MARAVILHA DO UNIVERSO

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sábado, 27 de setembro de 2014

MISSÃO ROSETTA: A HUMANIDADE NUNCA VIU UM COMETA DE TÃO PERTO


07/08/14 - Rosetta encontra o cometa 67P, e as fotos são as melhores e mais detalhadas que um ser-humano já conseguiu capturar em toda a história da exploração espacial
67P/Churyumov-Gerasimenko é um cometa com um período orbital atual de 6,45 anos.1Seu próximo periélio está previsto para o dia 13 de agosto de 2015. Ele é o destino da sonda espacial Rosetta, que foi lançada pela Agência Espacial Europeia em 2 de março de 2004, e que "acordou" de uma hibernação no dia 20 de janeiro de 2014 para monitorar o cometa e procurar um local adequado para o pouso previsto para novembro de 2014. Em 6 de agosto de 2014 a sonda entrou em órbita do 67P, tornando-se o primeiro objeto construído pelo homem a realizar tal façanha.
Após uma jornada de uma década pelo espaço, a sonda Rosetta da Agência Espacial Européia (ESA) finalmente concluiu o tão esperado encontro com o cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko.
O encontro que entrou para a história da Astronomia e da Exploração Espacial, ocorreu às 05h30 BRT (08h30 UTC) do último dia 06 de agosto, e o evento foi transmitido em tempo real, aqui mesmo em nosso site, uma cortesia da ESA.
Cometa Pan-STARRS faz um voo galático espetacular
Essa grande aproximação da sonda com o cometa (apenas 110 km de distância) rendeu algumas fotos que com certeza entrarão para a história. Devemos nos lembrar que os cientistas e astrônomos nunca tiveram a oportunidade de observar um cometa com tamanha precisão e riqueza de detalhes, e essas fotos que foram registradas pela sonda Rosetta, são as primeiras imagens em alta definição já feitas de um cometa. Como diz no título dessa matéria, "a humanidade nunca viu um cometa tão de perto"!


Imagem do cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko capturada no dia 03 de agosto de 2014. Créditos: ESA / Rosetta

Imagem do cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko capturada no dia 03 de agosto de 2014. Créditos: ESA / Rosetta

Imagem do cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko capturada no dia 06 de agosto de 2014. Créditos: ESA / Rosetta

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

DESCOBERTA DE NOVO PLANETA ANÃO SUGERE PLANETA X

 Um planeta anão foi descoberto nos confins do Sistema Solar, mas as atenções estão voltadas para algo um pouco maior...
Astrônomos descobriram um novo planeta anão muito além da órbita de Plutão, sugerindo que este reino distante contenha milhões de objetos desconhecidos, incluindo, talvez, um mundo até mesmo maior do que a Terra.
O corpo celeste recém-descoberto, chamado 2012 VP113, junta-se ao planeta anão Sedna como um residente confirmado de uma região longínqua e inexplorada que os cientistas chamam de "Nuvem de Oort interior". Além disso, 2012 VP113 e Sedna podem ter tido suas órbitas alongadas por um grande planeta ainda desconhecido, nas profundezas geladas do Sistema Solar.
"Estes dois objetos são apenas a ponta do iceberg", disse o co-autor Chadwick Trujillo, do Observatório Gemini, no Havaí. "Eles existem em uma parte do Sistema Solar que estamos acostumados a acreditar que era desprovida de matéria. Isto serve para nos mostrar o quão pouco realmente sabemos sobre o nosso Sistema Solar".
Sondagem das profundezas
As imagens mostram a detecção do novo planeta anão 2012 VP113. Cada imagem foi registrada com 2 horas de diferença
entre elas. Se compararmos a posição de 2012 VP113 com os objetos de fundo, podemos perceber seu movimento aparente. Créditos: Scott S. Sheppard / Carnegie Institution for Science
  Durante várias décadas, os astrônomos têm dividido o nosso Sistema Solar em três partes principais: uma zona interna contendo os planetas rochosos; um parte intermediária que abriga os gigantes gasosos, e uma região externa chamada Cinturão de Kuiper, povoada por mundos distantes e gelados, como Plutão.
Sobre os Planetas Anões
Planeta anão Makemake não tem atmosfera
Encontrado planeta vagando no espaço?
A descoberta de Sedna, em 2003, deu a entender que este mapa está incompleto. Sedna, que possui cerca de 1.000 quilômetros de largura, tem uma órbita extremamente elíptica, chegando mais perto do Sol do que 76 unidades astronômicas (1 UA ~ distância média entre a Terra e o Sol = 150 milhões de km) e chega até a 940 UA em seu ponto mais distante.
 O diagrama mostra o Sistema Solar exterior. O Sol ocupa o centro enquanto
as órbitas dos gigantes gasosos (Júpiter, Saturno, Urano e Netuno) são
representadas em roxo. Os pontilhados verdes representam o cinturão
de Kuiper (incluindo a órbita de Plutão). A órbita de Sedna é representada
pela cor laranja enquanto a órbita de 2012 VP113 é a de cor vermelha.
Ambos os objetos estão próximos do Sol, e quando se distanciarem,
não serão mais detectados por conta de suas distâncias.
Créditos: Scott S. Sheppard / Carnegie Institution for Science
 Isso coloca Sedna nos confins exteriores do Sistema Solar. Para efeito de comparação, a órbita de Plutão se localiza entre 29 e 49 UA do Sol.
E agora os astrônomos sabem que Sedna não está sozinho lá fora. Trujillo e Scott Sheppard, da Instituição Carnegie de Ciência, em Washington DC, descobriram 2012 VP113 usando a câmera Dark Energy, instalada em um telescópio de 4 metros no Observatório Interamericano de Cerro Tololo, no Chile.
         Observações também foram feitas posteriormente utilizando os telescópios Magellan de 6,5 metros no Observatório Las Campanas, também no Chile, que ajudaram Trujillo e Sheppard a determinar detalhes da órbita de 2012 VP113 e entender um pouco mais sobre esse objeto.

         O planeta anão recém descoberto chega mais perto do Sol do que 80 UA, e se distancia até 452 UA. Ele possui cerca de 450 km de largura e por isso, é grande o suficiente para ser classificado como um planeta anão se for composto principalmente de gelo, disseram os pesquisadores. Por definição, planetas anões devem ser grandes o suficiente para sua gravidade moldá-los em esferas, e a massa necessária para que isso aconteça depende da composição dos objetos.
A Nuvem de Oort interna
Objetos distantes como Sedna e 2012 VP113 são incrivelmente difíceis de serem detectados, e os astrônomos só tem uma chance de observá-los quando os corpos estão próximos de sua maior aproximação com o Sol.
Trujillo e Sheppard estimam que cerca de 900 corpos maiores do que Sedna podem existir neste reino distante, que os astrônomos chamam de Nuvem de Oort interior. Devemos lembrar que a Nuvem de Oort em sí é uma camada de gelo ao redor do Sistema Solar que se inicia talvez a 5.000 UA do Sol, e contém trilhões de cometas, diferente da Nuvem de Oort interior.
A população total de objetos na Nuvem de Oort interior, de fato, pode exceder a população do Cinturão de Kuiper e do principal cinturão de asteróides entre Marte e Júpiter, disseram os pesquisadores.
 "Alguns desses objetos da Nuvem de Oort interna podem ter tamanhos equivalentes ao da Terra, ou ao de Marte", disse Sheppard em um comunicado. "Isso ocorre porque muitos dos objetos da Nuvem de Oort interior estão tão distantes que mesmo aqueles grandes seriam muito difíceis de serem detectados com a tecnologia atual".
         O estudo foi publicado na edição online da revista Nature do dia 26 de Março.


Planeta X ?
Comparação de tamanhos entre a Lua, Sedna (esquerda)
e 2012 VP113 (direita). Créditos: Carnegie Institution for
Science / NASA / JPL
Os astrônomos não sabem muito sobre a origem ou história evolutiva de Sedna e 2012 VP113 neste momento. Os objetos podem ter se formado mais perto do Sol, por exemplo, antes de serem (talvez) empurrados para fora por interações gravitacionais com outras "estrelas irmãs" do conjunto do nascimento do Sol, disseram os pesquisadores. Ou então, objetos da Nuvem de Oort interiores podem ser corpos de outros sistemas estelares próximos que o Sol atraiu durante um encontro estelar, por exemplo.
 Também é possível que 2012 VP113 e seus vizinhos foram expulsos do Cinturão de Kuiper para a Nuvem de Oort interior quando um grande planeta se formou há muito tempo. Este planeta pode ter sido ejetado do Sistema Solar, ou ainda pode estar lá, nos confins extremos, esperando para ser descoberto.
 De fato, certas características das órbitas de Sedna, de 2012 VP113 e de vários objetos do Cinturão de Kuiper mais distantes são consistentes com a presença contínua de um grande corpo extremamente distante que os perturba, disseram os pesquisadores. É possível que um planeta com cerca de 10 vezes mais massa do que a Terra localizado a centenas de UA do Sol tenha orientado esses corpos em suas órbitas atuais.
Tal suposição está longe de ser uma prova de que um desconhecido "Planeta X" realmente existe, confirmou Trujillo. Mas ele disse que a porta está aberta, mas que um corpo com a massa da Terra a 250 UA do Sol provavelmente seria indetectável com a tecnologia atual.
"Isso levanta a possibilidade de que poderia haver corpos lá fora com massa significativa, com a massa da Terra ou maiores, e que nós não conhecemos", disse ele.
A imagem deve esclarecer quantos outros objetos da Nuvem de Oort interior são encontrados, o que permite aos astrônomos colocarem mais restrições sobre a origem e evolução orbital destes corpos frios e distantes.
"Eu acho que é um pouco difícil tirar conclusões definitivas a partir de dois objetos", disse Trujillo. "Se tivéssemos 10 objetos da Nuvem de Oort interior para compararmos, então nós realmente poderíamos começar a reunir mais detalhes sobre os cenários de formação".

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

BURACOS NEGROS EM AGLOMERADOS GLOBULARES SÃO DETECTADOS NA VIA LÁCTEA

Uma equipe de pesquisadores podem ter descoberto os primeiros exemplares de buracos negros em aglomerados globulares, em nossa própria galáxia.Créditos: Texas Tech University
Nomeado M62-VLA1, o buraco negro foi detectado no aglomerado globular M62, há 23.000 anos-luz de distância da Terra. O aglomerado globular M62 está localizado na constelação de Ophiucus.
Os círculos amarelos mostram o possível buraco negro no aglomerado globular M62.
Os círculos vermelhos apontam uma estrela de neutrons que está próxima.
"Os buracos negros em aglomerados globulares podem ser uma maneira deles atraírem uns aos outros o suficiente para fundirem-se em buracos negros ainda maiores, o que pode produzir as 'ondulações no espaço-tempo', que chamamos de ondas gravitacionais", diz Tom Maccarone, professor associado de física na Texas Tech. "Tentar detectar ondas gravitacionais é um dos maiores problemas da física nos dias de hoje, porque seria a prova mais forte de se comprovar a teoria da relatividade de Einstein".
Aglomerados globulares são grandes agrupamentos de estrelas, e acredita-se que nesses aglomerados existam algumas das estrelas mais antigas do Universo. Na mesma distância do Sol para com seu vizinho mais próximo (Proxima Centauri), esses aglomerados globulares poderiam ter entre um milhão ou dezenas de milhões de estrela
"As estrelas podem colidir umas com as outras nesse ambiente", disse Maccarone . "A velha teoria acredita que a interação dessas estrelas expulsariam quaisquer buracos negros que se formassem alí. Eles iriam interagir uns com os outros e com isso, serem jogados para fora do aglomerado, como em um efeito de estilingue, até que todos fossem lançados pra bem longe."
 Embora essa antiga teoria tenha sido deslocada, Maccarone afirma que ainda pode ser um pouco verdade. Os buracos negros podem ainda serem chutados para fora de aglomerados globulares, mas em um ritmo muito mais lento do que inicialmente se acreditava.
Em 2007, Maccarone fez a primeira descoberta de um buraco negro em um aglomerado globular na galáxia NGC4472. Mas ao invés de encontrá-lo por meio de ondas de rádio, Maccarone detectou o buraco negro através de uma emissão de raios- X a partir do gás atraído pelo buraco negro, que era aquecido até alguns milhões de graus. "É surpreendentemente mais fácil encontrá-los em outras galáxias do que em nossa própria", diz Maccarone.
Este ano, ele e sua equipe descobriram dois exemplares de aglomerados estelares globulares em nossa própria galáxia que possivelmente hospedam buracos negros, através de emissões de rádio, usando os radiotelescópios Very Large Array no Novo México.
 "Como os buracos negros absorvem as estrelas ao seu redor, jatos de materiais são expelidos", disse ele. "A maioria do material cai no buraco negro, mas alguns são jogado para fora em um jato. Para ver aquele jato de material, nós olhamos para as emissões de rádio. Encontramos algumas emissões de rádio provenientes desses aglomerados globulares que não poderiam serem explicados de outra maneira"
Outros pesquisadores incluíram Laura Chomiuk e Jay Strader da Universidade de Michigan; James Miller -Jones da Universoade de Perth Curtin, Austrália; Craig Heinke da Universidade de Alberta, Canadá; Eva Noyola da Universidade do Texas; Anil Seth da Universidade de Utah, e Scott Ransom do Observatório Nacional de Rádio-Astronomia, em Charlottesville, Virginia
Os resultados foram publicados no The Astrophysical Journal e apresentados no boletim de notícias da National Radio Astronomy.
Fonte: Texas Tech University  /  DailyGalaxy  /  The Astrophysical Journal
Imagem: M62

sexta-feira, 12 de setembro de 2014

NOVO EXOPLANETA É ENCONTRADO ALÉM DA LINHA DA NEVE


 "Encontrar o planeta Kepler-421B foi uma grande sorte" - David Kipping
Os astrônomos descobriram um exoplaneta em trânsito com o ano mais longo já conhecido. Kepler-421B orbita sua estrela uma vez a cada 704 dias. Em comparação, a órbita de Marte em torno do Sol dura 780 dias. A maioria dos exoplanetas descobertos até agora (já são mais de 1.800) estão localizados muito mais próximos de suas estrelas e têm períodos orbitais mais curtos.
A órbita do exoplaneta recém descoberto está além da "linha de neve", uma linha divisória imaginária que delimita os planetas rochosos dos gasosos. Quando se ultrapassa a linha de neve, a água se condensa em grãos de gelo e assim, constroem o gigante de gás.
"Encontrar o planeta Kepler-421B foi uma grande sorte", comenta o principal autor David Kipping, do Centro Harvard-Smithsonian de Astrofísica (CfA). "Quanto mais longe um planeta está da sua estrela, mais difícil será encontrá-lo em trânsito a partir do ponto de vista da Terra, tornando a detecção muito mais improvável".
Kepler-421B orbita uma estrela laranja do tipo K, que é mais fria e mais escura do que o nosso Sol. Ele orbita a estrela a uma distância de cerca de 177 milhões de quilômetros. Como resultado, este planeta que tem o tamanho de Urano tem uma temperatura média de aproximadamente -90°C.


Impressão artística do Observatório Kepler.
Créditos: NASA / Ames / JPL-Caltech
Como o nome indica, Kepler-421B foi descoberto usando dados do Observatório Kepler da NASA. Kepler foi adaptado exclusivamente para fazer esse tipo de descoberta. A nave ficou mirada para o mesmo pedaço de céu por 4 anos, observando as estrelas que cintilam quando os planetas passam à sua frente.
A estrela hospedeira, Kepler-421, está localizado a cerca de 1.000 anos-luz da Terra, na direção da constelação de Lyra. Esta pesquisa foi aceita para publicação na revista The Astrophysical Journal e está disponível online.

domingo, 7 de setembro de 2014

MAIOR ESTRUTURA DESCOBERTA CONTRADIZ A TEORIA DO BIG BANG E DESAFIA OS PRINCÍPIOS COSMOLOGICOS

Mais uma vez, o que conhecemos de cosmologia pode não ser totalmente verdade
"Embora seja difícil de entender a dimensão deste 'grande grupo de quasares' (LQG), podemos dizer com toda a certeza que é a maior estrutura já vista em todo o universo", disse o Dr. Clowes da Universidade Central de Lancashire'sJeremiah Horrocks Institute. "Isso é extremamente empolgante, porque vai contra a nossa compreensão atual da escala do Universo. Mesmo viajando na velocidade da luz, levaria cerca de 4 bilhões de anos para atravessar esta estrutura. Isto é importante não apenas por causa de seu tamanho, mas também porque desafia o princípio cosmológico, que tem sido amplamente aceito desde Einstein. Nossa equipe tem estudado casos semelhantes que agregam ainda mais peso a este desafio e vamos continuar a investigar esses fascinantes fenômenos".
Este grande grupo de quasares desafia o princípio cosmológico, a suposição de que o Universo, quando visto em uma escala suficientemente grande, tem a mesma aparência, não importa de onde você esteja observando-o. A teoria moderna da cosmologia é baseada na obra de Albert Einstein, e depende do princípio cosmológico. O princípio é assumido, mas nunca foi demonstrado através de observações que não gerassem dúvidas.
Quasares são núcleos de galáxias dos 'primeiros dias' do Universo. Um único Quasar emite de 100 a 1000 vezes mais luz e energia do que uma galáxia inteira com 100 bilhões de estrelas. Eles se submetem a breves períodos de altíssimo brilho que os tornam visíveis através de grandes distâncias. Estes períodos são ' breves' em termos de Astrofísica, mas na verdade são cerca de 10 a 100 milhões de anos. Desde 1982 tem sido aceito que os quasares tendem a se agrupar em grupos ou "estruturas" de dimensões surpreendentemente colossais, formando os grandes grupos de quasares, ou LQGs na sigla em inglês.
Para dar uma noção de escala, nossa galáxia, a Via Láctea, está separada de sua vizinha mais próxima, a galáxia de Andrômeda, por cerca de 0,75 Megaparsecs (MPC), ou 2,5 milhões de anos-luz. Grupos de galáxias podem ter de 2 a 3 MPC, porém, os LQGs podem ter cerca de 200 MPC ou mais de diâmetro.
 Com base no princípio cosmológico e na moderna teoria da cosmologia, cálculos sugerem que os astrofísicos não poderiam encontrar uma estrutura maior do que 370 MPC. O que eles não esperavam do recém-descoberto LQG, é que sua dimensão é de 500 MPC. Como este grupo de quasares é alongado, a sua dimensão chega a 1.200 MPC (4 bilhões de anos-luz), cerca de 1.600 vezes maior do que a distância entre a Via Láctea e a galáxia de Andrômeda.
 A cor de fundo da imagem acima indica os picos e depressões na ocorrência de quasares na distância do LQG. Cores mais escuras indicam mais quasares, cores mais claras indicam menos quasares. O LQG é claramente visto como uma longa cadeia de picos indicados por círculos pretos. (As cruzes vermelhas marcam as posições dos quasares em um LQG diferente e menor). Os eixos horizontais e verticais representam ascensão reta e declinação, o equivalente celeste de longitude e latitude. O mapa cobre cerca de 29,4 por 24 graus no céu, indicando a grande escala da estrutura recém-descoberta.
 A equipe publicou seus resultados na revista Monthly Notices of the Royal Astronomical Society.
Créditos: Royal Astronomical Society / Daily Galaxy
Imagem: R. G. Clowes / UCLan

terça-feira, 2 de setembro de 2014

OBSERVADO NUVEM COM TRILHÕES DE COMETAS E ASTEROIDES AO REDOR DO NÚCLEO CENTRAL DA VIA LÁCTEA

Sagittarius A
O buraco negro no centro da nossa Galáxia, conhecido como Sagittarius A* pode estar rodeado de asteróides e cometas...
Estranhas explosões de raios-x foram vistas durante observações periódicas feitas pelo Telescópio Chandra em 2012. Essas explosões podem ser asteróides caindo no buraco negro gigante da Via Láctea. Este resultado pode significar que há uma nuvem ao redor do buraco negro que contém trilhões de asteróides e cometas.
A imagem abaixo feita pelo Observatório de Raios-X Chandra da NASA, mostra o centro da nossa Galáxia e seu buraco negro supermassivo conhecido como Sagittarius A * ( Sgr A *) no centro. Através de observações intermitentes ao longo de vários anos, o Chandra detectou todos os dias uma explosão de raios-x a partir de Sgr A*. As explosões também foram observadas em dados infravermelhos do Very Large Telescope do ESO, no Chile.
UM estudo do Observatório Chandra nos dá uma possível explicação para essas misteriosas explosões . A sugestão é que há uma nuvem em torno de Sgr A * contendo centenas de milhões de asteróides e cometas, que escaparam de sua estrela-mãe. O painel da esquerda é uma imagem com cerca de um milhão de segundos de observações do Chandra da região em torno do buraco negro, com o vermelho representando os raios-x de baixa energia, o verde como raios-x de energia média e azul sendo o mais alto.
Foto do buraco negro central da Via Láctea, Sagittarius A *
Foto do buraco negro central da Via Láctea, Sagittarius A *
À esquerda, imagem em raios-x feita pelo Observatório Chandra mostra a região ao redor do buraco negro central da Via Láctea, Sagittarius A *
 À direita, ilustração artística mostra como podem ocorrer as explosões observadas ao redor
do buraco negro do centro da nossa Galáxia. Créditos: NASA / Chandra / CXC / Baganoff et al / M. Weiss
Um asteróide que passa muito próximo de outro objeto, como uma estrela ou planeta, pode ser arremessado para bem longe, e ir em direção a Sgr A *. Se o asteróide se aproxima a cerca de 100 milhões de quilômetros do buraco negro (um pouco menos da distância entre a Terra e o Sol), então ele é completamente estilhaçado pelas forças de maré do buraco negro.
Estes fragmentos, então, são vaporizados pelo atrito à medida que passam através do gás quente e fino que flui para Sgr A *, efeito semelhante a um meteoro que brilha quando entra na atmosfera da Terra. A chama é produzida e os restos do asteróide são engolidos pelo buraco negro.
Outra analogia para este tipo de evento é que cerca de uma vez a cada três dias um cometa é destruído quando vai de encontro com a atmosfera quente do nosso Sol. Apesar de suas diferenças significativas, a taxa de destruição de cometas e asteróides pelo Sol e pelo Sgr A * pode ser similar.
Novas observações de Sgr A* serão feitas com o Telescópio Chandra, que nos trará informações valiosas sobre a frequência e o brilho das explosões. Este trabalho pode compreender a capacidade que os asteróides e cometas têm de habitar ou até mesmo de se formar em um ambiente tão inóspito e caótico como os arredores de Sgr A *.
Fonte: Dailygalaxy / Chandra
Imagem: NASA / Chandra / CXC / Baganoff et al / M. Weiss
Capa: Ilustração artística de Sgr A * / NASA