A Terra pode ostentar uma espessa camada de longos fios ou filamentos de matéria escura, sugere um novo estudo.
Os astrônomos acreditam que a matéria escura (uma substância misteriosa, invisível que nem emite nem absorve luz, e é cerca de seis vezes mais comum do que a matéria normal) forma linhas finas e muito longas em todo o Universo.
"Um desses fios pode ser muito maior do que o próprio Sistema Solar, e há muitos outros que podem cruzar nossa vizinhança galática", disse o autor do estudo Gary Prézeau, do Laboratório de Propulsão a Jato da NASA.
A matéria escura não interage muito com a matéria normal, então esses longos fios podem "penetrar" nos planetas interiores. Gary realizou simulações de computador para entender o que acontece quando esses fluxos passam pela Terra e outros planetas no Sistema Solar. Ele descobriu que a gravidade dos planetas dobra os fios, tornando-os mais difusos.
No caso da Terra, os fios longos começam a cerca de 1 milhão de quilômetros da superfície, se estendendo até cerca de 2 milhões de km do nosso planeta. Como comparação, a Lua orbita a Terra a uma distância média de 385.000 km.
Esta descoberta pode ajudar os astrônomos a entender um pouco mais sobre a matéria escura, cuja existência pôde ser percebida através de interferências gravitacionais com outros objetos compostos de "matéria normal" (já que a matéria escura não pode ser detectada).
"Se pudéssemos identificar a localização exata desses fluxos de matéria escura, poderíamos enviar uma sonda para obter dados e talvez recolher informações sobre ela", disse Gary.
Ilustração artística mostra possível região onde encontra-se o início
dos fluxos de matéria escura ao redor da Terra.Créditos: NASA / JPL-Caltech
O novo estudo, publicado no The Astrophysical Journal, sugere ainda que as diferentes camadas de um planeta (ou de um satélite natural) devem causar dobras diferentes nos longos fios de matéria escura. "Teoricamente, se fosse possível obter essa informação, os cientistas poderiam usar esses fluxos de matéria escura para mapear as camadas de qualquer corpo planetário, e até mesmo profundos oceanos de luas geladas, por exemplo", escreveram oficiais da NASA em um comunicado oficial. Os cientistas acreditam que a matéria escura seja fria, portanto não se movimenta muito.
Enquanto a matéria escura é muito mais abundante do que a matéria regular, os cientistas pensam que o material invisível forma apenas 27% de toda a matéria e a energia do Universo. A maior parte é composta de energia escura, uma força misteriosa associada com a aceleração da expansão do Universo. Por sua vez, a "matéria comum" preenche apenas 5% do Universo.
Fonte: Space / NASA
Imagens: (capa-ilustração/NASA) / NASA/JPL-Caltech
Os astrônomos acreditam que a matéria escura (uma substância misteriosa, invisível que nem emite nem absorve luz, e é cerca de seis vezes mais comum do que a matéria normal) forma linhas finas e muito longas em todo o Universo.
"Um desses fios pode ser muito maior do que o próprio Sistema Solar, e há muitos outros que podem cruzar nossa vizinhança galática", disse o autor do estudo Gary Prézeau, do Laboratório de Propulsão a Jato da NASA.
A matéria escura não interage muito com a matéria normal, então esses longos fios podem "penetrar" nos planetas interiores. Gary realizou simulações de computador para entender o que acontece quando esses fluxos passam pela Terra e outros planetas no Sistema Solar. Ele descobriu que a gravidade dos planetas dobra os fios, tornando-os mais difusos.
No caso da Terra, os fios longos começam a cerca de 1 milhão de quilômetros da superfície, se estendendo até cerca de 2 milhões de km do nosso planeta. Como comparação, a Lua orbita a Terra a uma distância média de 385.000 km.
Esta descoberta pode ajudar os astrônomos a entender um pouco mais sobre a matéria escura, cuja existência pôde ser percebida através de interferências gravitacionais com outros objetos compostos de "matéria normal" (já que a matéria escura não pode ser detectada).
"Se pudéssemos identificar a localização exata desses fluxos de matéria escura, poderíamos enviar uma sonda para obter dados e talvez recolher informações sobre ela", disse Gary.
Ilustração artística mostra possível região onde encontra-se o início
dos fluxos de matéria escura ao redor da Terra.Créditos: NASA / JPL-Caltech
O novo estudo, publicado no The Astrophysical Journal, sugere ainda que as diferentes camadas de um planeta (ou de um satélite natural) devem causar dobras diferentes nos longos fios de matéria escura. "Teoricamente, se fosse possível obter essa informação, os cientistas poderiam usar esses fluxos de matéria escura para mapear as camadas de qualquer corpo planetário, e até mesmo profundos oceanos de luas geladas, por exemplo", escreveram oficiais da NASA em um comunicado oficial. Os cientistas acreditam que a matéria escura seja fria, portanto não se movimenta muito.
Enquanto a matéria escura é muito mais abundante do que a matéria regular, os cientistas pensam que o material invisível forma apenas 27% de toda a matéria e a energia do Universo. A maior parte é composta de energia escura, uma força misteriosa associada com a aceleração da expansão do Universo. Por sua vez, a "matéria comum" preenche apenas 5% do Universo.
Fonte: Space / NASA
Imagens: (capa-ilustração/NASA) / NASA/JPL-Caltech