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domingo, 19 de fevereiro de 2012

SIENTISTAS SUÍÇOS CRIAM SATÉLITE-FAXINEIRO PARA RECOLHER LIXO ESPACIAL


O CleanSpace One será o primeiro destinado a reduzir a poluição espacial.
 Ilustração: EPFL/Swiss Space Center



Os cientistas da Escola Politécnica Federal de Lausanne, na Suíça, pretendem lançar o aparelho, chamado de CleanSpace One, em até cinco anos. 
Com um valor estimado em 10 milhões de francos suíços (cerca de R$ 18 milhões), o CleanSpace One será o primeiro destinado a reduzir a poluição espacial. 
Os especialistas suíços afirmam que existem cerca de 16 mil objetos com diâmetro superior a 10cm na órbita da Terra - o suficiente para provocar um acidente com satélites de serviço ou aeronaves tripuladas. 
A agência espacial americana (Nasa) monitora os pedaços maiores de sucata que orbitam a Terra. Além deles, centenas de milhares de peças menores levam risco a satélites e missões espaciais. 
A missão inicial seria destinada a coletar um dos dois primeiros satélites enviados pela Suíça ao espaço, ambos fora de uso - o Swisscube, colocado em órbita em 2009, e o Tlsat, que entrou em atividade no ano seguinte. 
Para recolher os satélites aposentados, o "faxineiro" será lançado ao espaço e terá de corrigir seu rumo em direção ao alvo. 
A captura ocorrerá quando os objetos estiverem navegando a uma velocidade de cerca de 28.000 km/h, a uma altitude entre 630km e 750 km. 
Munido de braços que se assemelham a tentáculos, o CleanSpace One vai abraçar o outro satélite e trazê-lo de volta à atmosfera terrestre, onde ambos entrarão em combustão. 
No futuro, os cientistas pretendem trazer mais lixo espacial para a Terra. 
A quantidade de lixo espacial em órbita obriga a Estação Espacial Internacional (ISS, sigla em inglês) a ajustar sua rota frequentemente para evitar colisões. 
No entanto, o risco vem aumentando, segundo os cientistas suíços, o que justifica o enorme valor dos seguros do setor espacial - atualmente estimados em US$ 20 bilhões. 
Em fevereiro de 2009, o satélite americano Iridium-33 explodiu após colidir com o satélite abandonado russo Cosmos 2251, adicionando mais dejetos à órbita terrestre. 
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