MISTÉRIO: NOVO CANAL É DESCOBERTO EM MARTE
NASA divulga imagens que mostram um canal recém formado na superfície marciana
A sonda da NASA detectou um novo grande barranco em Marte, uma característica que parece ter se formado nos últimos três anos.Apesar de se parecer muito com os canais formados por rios aqui na Terra, essa característica de Marte provavelmente não foi esculpida pela água que flui, disseram os funcionários da NASA.
"Imagens do antes e depois" feitas pela HiRISE de atividades semelhantes em outros locais demonstram que esse tipo de atividade ocorre geralmente no inverno, em temperaturas tão frias que o dióxido de carbono, em vez da água, desempenha o papel-chave dessa questão", informaram oficiais da NASA.
Água salgada pode estar fluindo na superfície de Marte
Amostra da sonda Curiosity encontra água e outros componentes em MarteImagens da câmera HiRISE da sonda MRO da NASA mostram a formação de canais na superfície do hemisfério sul do Planeta Vermelho. As fotos foram divulgadas pela NASA no último dia 19 de março.Créditos: NASA / MRO / JPL-Caltech No entanto, a sonda MRO tem observado outras características marcianas que parecem estar associadas com água líquida, que são as estrias escuras encontradas nas encostas.
Essas "estrias" marcianas ocorrem em períodos quentes do Planeta Vermelho, e alguns pesquisadores acreditam que são causadas pela água salgada que contém um anticongelante à base de ferro. A evidência concreta de água corrente em solo marciano, no entanto, ainda permanece indefinida.
Se a água realmente flui sobre a superfície de Marte, o planeta seria uma aposta mais provável para abrigar vida como a conhecemos. Aqui na Terra, a vida é abundante onde há água líquida.
Acredita-se que Marte já foi muito acolhedor para a vida no passado. A sonda Curiosity da NASA, por exemplo, descobriu um sistema de lagos e córregos antigos perto de seu local de pouso no Planeta Vermelho. Este local poderia ter suportado vida microbiana bilhões de anos atrás.
A poderosa câmera HiRISE da Mars Reconnaissance Orbiter da NASA (MRO) fotografou o canal, que foi encontrado na encosta de uma parede da crateras, no hemisfério sul do Planeta Vermelho. O registro foi feito no dia 25 de maio de 2013, e a NASA divulgou as imagens na última quarta-feira (19 de março).
Fonte: NASA / Space
CoRoT-Exo-3b: CONHEÇA A CARACTERÍSTICA DESTE EXOPLANETA
CoRoT-Exo-3b:Este objecto descoberto pelo COROT é verdadeiramente desconcertante. Com cerca de 20 vezes a massa de Júpiter, tem apenas 80% do seu raio. A sua densidade é duas vezes superior à da platina! A gravidade que se sente na sua superficie é 50 vezes superior à gravidade terrestre. Demora 4,2 dias para orbitar a sua estrela.Além de 21,6 vezes a massa e um pouco menor que Júpiter, e de ser bastante denso (com 2 vezes mais densidade que o chumbo, se fôr exoplaneta, será o mais denso encontrado até hoje!), o seu ano é de cerca de 4 dias e 6 horas à volta de uma pequena estrela pouco maior que o nosso Sol (como comparação, Mercúrio é o planeta mais perto do Sol no nosso Sistema Solar e tem um ano de cerca 88 dias – ou seja, o COROT-exo-3b está muito mais perto da sua estrela-mãe!).É um mistério como um objecto tão massivo se pode formar tão perto da estrela-mãe!Por outro lado, parece ser o primeiro exemplo de uma anã castanha em trânsito!Será um Planeta ou Anã Castanha? Não se sabe muito bem… Este objecto é verdadeiramente “do outro mundo”. Parece estar a “meio caminho” entre planeta e anã castanha, o que está a levar a alguns problemas em termos de classificação. Nunca se tinha descoberto um objecto desta natureza!De qualquer modo, os resultados desta descoberta vão aparecer no “journal” Astronomy and Astrophysics, sob o título Transiting exoplanets from the COROT space mission, VI. COROT-exo-3b: The first secure inhabitant of the Brown-dwarf desert, o que nos leva a pensar que os autores tendem a classificar o objecto como uma Anã Castanha.
AMOSTRA DA SONDA CURIOSITY ENCONTRA ÁGUA E OUTROS COMPONENTES EM MARTE
Amostra da sonda Curiosity encontra água e outros componentes em Marte
E não pára por aí. Cerca de 2% do solo marciano é feito de água! NASA anunciou em artigo na revista Science que a primeira amostra de solo da sonda Curiosity em Marte encontrou quantidade significativa de água.
"Um dos mais emocionantes resultados da primeira amostra obtida pela sonda Curiosity é a alta porcentagem de água no solo", diz Laurie Leshin, do Instituto Rensselaer (EUA) e líder do estudo apresentado hoje. "Cerca de 2% do solo na superfície de Marte é feito de água, o que é um grande recurso, e cientificamente interessante", comenta a cientista. Análises do laboratório da sonda também identificaram dióxido de carbono, oxigênio, compostos sulfúricos, entre outros.
Um dos instrumentos do robô, chamado de SAM (Análise de Amostra de Marte em inglês) possui também um cromatógrafo, um espectrômetro de massa e um espectrômetro a laser, o que permite (ao contrário das sondas anteriores) a identificação de diversos compostos químicos e a determinar a proporção de isótopos de elementos-chave nas amostras coletadas.
"Esta é a primeira amostra que analisamos com os instrumentos da Curiosity. Apesar de ser apenas o início da história, nós aprendemos algo substancial", diz Laurie.
A sonda Curiosity usou sua pequena pá para recolher uma amostra do solo de uma região apelidada de "Rocknest" pelos cientistas. Os pesquisadores inseriram amostras no instrumento SAM, que aqueceu a terra a 835°C. O equipamento identificou a presença de diversos componentes, inclusive compostos contendo oxigênio e cloro, como clorato ou perclorato, que já eram conhecidos em Marte, porém, apenas em regiões mais próximas ao polo, e não na zona equatorial do planeta vermelho, onde está a sonda. A análise indica ainda a presença de carbonatos, que se formam na presença de água.
"Marte tem um tipo de camada global, uma camada de solo da superfície que tem sido misturada e distribuída por frequentes tempestades de areia. Então, uma amostra desse material é basicamente uma coleção microscópica de rochas marcianas", comenta Laurie. "Se misturarmos muitos grãos, provavelmente teremos uma imagem precisa da típica crosta marciana. Ao aprender sobre isso em um lugar, você estará entendendo sobre o planeta inteiro."
Segundo os cientistas, essa recente descoberta implicará em futuras missões ao planeta vermelho, até mesmo tripuladas. "Agora nós sabemos que pode mesmo haver água abundante e de fácil acesso em Marte", diz Laurie. "Com missões tripuladas, poderemos obter um pouco do solo em qualquer lugar da superfície, e aquecê-lo um pouco para obter água".
Fonte: NASA
LUA DE SATURNO MIMAS: PODE TER UM OCEANO DE ÁGUA LÍQUIDA SUBTERRÂNEA
Com isso, Mimas poderia entrar para o "hall" dos planetas e luas com potencial para sustentar vida!O astrônomo Radwan Tajeddine e seus colegas decidiram observar a pequena lua de Saturno, Mimas, mas eles não esperavam encontrar nada extraordinário. Com sua superfície repleta de crateras, Mimas foi considerada como uma lua geologicamente morta, ou seja, não haviam motivos suficientes para que os cientistas se interessassem em observá-la.
Mas as aparências enganam. Usando dados da sonda Cassini da NASA, uma nova pesquisa mostra que algo estranho dentro Mimas está causando um balanço enquanto ela orbita o planeta Saturno.
Os modelos de computador apontam duas possibilidades. A primeira é que Mimas, que tem cerca de 250 quilômetros de diâmetro, tem um núcleo alongado, uma pista de que a lua pode ter se formado dentro dos anéis de gelo de Saturno. A segunda opção é que Mimas tem um oceano global localizado a 19 quilômetros abaixo de sua crosta gelada.
Ambas as opções são surpreendentes, no entanto, indícios de uma forma alongada de seu núcleo também deveria ser vista em sua superfície, o que não acontece. Da mesma forma, a superfície da lua não mostra sinais de aquecimento para o derretimento do gelo e a manutenção de um oceano líquido.
Uma teoria é que a órbita excêntrica de Mimas poderia criar um puxão gravitacional entre ela e Saturno, principalmente quando ela está mais próxima do planeta.
Por outro lado, os cientistas perceberam que não era necessária uma grande quantidade de calor para que a água líquida existisse em seu subsolo. Uma resposta bem elucidativa para essa questão propõe que, logo após a formação de Mimas, o calor liberado pela decomposição natural dos materiais radioativos poderia ter iniciado o derretimento do gelo. Mais tarde, as reações químicas entre rochas de silicato e água poderiam ter ajudado ainda mais a formação desse oceano.
Juntas, todas essas fontes de energia podem fornecer calor suficiente para produzir uma fina camada de água líquida subsuperficial global. Uma vez que o oceano já está formado, o calor produzido pelo aquecimento de maré será significativamente maior, e provavelmente será capaz de sustentar um oceano global", comentou o cientista planetário Attilio Rivoldini, do Observatório Real da Bélgica.
O acompanhamento das temperaturas da superfície de Mimas poderia mostrar se existe calor suficiente na lua. Se Mimas possui de fato um oceano em seu subsolo, ela participará de uma lista crescente de corpos do Sistema Solar que podem ser "amigáveis" para a vida como a conhecemos.
A pesquisa foi publicada recentemente na revista Science.
Fonte: Dnews / Science
Imagens: (capa - ilustração - Richard Cardial)
ESTUDO REVELA QUE PARTE DE ÁGUA DO SISTEMA SOLAR É MAIS ANTIGA QUE O SOL
ÁGUA É MAIS ANTIGA QUE O SOL - Parte da água existente no sistema solar é anterior à formação do Sol, segundo um estudo publicado na revista "Science" e que abre a possibilidade que haja também vida nos exoplanetas que orbitam outras estrelas em nossa galáxia. A representação artística mostra que uma parte notável de água do sistema solar não pôde ser formada depois que o Sol e, portanto, uma quantidade de gelo interestelar sobreviveu à criação desse sistema. Isso significa que, se outros sistemas planetários na galáxia se formaram da mesma maneira que a nossa, esses sistemas teriam tido acesso à mesma água que sistema solar Bill Saxton, NSF/AUI/NRAOParte da água existente no sistema solar é anterior à formação do Sol, segundo um estudo publicado nesta quinta-feira (25) pela revista Science e que abre a possibilidade que haja também vida nos exoplanetas que orbitam outras estrelas em nossa galáxia.Durante anos, os pesquisadores tentaram determinar se a água que se encontra no sistema solar procede da nebulosa molecular que rodeava o sol, da qual nasceram os planetas, ou se foi criada antes que uma nuvem fria de gás formasse o "astro rei".A pesquisa, liderada por Lauren Cleeves, da Universidade de Michigan, recriou um modelo informático que analisa as condições químicas entre as moléculas de água formadas no sistema solar há 4,6 bilhões de anos.Em particular, os especialistas se centraram no estudo do deutério, um isótopo estável do hidrogênio, presente na água, em meteoritos e cometas.A equipe determinou que os processos químicos dentro dos discos protoplanetários do sistema solar primitivo não podem ser responsáveis pelos índices de deutério encontrados atualmente na água achada em cometas, luas e oceanos desse sistema.Assim, uma parte notável de água do sistema solar não pôde ser formada depois que o Sol e, portanto, uma quantidade de gelo interestelar sobreviveu à criação desse sistema.Isso significa que, se outros sistemas planetários na galáxia se formaram da mesma maneira que a nossa, esses sistemas teriam tido acesso à mesma água que sistema solar, sustentam os pesquisadores."A ampla disponibilidade de água durante o processo de formação de planetas abre uma perspectiva promissora sobre a existência de vida em toda a galáxia", apontam os pesquisadores, que lembram que, até agora, o satélite Kepler da Nasa detectou mil planetas extra-solares confirmados."Este é um passo importante em nossa busca para saber se existe vida em outros planetas", indicou Tim Harries, do Departamento de Física e Astronomia da universidade britânica de Exeter e membro da equipe de pesquisa.Com a identificação da herança de água na Terra "podemos ver que a maneira como se formou nosso sistema solar não foi única, e que os exoplanetas surgem em ambientes com água abundante", destacou Harries.Neste cenário, acrescentou o especialista da Exeter, "se abre a possibilidade que alguns exoplanetas poderiam abrigar as condições adequadas e os recursos hídricos, para que a vida evolua".