MARAVILHA DO UNIVERSO

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Contemple a Maravilha do Universo

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

FRONTEIRA DO SISTEMA SOLAR POSSUI UMA FAIXA BRILHANTE E MISTERIOSA

Mapa espacial
Fronteira do Sistema Solar possui uma faixa brilhante e misteriosa
Este gráfico ilustra uma das possibilidades para a brilhante faixa de emissões coletadas pela IBEX. O campo magnético galáctico dá forma à heliosfera conforme o Sistema Solar viaja através dele. [Imagem: SwRI]
A sonda espacial IBEX (Interstellar Boundary Explorer - Explorador da fronteira interestelar), lançada há exatamente um ano, começou a traçar o primeiro mapa da fronteira entre o Sistema Solar e o espaço exterior. E a revelar muitas surpresas. A IBEX coletou dados durante seis meses, o que já foi suficiente para questionar as teorias atuais sobre a heliosfera - uma espécie de "bolha" formada pelas emanações de partículas solares, o chamado "vento solar" - e fornecer informações para as quais ainda não houve tempo suficiente para a fundamentação de novas teorias.
Fronteira do Sistema Solar
O "vento solar" é uma corrente de partículas carregadas que viajam continuamente a partir do Sol em todas as direções. É como se esse "vento" inflasse uma gigantesca bolha no espaço - é essa bolha que se chama heliosfera, a região do espaço dominada pela influência do Sol e no interior da qual ficam os planetas. Ao mesmo tempo, nosso Sistema Solar move-se velozmente ao redor do centro da Via Láctea, o que o faz colidir com "ventos interestelares," uma chuva de partículas emitidas pelas outras estrelas. Em um determinado ponto, ainda não precisamente localizado no espaço, o vento solar e o vento interestelar se encontram. O local onde suas pressões se equivalem determina a fronteira do Sistema Solar.
Formato da heliosfera
Desta forma, traçar a fronteira do Sistema Solar equivale a desenhar o formato da heliosfera. Esse formato tem sido alvo de acalorados debates há décadas. Os únicos dados concretos disponíveis até hoje haviam sido coletados pelas duas sondas Voyager, os primeiros objetos construídos pelo homem a deixar o Sistema Solar.  Viajando em direções opostas, as duas históricas Voyager fizeram descobertas surpreendentes quando cruzaram a fronteira do Sistema Solar. Mas seus instrumentos já antigos, e o fato de tomarem medidas de apenas dois pontos de uma "bolha" de proporções descomunais, não deixavam dúvidas de que os dados pontuais eram insuficientes para quaisquer conclusões definitivas.
Átomos energéticos neutros
Fronteira do Sistema Solar possui uma faixa brilhante e misteriosa
Ilustração da formação dos átomos energéticos neutros (ENAs). [Imagem: Walt Feimer/NASA GSFC]
Ao contrário da maioria das sondas e telescópios espaciais, que coletam luz, a IBEX coleta partículas. Mais especificamente, partículas chamadas átomos energéticos neutros - ENA na sigla em inglês (Energetic Neutral Atoms).  Os átomos energéticos neutros são criados na região da fronteira interestelar quando as partículas eletricamente carregadas e quentes do "vento solar" colidem com as partículas frias do "vento interestelar," roubando-lhes um elétron. Essa colisão não produz luz em nenhum comprimento de onda que pudesse ser observada pelos telescópios.  Já os ENAs viajam na direção do Sol com velocidades que variam entre 160.000 km/h e quase 4 milhões de km/h. A sonda IBEX possui dois detectores de ENAs. Orbitando a Terra e rotacionando de forma precisa, a sonda captou esses átomos neutros energéticos vindos de todas as direções, traçando o primeiro mapa de grande precisão do que acontece nessa zona de choque de partículas.
Mapa da heliosfera
Usando também dados da sonda Cassini, que está observando Saturno desde 2004, o grupo de cientistas da IBEX construiu 14 mapas que colocaram os dados das sondas Voyager em seu devido contexto, demonstrando a importância da obtenção de medições globais. "Pela primeira vez, nós estamos colocando nossas cabeças para fora da atmosfera do Sol e começando a entender realmente nosso lugar na galáxia," comemorou o Dr. David McComas, coordenador da missão IBEX. Em vez de uma heliosfera circular e homogênea, os dados indicam a presença de uma faixa estreita e extremamente "brilhante" serpenteando pelo céu - onde brilhante não se refere a nenhum luz, mas a uma elevada concentração de átomos energéticos neutros. Nessa faixa, a energia dos ENAs varia entre 0,2 e 0,6 keV (kiloeletron volts) e a atividade dos átomos energéticos neutros é de duas a três vezes maior do que no restante da heliosfera.  "Nós esperávamos ver variações espaciais pequenas e graduais na fronteira interestelar, a cerca de 16 bilhões de quilômetros de distância da Terra. Entretanto, a IBEX está nos mostrando uma faixa muito estreita que é duas a três vezes mais brilhante do que qualquer outro objeto no céu," disse McComas
Novas teorias
Apesar dos seis artigos científicos publicados nesta sexta-feira a partir dessas medições iniciais, os cientistas afirmam que será necessário mais tempo para que se entenda perfeitamente os dados coletados pela IBEX. O formato da heliosfera, por exemplo, ainda não encontrou um consenso entre os cientistas. "Os resultados da IBEX são absolutamente extraordinários, com emissões que não podem ser explicadas por nenhuma teoria existente," diz McComas. Entretanto, como a faixa parece ter seu desenho traçado pelo campo magnético interestelar, fora da heliosfera, as observações sugerem que o ambiente interestelar tem muito mais influência sobre o formato da heliosfera do que qualquer teoria existente até hoje sugeria.
Viagens espaciais do futuro
A sonda também foi a primeira a coletar hidrogênio e oxigênio do meio interestelar, o que ajudará os cientistas a terem uma ideia mais precisa sobre a composição do espaço além das fronteiras do Sistema Solar. Estas observações são importantes para as viagens espaciais do futuro pois, da mesma forma que a atmosfera terrestre nos protege da radiação do espaço exterior, a heliosfera protege o Sistema Solar dos raios cósmicos interestelares.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

ASTRÔNOMOS USAM A SONDA KEPLER PARA PROCURAR EXOLUAS

Astrônomos descobriram um tesouro: mais de 700 exoplanetas em órbita ao redor de estrelas distantes e possibilidade de outros milhares. Agora, naturalmente, eles começam a se perguntar: que luas podem orbitar esses planetas?



O nascer da Lua: concepção artística de um exoplaneta hospedando luas menores. Créditos: David A. Aguilar (CfA)
É uma pergunta lógica. Os satélites naturais da maioria dos planetas em nosso sistema são bastante grandes e em alguns sistemas planetários, as luas de um planeta extrassolar podem oferecer condições favoráveis à vida extraterrestre.

Para obter respostas, uma equipe de astrônomos estuda dados disponíveis ao público da Kepler, a sonda da Nasa prolífica em encontrar exoplanetas, na esperança de detectar um sinal fraco da primeira exolua conhecida.

"Era um assunto que me interessou muito, por um longo tempo", relata David Kipping, que discutiu sobre exoluas em sua tese de doutorado na University College de Londres, no ano passado. Agora, no programa de pós-doutorado no Harvard-Smithsonian Center for Astrophysics (CfA), Kipping lidera a procura com o Hunt for Exomoons with Kepler Project, ou HEK. Ele e seus colegas descreveram a campanha do HEK em estudo recente enviado ao site arXiv.org como pré-impressão e submetido ao Astrophysical Journal.

"No início, tentava apenas descobrir o que era possível", relembra Kipping. "Ao continuar, percebi que não era apenas uma ideia maluca." Ele e a equipe calcularam que, se luas grandes são comuns na galáxia, a Kepler pode ser suficientemente sensível para encontrá-las.

Desde 2009, a sonda Kepler segue a Terra na órbita em torno do Sol, cumprindo obstinadamente uma missão que aparenta ser simples. Com uma câmera digital gigante, a Kepler vigia uma área com mais de 150 mil estrelas próximas à constelação Cygnus. Ela procura os chamados trânsitos de estrelas - instâncias nas quais um planeta passa na frente de sua estrela-mãe, diminuindo um pouco e temporariamente seu brilho aparente. Até agora, a missão foi muito produtiva: os estudiosos da Kepler descobriram mais de 60 exoplanetas novos e identificaram mais de 2 mil prováveis candidatos, que aguardam confirmação.

Cerca de 50 destes candidatos se encaixam na assim chamada zona habitável, a região em torno de uma estrela onde as temperaturas permitiriam a presença de água em estado líquido e, talvez, o surgimento da vida. Um planeta gasoso gigante na zona habitável, mais quente que Júpiter ou Saturno, necessitaria de uma superfície sólida e, portanto, não seria um habitat ideal para a vida, mas suas luas poderiam ser. "Lá podem existir muitas luas habitáveis e queremos conhecê-las", afirma Kipping.

Se algum dos planetas da Kepler tivesse um satélite muito grande, a presença da lua surtiria efeitos sutis, mas detectáveis, sobre os trânsitos do planeta. Por exemplo, a lua poderia passar na frente da estrela, obscurecendo uma pequena fração da luz da estrela pouco antes ou após o trânsito do planeta. Ou ainda, uma lua enorme poderia exercer uma força gravitacional forte o suficiente para perturbar a órbita do planeta, levando os trânsitos planetários a divergirem de uma reincidência, firme e constante, como um relógio.

Sinais promissores exigindo maior estudo para a presença de uma possível exolua são selecionados tanto por meio de análise de locais onde luas grandes e detectáveis podem existir em órbitas estáveis, quanto por inspeção visual antiquada. A inspeção é liderada por Allan Schmitt, cientista-cidadão de Minnesota e veterano da planethunters.org, um projeto on-line em que voluntários navegam através de dados públicos da Kepler para descobrir exoplanetas recém-descobertos. "Ele me passou por e-mails estes sinais candidatos" de luas possíveis, relembra Kipping. "Eu perguntei: 'Você já fez muito trabalho aqui, por que não se junta à equipe?' Ele concordou, e desde então tem sido um colaborador em tempo integral, observando várias centenas de curvas de luz, procurando estes blips."

O problema é que para produzir um blip detectável, uma exolua teria que superar muito quaisquer satélites encontrados em nosso Sistema Solar. "Na melhor das hipóteses, a Kepler poderia encontrar luas com até 20% da massa da Terra", explica Kipping. Isso significa que a Kepler não detectaria luas do tamanho de, digamos, Ganimedes e Titã, os maiores satélites de Júpiter e Saturno; respectivamente, cada um tem apenas cerca de 2% da massa da Terra. Um alvo mais fácil, se existir, seria uma lua de massa equivalente à da Terra, em órbita de um planeta gigante. "Procuramos satélites sem equivalência no Sistema Solar", Kipping reconhece. O Sistema Solar, porém, dificilmente compõe uma amostra abrangente do que a natureza permite; a maioria dos mundos descobertos por pesquisas planetárias nas duas últimas décadas é estranha e não se assemelha a qualquer um dos oito planetas familiares. "Quando olhamos para os exoplanetas encontrados, há todo o motivo para otimismo", acrescenta.

Astrônomos filiados à missão Kepler aplaudem o esforço de caça, embora ninguém saiba se a classe de exoluas que a sonda poderia detectar ainda existe. "Muitas coisas já nos surpreenderam antes", adverte Eric Ford, astrônomo da University of Florida e cientista participante da missão Kepler. "Desconhecemos se [luas do tamanho da Terra] se formam ou não. E é por isso que devemos procurar", acrescenta. "A Kepler é sensível para, se eles existirem e forem comuns, conseguir detectá-los."

Não há razão para supor que o limite de tamanho de satélites no Sistema Solar seja uma lei universal, observa Darin Ragozzine, astrofísico pós-doutorando na CfA que trabalha com a Kepler. "Certamente não está fora de cogitação que existam luas que possam ser detectadas pelo projeto HEK", diz ele. "A Kepler constitui, com certeza, a melhor oportunidade que temos."

Ragozzine observa que a pesquisa da HEK é sistemática o suficiente para que mesmo que Kipping e sua equipe não encontrem quaisquer luas, aprendam algo valioso. Kipping e seus colegas preparam agora resultados preliminares para publicação e esperam ter algo a dizer sobre a frequência de grandes luas até o final do ano. "Não importa se surgirmos com 10 luas ou com nenhuma, minha esperança é que percebamos como as grandes luas são comuns no campo de visão da Kepler e por toda a galáxia", ele concluiu. 

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

ESA REVELA NOVAS PROVAS SOBRE EXISTENCIA DE OCEANO EM MARTE


Segundo agência espacial, oceano cobriu parte da superfície de Marte. Foto: ESA/Divulgação
A Agência Europeia do Espaço (ESA) informou nesta segunda-feira que o satélite Mars Express apresentou provas que um oceano cobriu parte da superfície de Marte, algo que já se suspeitava, mas que continuava sendo objeto de controvérsia.  O estudo partiu de dados gerados durante mais de dois anos pelo radar Marsis, que alcançou o planeta vermelho em 2005. As informações recolhidas permitiram que os especialistas descobrissem que as planícies do hemisfério norte estão cobertas por um material de baixa densidade. 

Jéremie Mouginot, do Instituto de Astronomia Planetária e Astrofísica de Grenoble (IPAG), assegura que esses compostos parecem ser depósitos sedimentários, o que supõe "uma nova e sólida prova de que em outros tempos houve um oceano nessa área"  O fato de que Marte já foi parcialmente coberto por um oceano era uma hipótese já trabalhada pela comunidade científica, mas essa descoberta apresenta melhores indícios para confirmá-la. A certeza sobre a formação dessa massa de água continua sendo vaga, mas acredita-se que pôde ter sido originada há 4 bilhões de anos, quando o planeta apresentava condições meteorológicas mais amenas, ou há 3 bilhões, quando a camada de gelo da superfície se fundiu após um grande impacto. 
O chefe da equipe da IPAG, Wlodek Kofman, explica que a Marsis penetrou entre 60 e 80 metros sob a superfície, onde recolheu provas de material sedimentário e de gelo. Por enquanto, os cientistas descartam que esse provável oceano tenha tido tempo suficiente para permitir o desenvolvimento de vida, e asseguram que para encontrar provas da mesma terão que partir para épocas anteriores da história de Marte. Este novo estudo, no entanto, marca um ponto de inflexão porque até o momento os dados anteriores do Mars Express sobre a existência de água em Marte procediam do estudo de imagens ou de informação mineralógica e atmosférica, mas não de uma visão tão próxima com as referências obtidas pelo radar. Ao mesmo tempo, essas conclusões abrem novas dúvidas sobre o paradeiro de toda essa quantidade de água e, por isso, o satélite continuará atividades. 




terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

POPULAÇÃO DE EXPLANETAS É ABUNDANTE NO UNIVERSO


Uma equipe internacional, incluindo três astrônomos do Observatório Europeu do Sul (ESO), usou a técnica da microlente gravitacional para medir como os planetas são comuns na Via Láctea. Após uma pesquisa de seis anos que pesquisou milhares de estrelas, a equipe conclui que os planetas ao redor de estrelas são a regra e não a exceção. Os resultados aparecerão na revista Nature em 12 de Janeiro de 2012.  Nos últimos 16 anos, os astrónomos detectaram mais de 700 exoplanetas confirmados  e já começaram a sondar os espectros ( eso1002 ) e atmosferas ( eso1047 ) desses mundos. Enquanto estudava as propriedades de planetas extra-solares individuais é inegavelmente valioso, uma questão muito mais básica permanece: como comuns são planetas na Via Láctea?  Exoplanetas mais conhecidos atualmente foram encontrados tanto por detectar o efeito da força gravitacional do planeta sobre sua estrela-mãe ou pela captura do planeta que passa em frente da sua estrela e um pouco escurece-lo. Ambas as técnicas são muito mais sensíveis aos planetas que são ou maciça ou próximos de suas estrelas, ou ambos, e muitos planetas serão perdidos.Uma equipe internacional de astrônomos tem procurado exoplanetas utilizando um método totalmente diferente - microlente gravitacional - que pode detectar planetas em uma ampla faixa de massa e aqueles que estão muito além de suas estrelas.  Arnaud Cassan (Institut dAstrophysique de Paris), principal autor do artigo da Nature, explica: . "Temos procurado evidências de exoplanetas em seis anos de observações de microlente Surpreendentemente, esses dados mostram que os planetas são mais comuns do que estrelas em nossa galáxia ele. também descobriu que os planetas mais leves, como Neptunes super-Terras ou fria, deve ser mais comum do que os mais pesados. "   Os astrônomos usaram observações, fornecido pelo planeta  e OGLE  equipes, em que exoplanetas são detectados pela maneira que o campo gravitacional de suas estrelas hospedeiras, combinado com o de possíveis planetas, atua como uma lente, aumentando a luz de uma estrela de fundo. Se a estrela que age como uma lente tem um planeta em órbita em torno dele, o planeta pode dar uma contribuição detectável para o efeito brilho na estrela de fundo. Jean-Philippe Beaulieu (Institut d'Astrophysique de Paris), líder da colaboração PLANET acrescenta: "A colaboração PLANET foi criado para acompanhar eventos de microlente promissores com uma rede-mundo rodada de telescópios localizados no hemisfério sul, a partir de Austrália e África do Sul para telescópios Chile. ESO contribuiu grandemente para essas pesquisas. " Microlente é uma ferramenta muito poderosa, com potencial para detectar exoplanetas que nunca poderiam ser encontrados de outra forma. Mas um alinhamento oportunidade muito rara de um fundo e estrela lente é necessário para um evento de microlente para ser visto em tudo. E, para detectar um planeta durante um evento, um alinhamento oportunidade adicional de órbita do planeta também é necessário. Embora, por estas razões descoberta de um planeta por microlente está longe de ser uma tarefa fácil, no vale o de seis anos de dados de microlente utilizados na análise, três exoplanetas foram realmente detectado no PLANETA e buscas OGLE: a super-Terra  , e planetas com massas comparáveis ​​à de Netuno e Júpiter. Pelos padrões de microlente, este é um curso impressionante. Na detecção de três planetas, tanto os astrônomos eram incrivelmente sortudo e tinha atingido o jackpot a despeito dos enormes contra eles, ou planetas são tão abundantes na Via Láctea que era quase inevitável .
Os astrônomos então combinados informações sobre os três detecções exoplaneta positiva com sete detecções adicionais de trabalho anterior, bem como o enorme número de não-detecções nos vale a seis anos de dados - não-detecções são tão importantes para a análise estatística e são muito mais numerosos. A conclusão foi que uma em cada seis das estrelas estudadas hospeda um planeta de massa similar a Júpiter, Netuno tem uma meia massa da Terra e dois terços têm super-Terras. A pesquisa foi sensível aos planetas entre 75.000 mil quilômetros e 1,5 bilhão de quilômetros de suas estrelas (no Sistema Solar esta faixa deve incluir todos os planetas de Vênus a Saturno) e com massas que variam de cinco vezes a da Terra até dez vezes Júpiter.    Combinando os resultados sugerem fortemente que o número médio de planetas em torno de uma estrela é maior que um. Eles são a regra e não a excepção. "Nós costumávamos pensar que a Terra pode ser único em nossa galáxia. Mas agora parece que há literalmente bilhões de planetas com massas semelhantes à Terra orbitando estrelas na Via Láctea ", conclui Daniel Kubas, co-autor do papel.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

"SUPER TERRA" PODE TER ÁGUA LÍQUIDA COMO NOSSO PLANETA


Um planeta rochoso com 4,5 vezes a massa da Terra e que orbita uma estrela a "apenas" 22 anos-luz daqui é o mais novo candidato a conter água no estado líquido fora do Sistema Solar. O GL 667Cc, que em termos astronômicos está na nossa "vizinhança", é o quarto a ser identificado na chamada zona habitável de sua estrela.

Essa zona é a faixa onde os astrônomos calculam que o planeta possa receber uma quantidade de energia semelhante à que a Terra recebe do Sol.
Isso permite que a superfície do planeta tenha temperaturas semelhantes às daqui. O novo planeta é, agora, o que tem melhores chances de ter água líquida e condições de abrigar vida.  No entanto, para o astrônomo Fernando Roig, do Observatório Nacional, o que mais chama atenção são as características da estrela que ele orbita, a Gliese 667C.  Parte de um sistema com duas outras estrelas na constelação de Escorpião, ela tem uma atmosfera muito mais pobre em metais do que o Sol.  "Sempre se considerou que a presença desses elementos seria fundamental para a formação de planetas do tipo terrestre", afirma Roig.
NADA A VER
A descoberta indica que a formação de planetas rochosos pode não ter nada a ver com a atmosfera da estrela que eles orbitam. "Esse é o primeiro exemplo de um planeta desse tipo orbitando uma estrela pobre em elementos pesados".   Uma outra característica importante da Gliese 667C é o fato de ela ser uma anã vermelha do tipo M. Isso significa que ela é bem mais fria que o Sol, cuja superfície tem temperatura de 5.500ºC.
Na 667C, a temperatura da superfície está por por volta de 3.500ºC. E como sua massa é de 38% a do Sol, sua luminosidade equivale a apenas 0,3% a da nossa estrela.  Apesar disso, o que garante o potencial de vida no novo planeta é sua proximidade da estrela. Ele está a uma distância equivalente a três quartos do espaço entre Mercúrio e o Sol.
Essa proximidade dá ao planeta um período orbital muito curto, completando uma translação em 28 dias. Além disso, grande parte de sua luz está na faixa infravermelha, que é bem absorvida na forma de calor. Conforme explica a astrônoma Lucimara Pires Martins, professora do núcleo de astrofísica teórica da Universidade Cruzeiro do Sul, é ao redor desse tipo de estrela que há esperança de encontrar planetas "promissores"."Para encontrar água líquida, é preciso ter temperaturas amenas, então a busca vem se concentrando naquelas com temperatura equivalente ou mais frias que o Sol."
O planeta foi detectado por meio das pequenas oscilações que sua gravidade provoca na órbita da estrela, que abriga ainda outro planeta, o GL 667Cb, localizado ainda mais perto. Seu período orbital é de apenas sete dias, o que o deixa muito quente para ter água líquida. A descoberta das condições do novo planeta foi feita por astrônomos independentes a partir da análise de dados do ESO (Observatório Europeu do Sul), no Chile, e será publicada no "Astrophysical Journal Letters".

domingo, 5 de fevereiro de 2012

PLANETA EXPULSO DO SISTEMA SOLAR PODE TER SIDO UM GIGANTE DE GELO

A ilustração artística representa como seria o planeta expulso do Sistema Solar. Foto: SwRI/Divulgação
A ilustração artística representa como seria o planeta expulso do Sistema Solar
Foto: SwRI/Divulgação
O planeta gigante que provavelmente fez parte do Sistema Solar à época de sua formação pode ter sido um gigante de gelo e sua massa deveria ser comparável a de Urano e Netuno. As afirmações são do astrônomo David Nesvorny do Southwest Research Institute de Boulder, EUA, que em uma série de simulações em computador concluiu que um planeta "extra" foi expulso do Sistema Solar milhões de anos atrás. Depois de 6 mil simulações, Nesvorny chegou à conclusão que um Sistema Solar como o nosso deve ter começado seus dias com ao menos 5 planetas gigantes, o que inclui o planeta perdido.   Esses mesmos modelos computacionais indicam que os planetas ainda não possuíam as órbitas atuais, e que muitas vezes se cruzavam pelo espaço - somente há poucos bilhões de anos começaram a seguir a trajetória que hoje conhecemos. Segundo o site especializado Space, quando nosso sistema ainda tinha apenas 600 milhões de anos, 4 bilhões de anos atrás, ele passou por período de instabilidade e foi nesse momento, provavelmente, que o "planeta de gelo perdido" foi cuspido para além das nossas fronteiras.
Nos últimos anos, um grande número de planetas perdidos foi descoberto vagando pelos campos interestelares, ou seja, a expulsão de planetas de outros sistemas solares pode ser mais comum do que se esperava. "Esse trabalho levanta questões intrigantes sobre os primeiros momentos do nosso Sistema Solar", disse Nesvorny para o site.
Por exemplo, tradicionalmente, a maioria dos pesquisadores esteve focada nos planetas gigantes, seus satélites, no Cinturão de Kuiper, e suas interações ¿ isso é o que existe atualmente na parte mais distante no sistema. Mas e os outros planetas que novos modelos astronômicos sugerem? Para onde eles foram?" - questiona-se Nesvorny.

sábado, 4 de fevereiro de 2012

PLANETA RECÉM DESCOBERTO É MELHOR CANDIDATO A ABRIGAR VIDA FORA DA TERRA



    Ilustração do planeta GJ667Cc. Créditos: Carnegie Institution for Science/Divulgação

Distância de GJ 667Cc a estrela permite existência de água líquida. Sistema solar fica a 22 anos-luz da Terra. Uma equipe internacional de cientistas descobriu um planeta a 22 anos-luz da Terra com mais possibilidades de ter água e vida que qualquer outro já descoberto. O estudo foi publicado nesta quinta-feira (2) pela revista "Astrophysical Journal Letters". O planeta GJ 667Cc tem, no mínimo, 4,5 vezes a massa da Terra. Com uma órbita que dura o equivalente a 28 dias terrestres, ele gira ao redor de seu sol em uma zona onde a temperatura não é nem quente nem fria demais para que exista água em estado líquido em sua superfície. "Este planeta reúne as melhores condições para manter água em estado líquido e é, portanto, o melhor candidato a abrigar vida tal qual nós a conhecemos", explicou Guillem Anglada-Escudé, chefe da equipe que trabalhou na pesquisa pelo Carnegie Institution for Science, em Washington, nos Estados Unidos. 
A órbita na qual está reúne as condições nas quais poderia existir água, sem necessidade de cumprir outros requisitos como acontece com alguns planetas descobertos que, por exemplo, precisariam de uma atmosfera com muitos gases estufa. 
Os pesquisadores encontraram evidência de pelo menos um e possivelmente outros dois planetas orbitando a estrela GJ 667C. O estudo indica que a estrela pertence a um sistema triplo e tem uma composição diferente do Sol, com concentração muito inferior de elementos mais pesados que o hélio como o ferro, o carbono e o silício. Segundo os pesquisadores, isto indica que a existência de planetas habitáveis pode dar-se em uma maior variedade de ambientes do que se acreditava anteriormente.   A equipe descobriu que o sistema também poderia conter um planeta gigante de gás e outro astro maior que a Terra com um período orbital de 75 dias. No entanto, são necessárias novas observações para confirmá-lo. 


sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

TELESCÓPIO HUBBLE FAZ IMAGEM DE GALÁXIA MAIS BRILHANTE JÁ DESCOBERTA


Galáxia mais brilhante já detectada foi flagrada pelo telescópio Hubble. Foto: Hubble / Divulgação

O Telescópio Espacial Hubble obteve imagens sem precedentes da galáxia mais brilhante descoberta até agora, graças a um fenômeno conhecido como lente gravitacional. Uma lente gravitacional ocorre quando a gravidade de um objeto gigantesco, como o Sol, um buraco negro ou um conjunto de galáxias, causa uma distorção no espaço-tempo.  A luz procedente de objetos mais distantes e brilhantes se reflete e aumenta quando passa por essa região distorcida pela gravidade. 
A Nasa (agência espacial norte-americana) informou que "esta observação proporciona uma oportunidade única para o estudo das propriedades físicas de uma galáxia que formava, de maneira vigorosa, estrelas quando o universo tinha apenas um terço de sua idade atual".
Jane Rigby e sua equipe de astrônomos no Centro Goddard de Voo Espacial da Nasa em Greenbelt, Maryland, apontaram o telescópio Hubble em direção a um dos exemplos mais notáveis de lente gravitacional, um arco de luz de quase 90 graus no conjunto galáctico RCS2 032727-132623. 
A vista que o Hubble obteve da galáxia distante é muito mais detalhada que a imagem que seria obtida sem a presença da lente gravitacional. A presença deste "amplificador" mostra como as galáxias evoluíram em dez mil milhões de anos, segundo a Nasa.  Enquanto as galáxias mais próximas à Terra estão plenamente maduras e se aproximam do fim de sua história como criadouro de estrelas, as galáxias mais distantes proporcionam testemunho dos tempos de formação do universo. 
Estão tão distantes que a luz daqueles eventos cósmicos só alcança a Terra agora. As galáxias mais distantes não só brilham mais tênues no espaço, como também aparecem muito menores.   Em 2006 uma equipe de astrônomos que usou o Very Large Telescope (VLT, literalmente Telescópio Muito Grande, o instrumento óptico mais avançado do mundo) no Chile, mediu a distância do arco e calculou que esta galáxia aparece três vezes mais brilhante que as outras galáxias, vistas também através de lentes, descobertas antes.    Em 2011 os astrônomos usaram o Hubble para captar imagens e analisar a galáxia com o telescópio orbital. 
Como é típico nas lentes gravitacionais a imagem distorcida da galáxia se repete várias vezes no conjunto de lente que aparece à frente. A tarefa dos astrônomos é reconstruir como se veria realmente a galáxia sem o efeito de distorção.     A aguda visão do Hubble permitiu que os astrônomos eliminassem as distorções e reconstruíssem a imagem como seria vista normalmente. A reconstrução mostra as regiões brilhantes onde se formam as estrelas, muito mais iluminadas que qualquer região de estrelas jovens na Via Láctea. 
Fonte: G1

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

O DESTINO TRÁGICO DE UM PLANETA?

O Destino Harsh de um Planeta?

 Usando o UVES muito eficiente espectrógrafo de alta resolução no VLT do ESO 8.2-m KUEYEN telescópio, eles têm convincentemente detectou a presença do isótopo raro de lítio-6 (6 Li [2];) neste metal-ricos, anão do tipo solar estrela que também é conhecido por possuir um sistema planetário.
Ao contrário do isótopo lítio-7 (7 Li) deste elemento luz, qualquer Lithium-6 primordial não iria sobreviver os primeiros estágios evolutivos de um metal rico em estrelas do tipo solar. O lítio-6 agora visto em HD 82943, portanto, deve ter sido acrescentado mais tarde, mas de onde? Os astrônomos acreditam que esta observação sugere fortemente que a estrela tem em algum momento envolveu um dos seus planetas, cuja Lithium-6 foi, então, depositado na atmosfera da estrela.
Crédito:ESO

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012


Usando o telescópio APEX, uma equipe de astrônomos descobriu o elo mais forte até  agora entre as mais 
poderosas rajadas de formação de estrelas no Universo primordial e as galáxias mais maciças encontrados hoje.
 As galáxias, a floração com starbursts dramática no início do Universo, viu o nascimento de novas estrelas
abruptamente interrompida, deixando-os mais massiva -, mas passiva - galáxias de estrelas de envelhecimento 
nos dias de hoje. Os astrônomos também têm um provável culpado para o fim súbito para o starbursts: o surgimento
 de buracos negros supermassivos.

Astrônomos combinaram observações da câmera LABOCA nos 12 metros Atacama ESO-operado Pathfinder Experiment (APEX) telescópio  com as medições feitas com o Very Large Telescope do ESO, Telescópio Espacial Spitzer da NASA, e outros, a olhar para a maneira que brilhante , galáxias distantes são reunidos em grupos ou clusters.
Quanto mais de perto as galáxias estão em cluster, o maciço mais são os seus halos de matéria escura - o material invisível que compõe a grande maioria da massa de uma galáxia. Os novos resultados são as medidas de clustering mais precisa já feita para este tipo de galáxia.  As galáxias estão tão distantes que sua luz levou cerca de dez bilhões de anos para chegar até nós, então nós vemos como eles eram cerca de dez bilhões de anos atrás  . Nestes snapshots de início do Universo, as galáxias estão a sofrer o tipo mais intenso de atividade estrela formação conhecida, chamada de starburst.
Ao medir as massas dos halos de matéria escura ao redor das galáxias e usando simulações de computador para estudar como esses halos crescer ao longo do tempo, os astrónomos descobriram que estas galáxias starburst distante do cosmos cedo acabará por se tornar galáxias elípticas gigantes - as galáxias mais maciças no atual universo." Esta é a primeira vez que fomos capazes de mostrar essa ligação clara entre as galáxias mais enérgica starbursting no início do Universo, e as galáxias mais massivas nos dias de hoje, "explica Ryan Hickox (Dartmouth College, EUA e Durham University , UK), o principal cientista da equipe.
Além disso, as novas observações indicam que o starbursts brilhante nestas galáxias distantes durar uns meros 100 milhões de anos - um tempo muito curto em termos cosmológicos - ainda neste breve tempo que eles são capazes de dobrar a quantidade de estrelas nas galáxias. O fim repentino para esse crescimento rápido é mais um episódio na história de galáxias que os astrônomos ainda não entendemos completamente." Sabemos que grande galáxias elípticas parou de produzir estrelas e de repente um longo tempo atrás, e agora são passivos. E os cientistas estão se perguntando o que poderia ser poderoso o suficiente para desligar starburst uma galáxia inteira é ", diz Julie Wardlow (Universidade da Califórnia em Irvine, EUA e da Universidade Durham, Reino Unido), um membro da equipe.
Os resultados da equipe fornecer uma possível explicação: nessa fase na história do cosmos, as galáxias starburst estão agrupados de uma forma muito semelhante a quasars, indicando que eles são encontrados no mesmo halos de matéria escura. Quasares estão entre os objetos mais energéticos do Universo - beacons galáctica que emitem radiação intensa, alimentada por um buraco negro supermassivo em seu centro.
Há indícios crescentes de sugerir a starburst intenso também os poderes do quasar, alimentando enormes quantidades de material para o buraco negro. O quasar, por sua vez emite poderosas rajadas de energia que são acreditados para soprar gás remanescente da galáxia - a matéria-prima para novas estrelas - e isso efetivamente encerra a fase de formação de estrelas." Em suma, dia das galáxias glória de formação estelar intensa desgraça deles também pela alimentação do buraco negro gigante no seu centro, que, em seguida, rapidamente afugenta ou destrói as nuvens de formação estelar, "explica David Alexander (Durham University, UK), um membro da equipe.