MARAVILHA DO UNIVERSO

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Contemple a Maravilha do Universo

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

ESO VISTA FAZ OBSERVAÇÃO DA NUVEM MOLECULAR ORION

A nuvem molecular Orion A observada pelo VISTA
Esta imagem obtida pelo telescópio de rastreio infravermelho VISTA, instalado no Observatório do Paranal do ESO no norte do Chile, faz parte do maior mosaico infravermelho de alta resolução de Orion, obtido até hoje. Cobre a nuvem molecular Orion A, a fábrica de estrelas massivas mais próxima que se conhece, situada a cerca de 1350 anos-luz de distância da Terra e revela muitas estrelas jovens e outros objetos que normalmente se encontram enterrados profundamente no coração das nuvens de poeira.
 ESO mostra as maravilhas do Universo em "pedaços pequenos". Curto e indo direto ao assunto, este novo formato Light apresenta ciência de vanguarda num estilo visual bastante simples e transparente, dando aos espectadores em movimento a possibilidade de ser manterem a par de notícias e descobertas astronômicas. O formato simples é perfeito para ser visto a qualquer momento, em qualquer lugar. Está também disponível uma versão de qualidade superior — 4K UHD.
Os episódios do ESOcast Light não substituirão os ESOcast normais e mais longos, pretendendo apenas complementá-los com notícias astronômicas atuais e imagens das notas de imprensa do ESO
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domingo, 19 de fevereiro de 2017

COLISÃO DE ESTRELAS VAI ILUMINAR O CÉU DA TERRA EM NOITE DE 2022


Não é fácil prever eventos astronômicos em curto prazo de tempo. Mas uma equipe de cientistas dos EUA diz não ter dúvidas de que em cinco anos veremos uma colisão entre estrelas a olho nu, para alegria dos admiradores do céu notur
Assim, no ano de 2022 (alguns meses antes ou depois), um brilho intenso, maior que o de qualquer outra estrela, poderá ser observado. O clarão será fruto da colisão e fusão de uma estrela binária denominada KIC 9832227 --que está a 1.800 anos-luz da Terra.
Esse sistema binário possui um brilho tênue que não conseguimos enxergar. Mas, no momento do choque, ele ficará 10 mil vezes mais intenso. Será uma nova estrela, visível temporariamente na constelação de Cisne.
O par que explodirá é estudado desde 2013 pelos cientistas. Ao longo desse período, a dança da morte entre as duas estrelas foi bastante documentada, permitindo grande certeza nas previsões.
Nas pesquisas, os cientistas descobriram que a velocidade de órbita do ponto estava ficando cada vez mais rápida, o que indicava a existência de duas estrelas se aproximando.
As estrelas estão tão próximas que já compartilham a mesma atmosfera (mais ou menos como na concepção artística acima). O comportamento da KIC 9832227 remete a outra estrela binária, a V1309 Escorpião, que também tinha uma atmosfera combinada, girava cada vez mais rápido e explodiu inesperadamente em 2008.
Ao explodir, o par formará uma "nova vermelha" --fenômeno caracterizado pela fusão de uma estrela binária. Os pesquisadores dizem que continuarão a monitorar a KIC 9832227 para ter certeza sobre o momento do choque, previsto para daqui cinco anos.
Até lá, astrônomos amadores também poderão estudar a colisão, medindo a flutuação do brilho da estrela binária, que ocorrerá em frequência cada vez maior. E no momento mais esperado, todos nós poderemos apreciar o show.no.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

SONDA TENTA DESVENDAR MISTÉRIO DE MINI LUA EM ANEL DE SATURNO

 Ao ser identificada, Peggy era uma mancha comprida e brilhante na borda do anel A de Saturno
Ao ser identificada, Peggy era uma mancha comprida e brilhante na borda do anel A de Saturno
Será que Peggy finalmente irá aparecer para o mundo?
Cientistas que estudam o esplendor dos anéis de Saturno esperam ter em breve uma foto de um objeto que eles sabem estar ali, mas não conseguem vê-lo.

A mini lua, chamada de Peggy em homenagem à sogra do pesquisador londrino Carl Murray, foi descoberta em 2013. Os efeitos sobre partículas de gelo e poeira ao redor dela foram observados desde então.
No entanto, nenhuma imagem que mostre a forma de Peggy chegou a ser obtida, e agora há pouco tempo para fazê-lo.
A missão da espaçonave Cassini, enviada pela Nasa a Saturno - como parte de uma missão conjunta da Nasa, da Agência Espacial Europeia (ESA) e da Agência Espacial Italiana - está chegando ao fim. Em setembro, a sonda será destruída na atmosfera do enorme planeta e o então constante fluxo de fotos e dados dos últimos 13 anos terá um fim abrupto.
Carl Murray e sua equipe da Universidade de Queen Mary, em Londres, sabem que eles têm apenas alguns meses para conseguir uma imagem definitiva de Peggy.
Felizmente, a nave Cassini passará o tempo que lhe resta sobrevoando próxima ao planeta e ao local da mini lua no chamado "anel A".
É a melhor chance de finalmente ver como é Peggy.
Pela curiosidade em torno do "pequeno" objeto, é provável que a sonda seja ordenada a tirar uma última foto pouco antes da grande explosão.
"Peggy é um objeto tão interessante para pessoas que trabalham na missão e até para o público - ela capturou sua imaginação. É como uma velha amiga para nós, como quando antes de se despedir você quer tirar uma foto. Peggy será uma das últimas missões de Cassini", disse Murray à BBC.
O estudo de objetos como Peggy está no âmago dos objetivos da multibilionária missão espacial internacional.
Nasa
Teoria sugere que algumas luas maiores de Saturno podem até ter sido criadas nos anéis
A larga área de gelo e poeira que cerca Saturno é uma versão em miniatura do tipo de discos observados em torno de estrelas distantes.
É precisamente nesses discos onde os planetas são formados, então observar os processos e comportamentos que dão origem a objetos como Peggy pode ajudar a entender como novos mundos passam a existir. É um modelo até para entender como o nosso Sistema Solar foi criado.
"Peggy está evoluindo. Sua órbita está mudando com o tempo", explicou Murray. "Às vezes ela se afasta, às vezes ela retorna, uma diferença de apenas alguns quilômetros. E é isso o que achamos que acontece com protoplanetas naqueles discos astrofísicos. Eles interagem com protoplanetas e o material no disco, eles migram, eles se movem. Vemos que quando olhamos exoplanetas em volta de outras estrelas, alguns deles não podem ter sido formados nos locais onde os vemos agora, eles devem ter migrado em algum momento".
Peggy foi descoberta por acidente. Murray estava usando Cassini para tentar conseguir uma imagem de Prometeus - uma lua maior e mais visível no anel F.
Ele tirou a foto sem problemas, mas seu olhar foi fisgado por uma mancha de 2 mil km de comprimento ao fundo.
Isso ocorreu em 15 de abril de 2013, no dia do aniversário de sua sogra. E o subsequente rastreamento pelos arquivos de Cassini mostraram que a alteração no anel A já era evidente um ano antes.
Peggy certamente não mede mais de 5 km de uma extremidade a outra. Acredita-se que a mancha foi criada após uma colisão que levantou uma nuvem de gelo e poeira.
Observações posteriores monitoraram a alteração em andamento. Se miniluas são grandes o suficiente, elas podem preencher um vão nos anéis de Saturno. Mas objetos minúsculos como Peggy provocam um impacto pequeno na faixa de partículas ao redor, ou uma espécie de ondulação em formato de hélice.
Até agora, isso é o que Cassini pôde obter do pequeno alvo, mesmo com o aproveitamento da melhor resolução possível da câmera de bordo, de cerca de 5 km por pixel. Mas nos próximos meses, as órbitas que a espaçonave dará em volta de Saturno devem alterar a resolução para um ou dois km por pixel.
Isso pode ser o bastante para tirar uma foto direta de Peggy e confirmar uma possibilidade intrigante: a de que Peggy recentemente virou dois objetos diferentes.
"Quando Cassini saiu da órbita de seu anel no começo de 2016, fomos olhar o local onde Peggy deveria estar - e lá estava ela -, desde então estamos seguindo-a de perto. Mas pouco tempo atrás conseguimos ver também outro objeto, ainda mais apagado no sentido de que tinha um padrão de alteração menor. E quando rastreamos de volta o caminho dos dois objetos, percebemos que em 2015 eles poderiam ter se encontrado".
"Então provavelmente Peggy B, como a chamamos, saiu de um tipo de colisão que fez Peggy mudar sua órbita, mas, mais do que um simples encontro que alterou um pouco sua órbita, isso era bem mais sério".
Na recente reunião de outono da União Americana de Geofísica, Murray trouxe novidades sobre Peggy. Nessa conferência, Linda Spilker, cientista-chefe da missão Cassini, falou sobre o fim das atividades da sonda, culminando em seu descarte em 15 de setembro.
Ela disse que as mesmas manobras de aproximação que podem trazer as fotos que Carl Murray tanto almeja também podem ajudar a determinar uma característica chave dos anéis de Saturno - sua massa.
"A massa dos anéis é 100% incerta", disse Spilker à BBC.
"Se eles forem mais sólidos, talvez sejam mais velhos, tão velhos quanto Saturno. Se forem menos sólidos, talvez eles sejam realmente jovens, talvez tenham apenas meros 100 milhões de anos de idade".
A idade é importante para a ideia de que anéis, ou discos, são o meio onde os objetos são formados. Algumas das luas de Saturno, até mesmo várias das grandes, provavelmente surgiram da acumulação do material ao redor delas e reproduziram, nas primeiras fases de crescimento, o tipo de comportamento agora observado em Peggy.
Mas a criação de luas leva tempo e se os maiores satélites de Saturno surgiram a partir do mesmo processo, o sistema do anel deve ser de fato muito antigo.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

CIENTISTAS JAPONESES AFIRMAM TER IDENTIFICADO UM MISTERIOSO ELEMENTO PERDIDO NO NÚCLEO DA TERRA

Pesquisadores japoneses afirmam que silício responde por parcela significativa do centro do planeta, depois do ferro e do níquel.
Pesquisadores japoneses afirmam que silício responde por parcela significativa do centro do planeta, depois do ferro e do níquel.Foto: iStock
Eles vinham procurando esse elemento por décadas, acreditando que ele respondia por uma parcela significativa do centro do nosso planeta, depois do ferro e do níquel.
Agora, ao recriar as altas temperaturas e pressões encontradas nas profundezas do planeta, experimentos sugerem que o candidato mais provável é o silício.
O elemento é de grande utilidade na fabricação de semi-condutores e de componentes de máquinas e motores, e na produção de silicone.
A descoberta pode ajudar os cientistas a entender melhor como a Terra se formou.
Em entrevista à BBC, o responsável pela pesquisa, Eiji Ohtani, da Universidade de Tohoku, no Japão, disse acreditar que o silício é um "elemento importante".
"Cerca de 5% (do núcleo interno da Terra) do peso do nosso planeta pode ser silício dissolvido em ligas metálicas de ferro-níquel", explicou ele.
Difícil de alcançar
Cientistas acreditam que a estrutura mais interna da Terra é um bola sólida com um raio de 1,2 mil quilômetros.
Como é impossível acessá-la diretamente, eles estudam como as ondas sísmicas atravessam a região para detalhar sua composição.
Essa parte é principalmente composta de ferro, que corresponde a 85% de seu peso, e níquel, que responde por outros 10%.
Somando esses dois elementos, sobram ainda 5% restantes.
Para conduzir o experimento, Eiji Ohtani e sua equipe criaram ligas metálicas de ferro e níquel e as misturou com silício.
Eles, então, submeteram esses materiais às imensas pressões e temperaturas que existem no interior da Terra.
Os cientistas descobriram, então, que essa mistura correspondia àquela observada nas profundezas do planeta a partir de dados sísmicos.
Ohtani afirmou que mais pesquisas são necessárias para confirmar a existência de silício e descartar a de outros elementos.
Formação do núcleoComentando sobre o estudo, Simon Redfern, professor de Física Mineral do Departamento de Ciências da Terra da Universidade de Cambridge, elogiou as descobertas.
"Esses experimentos são realmente instigantes porque fornecem uma janela sobre o interior da Terra logo depois de nosso planeta ter se formado, 4,5 bilhões de anos atrás, quando seu interior começou a se separar das partes rochosas", afirmou.
"Mas outros estudos sugeriram recentemente que o oxigênio pode ser um elemento importante na região", acrescentou.
Redfern afirmou que conhecer as profundezas da Terra pode ajudar os cientistas a entender melhor as condições que prevaleciam durante sua formação.
Especificamente, acrescentou ele, se o oxigênio era limitado naquela ocasião - fenômeno conhecido como condições redutoras. Ou se o elemento era encontrado em abundância ─ nesse caso, descrito como oxidante.
Se uma grande quantidade de silício tiver sido incorporada ao interior da Terra há mais de 4 bilhões de anos, como indicaram os resultados do estudo japonês, isso teria deixado o restante do planeta relativamente rico em oxigênio.
Mas, caso contrário, se o oxigênio tiver sido sugado para o interior do núcleo, o manto rochoso em torno dele teria ficado privado do elemento.
"De certa forma, essas duas opções são alternativas reais que dependem muito das condições que prevaleciam quando o interior do núcleo da Terra começou a se formar", explicou Redfern.
"Os resultados mais recentes contribuem para o nosso entendimento, mas suspeito que não estejamos no fim da linha em termos de descobertas", acrescentou o especialista.
Os cientistas japoneses apresentaram as descobertas em uma conferência recente da União Geofísica Americana em San Francisco, na Califórnia.

sábado, 4 de fevereiro de 2017

NOVAS GALÁXIAS GERAM 1500 SÓIS POR ANO

A NASA, utilizando os telescópios espaciais Planck e Herschel, está analisando novas galáxias e, dessa forma, aprendendo mais sobre o nascimento de estrelas.
Curiosamente, a luz dessas “novas” galáxias percorreu cerca de 11 bilhões de anos contínuos para chegar ao alcance das lentes dos telescópios.
A NASA está vendo agora o nascimento de galáxias que existem há quase tanto tempo quanto o próprio universo, que, segundo especulado pela agência, possui 13,8 bilhões de anos.  No entanto, é fascinante a quantidade de novas galáxias sendo observadas pelos dois satélites. Confira a imagem na seguir:

Essa é uma imagem panorâmica do céu espacial visto pelo telescópio Planck. O risco horizontal no centro é uma representação da faixa de poeira da Via Láctea, a nossa galáxia. Cada um desses pontos pretos são grupos de galáxias em formação.
Com base nesses estudos, a NASA está conseguindo responder a uma velha pergunta: as estrelas surgem uma a uma ou várias de cada vez? A resposta é uma combinação das duas opções. Para ilustrar, como no início de sua formação as Galáxias consomem seu gás formando pelo menos 1500 estrelas freneticamente por ano, passando a reduzir a quantidade conforme diminui a densidade dos gases em seu perímetro
E a força inicial é grande mesmo. Três das novas galáxias observadas têm gerado, por ano, o equivalente a 1500 vezes a massa do Sol em novas estrelas. O que mostra o quão caótico e  espantoso o Universo mostrava ser em sua formação.