelo que cobre a lua.

sábado, 8 de março de 2014

UM SUPER PULSAR COMPROVA TEORIA DE EINSTEIN

Estrelas bizarras comprovam teorias de Einstein
O binário exótico emite "radiação gravitacional", ondas no espaçotempo. Embora estas ondas gravitacionais (apresentadas como a grade na imagem) não possam ser detectadas diretamente pelos astrônomos a partir da Terra, podem ser observadas indiretamente medindo-se a variação da órbita do sistema à medida que este perde energia. Como o pulsar é extremamente pequeno, o tamanho relativo dos dois objetos não está desenhado em escala.[Imagem: Antoniadis et al./Science]
Matéria condensada
Uma dupla de estrelas bizarra, constituída pela estrela de nêutrons de maior massa conhecida até hoje e uma estrela anã branca, ajudou a fazer um dos testes mais rigorosos até hoje das teorias da relatividade geral e da gravitação de Einstein.
Até agora, as novas observações estão exatamente de acordo com as previsões da relatividade geral e são inconsistentes com algumas teorias alternativas.
Uma equipe internacional descobriu binário exótico, constituído por uma estrela de nêutrons, pequena mas excepcionalmente pesada, que gira em torno de seu próprio eixo 25 vezes por segundo, e por uma estrela anã branca que a orbita a cada duas horas e meia.
A estrela de nêutrons é um pulsar (chamado PSR J0348+0432) que emite ondas de rádio, que podem ser observadas a partir da Terra com radiotelescópios. Além de ser muito interessante por si só, este par incomum é também um laboratório único para testar os limites das teorias físicas.
O pulsar é o que resta da explosão de uma supernova. Ele é duas vezes mais pesado que o Sol, mas tem um diâmetro de apenas 20 quilômetros.
A gravidade em sua superfície é mais de 300 bilhões de vezes mais intensa que a sentida na Terra, e, em seu centro, cada pedaço do tamanho de um cubo de açúcar tem mais de um bilhão de toneladas de matéria comprimidas.
A sua companheira anã branca é apenas um pouco menos exótica: trata-se de um resto brilhante de uma estrela muito mais leve, que perdeu a sua atmosfera e que lentamente vai se apagando.
Estrelas bizarras comprovam teorias de Einstein
Esta concepção artística mostra o objeto duplo exótico constituído por uma estrela de nêutrons, pequena mas excepcionalmente pesada, que gira em torno de seu próprio eixo 25 vezes por segundo, e por uma estrela anã branca que a orbita a cada duas horas e meia. [Imagem: ESO/L. Calçada]
Desafios à teoria da relatividade
A teoria da relatividade geral de Einstein, que explica a gravidade como uma consequência da curvatura do espaço-tempo criada pela presença de matéria e energia, tem resistido a todos os testes desde o primeiro momento da sua publicação, há quase um século atrás.
Mas ela não pode ser a explicação derradeira e deverá, em última instância, perder a sua validade. Isto principalmente porque a relatividade geral não é consistente com outra grande teoria física do século XX, a mecânica quântica. Ela também prevê singularidades para certas circunstâncias, quando algumas quantidades tendem para o infinito, tal como no centro de um buraco negro.
Os físicos construíram outras teorias de gravidade que levam a previsões diferentes das da relatividade geral. Para algumas destas alternativas, as diferenças são percebidas apenas para campos gravitacionais extremamente fortes, os quais não podem ser encontrados no Sistema Solar.
Em termos de gravidade, o superpulsar é de fato um objeto extremo, mesmo quando comparado com outros pulsares que foram usados em testes de alta precisão da relatividade geral de Einstein.
Em campos gravitacionais tão fortes, pequenos aumentos na massa podem levar a grandes variações no espaçotempo em torno destes objetos.
Até agora, os astrônomos não tinham ideia do que podia acontecer na presença de uma estrela de nêutrons de massa tão elevada como a PSR J0348+0432. Este objeto oferece a oportunidade única de levar estes testes a territórios literalmente desconhecidos.
A equipe combinou as observações da anã branca, obtidas pelo Very Large Telescope do ESO, com o sinal muito preciso do pulsar obtido pelos radiotelescópios.
Um sistema binário tão próximo emite ondas gravitacionais e perde energia, o que faz com que o período orbital varie ligeiramente, sendo que as previsões para esta variação feitas pela relatividade geral e pelas outras teorias são diferentes.
Os dados deram razão a Einstein.
Este é apenas o começo dos estudos detalhados sobre este objeto único, e os astrônomos irão utilizá-lo para testar a relatividade geral com cada vez mais precisão nos próximos meses.

segunda-feira, 3 de março de 2014

OBSERVATÓRIO DA NASA IDENTIFICA 715 PLANETAS FORA DO SISTEMA SOLAR


O observatório espacial Kepler permitiu a identificação de pelo menos 715 planetas, quatro deles com condições que poderiam torná-los habitáveis, localizados fora do sistema solar, anunciou a Nasa nesta semana.
Kepler, lançado em março de 2009, é a primeira missão da Nasa cujo propósito é identificar "exoplanetas" e, segundo Douglas Hudgins, da Divisão de Astrofísica da agência espacial americana, "o telescópio mudou totalmente a busca".
"Há apenas 20 anos só conhecíamos dúzias de possíveis candidatos a planeta exterior e agora temos cerca de mil, a maioria descobertos nos últimos cinco anos", acrescentou Hudgings em uma teleconferência.
O método usado pelos cientistas durante anos é a "diminuição de luminosidade" que ocorre quando algum objeto transita em frente a uma estrela do ponto de vista da Terra e causa uma redução na luz vista.
O sistema de passagem, no entanto, não produz uma certeza já que pode haver outras razões pelas quais diminui a luminosidade de uma estrela vista da Terra, e, por isso, os cientistas acrescentaram uma técnica que a Nasa descreveu hoje como muito valiosa.
Jack Lissauer, cientista do Centro Ames de Pesquisa da Nasa em Moffet Field (Califórnia), explicou que entre as 150 mil estrelas observadas por Kepler, "só um par de milhares tem um padrão de diminuição da luminosidade por trânsito de um objeto".
Se o padrão de passagem é múltiplo "não ocorre ao acaso", acrescentou, mas responde à presença de candidatos mais firmes a planeta.
Jason Rowe, cientista do instituto SETI, em Mountain View (Califórnia), disse que "a presença de vários planetas em torno de uma estrela, como ocorre com nosso sistema solar, é bastante comum".
"Em sua maioria são planetas pequenos, comparados com a escala dos planetas no sistema solar e, de fato, todos eles se encontram em sistemas multiplanetários e 95% são menores que Netuno. Encontramos poucos planetas do tamanho de Júpiter", acrescentou Rowe.
"Os novos sistemas descobertos têm planetas com órbitas planas e circulares, como os planetas interiores de nosso sistema solar", continuou o pesquisador.
Sara Seager, professora de ciência e física planetária no Instituto Tecnológico de Massachusetts, destacou que o novo sistema de identificação "nos permite comparar os candidatos em grupos e isto nos leva a analisá-los muito mais rápido".
"Sabemos agora que os sistemas planetários podem ser muito diferentes de nosso sistema solar", concluiu