MARAVILHA DO UNIVERSO

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Contemple a Maravilha do Universo

sábado, 27 de dezembro de 2014

ENCONTRADA DUAS FAMÍLIAS DE COMETAS EM TORNO DE ESTRELA PRÓXIMA

Artist’s impression of exocomets around Beta Pictoris
 O instrumento HARPS, em operação no Observatório de La Silla do ESO no Chile, foi utilizado no censo mais completo feito até hoje de cometas em torno de outra estrela. 
Uma equipe de astrônomos franceses estudaram quase 500 cometas individuais que orbitam a estrela Beta Pictoris e descobriram que estes objetos pertencem a duas famílias distintas de exocometas: exocometas velhos que fizeram já várias passagens próximo da estrela e exocometas mais jovens que se formaram provavelmente da recente destruição de um ou mais objetos maiores. Os novos resultados serão publicados na revista Nature a 23 de outubro de 2014.
Beta Pictoris é uma estrela jovem situada a cerca de 63 anos-luz de distância do Sol. Tem apenas 20 milhões de anos de idade e encontra-se rodeada por um disco de material enorme - um sistema planetário jovem muito ativo onde o gás e a poeira são produzidos tanto pela evaporação de cometas como pela colisão de asteroides.
Flavien Kiefer (IAP/CNRS/UPMC), autor principal do novo estudo explica: ”Beta Pictoris é um alvo muito interessante! Observações detalhadas dos seus exocometas fornecem pistas que nos ajudam a compreender que processos ocorrem neste tipo de sistemas planetários jovens”.
Durante quase 30 anos os astrônomos observaram variações sutis na radiação emitida por Beta Pictoris, que se pensava serem causadas pela passagem de cometas em frente da própria estrela. Os cometas são corpos pequenos - com alguns quilômetros de tamanho - ricos em gelos que se evaporam quando o corpo se aproxima da estrela, produzindo enormes caudas de gás e poeira, que podem absorver alguma da radiação que passa através delas. A fraca luz emitida pelos exocometas é ofuscada pela radiação da estrela brilhante e por isso não se conseguem obter imagens diretas destes objetos a partir da Terra.
Para estudar os exocometas de Beta Pictoris, a equipe analisou mais de 1000 observações obtidas entre 2003 e 2011 com o instrumento HARPS, montado no telescópio de 3,6 metros do ESO, no Observatório de La Silla, no Chile.
Os investigadores selecionaram uma amostra de 493 exocometas diferentes. Alguns exocometas foram observados por diversas vezes e durante algumas horas. Uma análise detalhada permitiu obter medições da velocidade e tamanho das nuvens de gás. Foram também deduzidas algumas das propriedades orbitais de cada um dos cometas, como a forma e orientação da órbita e a distância à estrela.
Este tipo de análise efetuada em várias centenas de exocometas pertencentes a um único sistema exoplanetário é única. O trabalho revelou a presença de dois tipos distintos de famílias de exocometas: uma família de exocometas cujas órbitas são controladas por um planeta de grande massa  e outra família, provavelmente originada pela destruição recente de um ou mais objetos maiores. Diferentes famílias de cometas existem igualmente no Sistema Solar.
Os exocometas da primeira família apresentam uma variedade de órbitas e mostram atividade relativamente fraca com baixas taxas de produção de gás e poeira, o que sugere que estes cometas gastaram já o seu conteúdo em gelo durante múltiplas passagens perto de Beta Pictoris .
Os exocometas da segunda família encontram-se muito mais ativos e deslocam-se em órbitas quase idênticas , o que sugere que os membros desta família têm todos a mesma origem: provavelmente a destruição de um objeto maior cujos fragmentos se encontram numa órbita rasante da estrela Beta Pictoris.
Flavien Kiefer conclui: “Esta é a primeira vez que um estudo estatístico determina a física e órbitas de um grande número de exocometas. Este trabalho dá-nos um olhar fantástico sobre os mecanismos que estavam presentes no Sistema Solar logo após a sua formação, há cerca de 4,5 bilhões de anos atrás”.

segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

ESTRELAS JOVENS E VELHAS NA GALÁXIA ?


Imagem obtida pelo telescópio infravermelho Spitzer, da Nasa (agência espacial americana), mostra estrelas jovens e antigas em ação na galáxia NGC 1291, localizada na constelação de Erídano. O anel externo, de cor vermelha, aparece repleto de novas estrelas que estão acendendo e aquecendo o pó. As estrelas na área central são mais velhas e tem cor azul, elas ficam localizadas nessa área, pois já utilizaram todo o gás disponível para criar novas estrelas. A galáxia é considerada ?barrada?, pois uma barreira de estrelas (que parece um S, na parte azul da imagem) domina seu centro JPL-Caltech/Nasa/AFP

quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

GIGANTESCAS NUVENS VENENOSAS DE CIANETO SÃO REVELADAS EM TITÃ


O cianeto pode ser considerado venenoso à vários seres-vivos, em especial aos humanos, uma vez que bloqueia a recepção de oxigênio do sangue, o que pode causar morte por sufocamento.
As nuvens de cianeto de hidrogênio congelado encontradas em Titã poderiam produzir chuvas ácidas azuis, conhecidas como "blauwzuur", que é altamente tóxica para algumas formas de vida.
Gigantescas nuvens tóxicas de cianeto são reveladas em Titã
Finalmente os cientistas conseguiram desvendar a curiosa composição das nuvens da maior lua de Saturno
Uma descoberta surpreendente foi revelada através de estudos e dados obtidos pela missão Cassini, que revelou recentemente que o ar nos polos de Titã pode ser muito mais frio do que se pensava. e que além disso, uma gigantesca nuvem em Titã (aproximadamente do tamanho do Egito) é composta por cianeto tóxico.
A grande nuvem em Titã havia sido observada pela primeira vez em 2012, pela sonda Cassini, e agora surpreendentemente foi descoberto que ela está localizada em uma altíssima altitude de aproximadamente 300 quilômetros. Cianeto de hidrogênio se condensa em Titã a uma altitude de 80 quilômetros, portanto, a estranha nuvem é composta por cianeto de hidrogênio congelado.O cianeto (ou cianureto) de hidrogênio é um composto extremamente volátil. Misturado com a água, produz se o tal ácido cianídrico. O cianeto tem um forte cheiro de amêndoas amargas, e é encontrado em algumas plantas, como a mandioca, como também em alguns caroços de algumas frutas, como a maçãs, pêssegos e cerejas, mas claro, em baixíssimas quantidades.


Imagem feita pela sonda Cassini em junho de 2012 mostra a grande nuvem de Titã. A nuvem é composta por cianeto tóxico, revelaram novos estudos. Créditos: NASA / JPL-Caltech
Titã é a única lua do Sistema Solar com estações, nuvens e atmosfera parecidas com as da Terra. Porém, cada uma de suas estações dura cerca de 7 anos ao invés dos 3 meses da Terra. Cientistas e pesquisadores acreditam que existe a possibilidade de haver vida em Titã, afinal essa enigmática lua de Saturno possui características muito parecidas com aquelas que encontraríamos na Terra primitiva. Se não existe vida em Titã, ao menos há uma grande chance de que ela venha a se desenvolver no futuro.
Fonte: NASA
Imagens: NASA / JPL-Caltech

sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

LUA EUROPA POSSUI COMPOSTOS RESPONSÁVEIS PELO DESENVOLVIMENTO DA VIDA MULTICELULAR COMO A QUE EXISTE NA TERRA

Jupiter's moon Europa (seen in an artist's rendering) and Saturn's moon Titan have both been targets in the search for alien life. Now NASA has chosen Europa as the destination of an unmanned probe. (NASA images)
De acordo com a pesquisa da Universidade do Arizona, Europa pode não apenas manter, como também criar a 'vida'
O oceano mais profundo encontra-se no Oceano Pacífico, que alcança uma profundidade de impressionantes 11 quilômetros, mas parece até raso se comparado com Europa, lua de Júpiter, cujas estimativas apontam para uma profundidade de cerca de 100 quilômetros. Embora Europa seja coberta por uma grossa crosta de gelo cheia de cicatrizes , as medições feitas pela sonda Galileo da NASA e outras sondas sugerem um oceano líquido que se encontra abaixo da superfície. O interior é aquecido, já que a força gravitacional de Jùpiter exerce grandes tensões nas marés de Europa, assim como tem também influência radioativa.
A maioria dos cientistas acreditam que as marés no oceano de Europa estão presas sob dezenas de quilômetros de gelo. O calor é então conduzido a partir do núcleo quente pelo movimento convectivo - enormes pedaços de materiais congelados, literalmente, levando o calor para longe com eles enquanto eles se movem através da camada de gelo, fazendo com que o recongelamento seja amenizado ao despejar calor para o espaço.
 Mas a Europa de Júpiter pode não apenas manter, como também criar 'vida', de acordo com a pesquisa liderada pelo professor de ciências planetárias e membro da equipe de imagens da Galileo da NASA, Richard Greenberg, da Universidade de Arizona.
Um estudo recente de Junho passado, liderada por pesquisadores da NASA mostra que o peróxido de hidrogênio é abundante em grande parte da superfície da lua Europa. O estudo conclui que, se o peróxido presente na superfície de Europa se mistura no oceano abaixo, pode ser uma importante fonte de energia para formas simples de vida.
"A vida como a conhecemos necessita de água líquida, elementos como carbono, nitrogênio , fósforo e enxofre, e precisa de algum tipo de produto químico ou a energia da luz", disse Kevin Hand , o principal autor do trabalho, pela Jet Propulsion Laboratory da NASA em Pasadena , Califórnia. "Europa tem a água líquida e os elementos, e acreditamos que compostos como o peróxido pode ser uma parte importante na demanda de energia. A disponibilidade de oxidantes como peróxido na Terra foi uma parte crítica da ascensão da complexa vida multicelular."
O estudo foi baseado também em analises de dados na faixa do infravermelho próximo da luz, usando o telescópio Keck II , em Mauna Kea, no Havaí, ao longo de quatro noites em Setembro de 2011. A concentração mais elevada de peróxido foi encontrado no lado da Europa que conduz sempre na sua órbita em torno de Júpiter, com uma abundância de peróxido de 0,12% em relação à água . A concentração de peróxido no gelo de Europa, cai para quase zero no hemisfério da Europa que se localiza na direção oposto com relação ao gigante Júpiter.
 O peróxido é criado pela intensa radiação na superfície de gelo de Europa que enfrenta o forte campo magnético de Júpiter.
Os cientistas acreditam que o peróxido de hidrogênio é um fator importante para a habitabilidade do oceano de água líquida global sob a crosta de gelo de Europa, porque o peróxido de hidrogênio se decompõe em oxigênio quando misturado em água líquida . "Em Europa, compostos abundantes como o peróxido poderia ajudar a satisfazer a exigência de energia química necessária para a vida no oceano", informa Kevin Hand.
 O estudo foi financiado em parte pelo Instituto de Astrobiologia da NASA através da equipe de Icy Worlds com base no JPL, uma divisão da Caltech . O Instituto de Astrobiologia da NASA , com sede no Centro de Pesquisa Ames da NASA, em Moffett Field , na Califórnia, é uma parceria entre a NASA, 15 equipes dos Estados Unidos e 13 consórcios internacionais. O Instituto faz parte do programa de Astrobiologia da NASA, que apoia a investigação sobre a origem, evolução, distribuição e futuro da vida na Terra e o potencial para a vida em outros planetas.

domingo, 7 de dezembro de 2014

NOVA DESCOBERTA SURPREENDENTE NA NEBULOSA DE ORION


As formações estelares nas nuvens de gás e poeira acontecem diferente do que prevíamos
Muitas vezes, as estrelas nascem em grupos, em nuvens gigantes de gás e poeira. O estudo das Nebulosas de Orion e da Chama foram realizados utilizando o Observatório Chandra de raios-x, da NASA, e telescópios de infravermelho. Eles mostraram que o nascimento das estrelas não é tão simples como se acreditava.

Astrônomos realizaram um novo estudo sobre a Nebulosa de Orion e a Nebulosa da Chama, usando dados do Telescópio Chandra da NASA. Eles observaram que as estrelas mais externas da Nebulosa da Chama são mais velhas do que as que estão mais próximas de seu centro, o que difere de previsões mais simples de como as estrelas como o nosso Sol se formam nessas nebulosas. De acordo com os novos relatos, as estrelas do centro da Nebulosa da Chama têm cerca de 200.000 anos, enquanto que as estrelas mais externas da nebulosa têm cerca de 1,5 milhões de anos. Na Nebulosa de Orion, as estrelas mais centrais têm cerca de 1.2 milhões de anos, e as mais externas, cerca de 2 milhões de anos.

Esse estudo foi focado em regiões de grande formação estelar. A idéia mais simples dizia que as estrelas nasciam primeiramente no centro de uma nuvem de gás e poeira em colapso, quando a densidade era grande o suficiente. Mas as observações indicaram que as estrelas mais antigas não estão nas regiões centrais como se acreditava.
Existem três teorias para a nova descoberta. A primeira é que a formação de estrelas continua a ocorrer nas regiões internas. Isso pode ter acontecido porque o gás nas regiões externas de uma nuvem é mais fino e mais difuso do que nas regiões interiores. Ao longo do tempo, se a densidade for inferior a um valor limiar, onde já não pode haver um colapso para formação de estrelas, então essa formação irá cessar nas regiões mais externas, visto que as estrelas continuarão a se formar nas regiões interiores da nebulosa, onde há uma grande concentração de estrelas jovens.
Essas três imagens são da Nebulosa da Chama capturadas em diferentes comprimentos de onda.
À esquerda, em raios-x, no centro, em infravermelho, e à direita, uma imagem composta em raios-x e infravermelho.


Créditos: Chandra X-Ray Observatory.
Outra sugestão é que as estrelas mais velhas se afastaram da região central dessas nebulosas, ou então, foram expulsas por interações gravitacionais com outras estrelas. Outra probabilidade é que as estrelas jovens são formadas em filamentos maciços de gás, que caem em direção ao centro do aglomerado.
Muitas estrelas das nebulosas não podem ser vistas com telescópios comuns, que captam somente a luz visível, isso porque muitas delas são obscurecidas por poeira e gás da formação estelar. Já os telescópios que observam a emissão de raios-x conseguem ultrapassar essas barreiras, e obter uma imagem mais detalhada da população local de estrelas.
A pesquisa utilizou dados do telescópio de raios-x Chandra para determinar as massas das estrelas. Em seguida, dados do telescópio Spitzer mostraram o quão brilhante eram essas estrelas, com auxilio do telescópio 2MASS e do Telescópio Infravermelho do Reino Unido. Combinando essas informações com modelos teóricos, as idades das estrelas puderam ser estimadas.
Fonte: Dailygalaxy
Imagens: Chandra / NASA

terça-feira, 2 de dezembro de 2014

ENCONTRADO O MAIS ANTIGO EXOPLANETA CAPAZ DE SUPORTAR A VIDA



O candidato a exoplaneta chamado Kapteyn b pode ter muitos mistérios a serem revelados
Os astrônomos descobriram o que parece ser o planeta extrasolar mais antigo que poderia suportar vida, e este planeta encontra-se relativamente muito próximo do nosso.
O recém candidato a exoplaneta, conhecido como Kapteyn b , que fica a apenas 13 anos-luz de distância de nós, possui cerca de 11,5 bilhões de anos, segundo os cientistas. Isso o torna 2,5 vezes mais velho do que a Terra, e apenas 2 bilhões de anos mais jovem do que o próprio Universo.
Os cientistas ficaram entusiasmados, afinal, se o planeta Terra que possui cerca de 4,5 bilhões de anos pôde suportar tantas formas de vida diferentes, um planeta 2,5 vezes mais velho poderia ser uma verdadeira exposição de outras incalculáveis formas de vida. Apesar de depender de vários fatores para que a vida como a conhecemos exista em um determinado planeta, Kapteyn b já é uma grande possibilidade.
Kapteyn b tem um irmão, o Kapteyn c, e ambos orbitam uma anã vermelha próxima conhecida como Estrela de Kapteyn. Mas somente o Kapteyn b, uma "super-Terra " com cerca de cinco vezes a massa do nosso planeta que seria potencialmente ser habitável. O planeta maior Kapteyn c talvez seja muito frio para abrigar vida, disseram os pesquisadores.
Os astrônomos avistaram os dois planetas alienígenas enquanto observavam as pequenas oscilações gravitacionais no movimento da estrela de Kapteyn. Além disso, foram observadas mudanças na luz da estrela , que foi detectado pela primeira vez usando o espectrômetro HARPS no Observatório Europeu do Sul, no Chile. Outras observações foram feitas através de outros dois espectrômetros, o HIRES do Observatório Keck, no Havaí e o instrumento PFS do Telescópio Magellan II, no Chile.

Representação artística do exoplaneta Kapteyn b, com o aglomerado globular Omega Centauri ao fundo.  Créditos: PHL / UPR Arecibo / Aladin Sky Atlas 
A equipe não esperava encontrar um mundo possivelmente habitável ​​em torno de estrelas de Kapteyn, que possui um terço da massa do Sol. Mesmo sendo uma estrela relativamente pequena, ela está tão próxima da Terra que é facilmente visível em telescópios amadores, e está localizada no sul da constelação de Pictor (Pintor).
Kapteyn b está na zona habitável da estrela, onde é possível suportar água líquida, e assim, talvez, suportar também a vida como a conhecemos. O exoplaneta completa uma órbita a cada 48 dias. Já Kapteyn c, o exoplaneta mais frio e mais longe, orbita sua estrela a cada 121 dias.
Os cientistas acreditam que a estrela Kapteyn pertencia originalmente a uma galáxia anã próxima, e que a nossa Galáxia, a Via Láctea, acabou absorvendo a estrela Kapteyn e seu sistema. Pesquisadores dizem ainda que a estrela Kapteyn e seus planeta possuem possuem uma órbita rápida, elíptica e próxima do "halo" da Via Láctea (região dos arredores mais afastados da galáxia).
Segundo os cientistas, é provável que o remanescente dessa galáxia anã seja o aglomerado globular Omega Centauri, que se encontra a cerca de 16.000 anos-luz e contém milhares de estrelas que possuem cerca de 11,5 bilhões de anos.
"A presença e a sobrevivência a longo prazo de um sistema planetário parece um feito fantástico, dada a origem peculiar e a história cinematográfica da estrela de Kapteyn ", escrevem os pesquisadores no novo estudo, que será publicado no Monthly Notices da Royal Astronomical Society. " A detecção de planetas "super-Terras" em torno de estrelas do halo fornece informações importantes sobre os processos de formação planetária no início da Via Láctea ".
Os cientistas e pesquisadores acreditam que muitos exoplanetas (planetas fora do nosso Sistema Solar) com potencial de abrigar vida serão encontrados nos próximos anos. Essas grandes descobertas que vêem ocorrendo recentemente podem ser apenas a ponta do iceberg do que ainda será encontrado.

quinta-feira, 27 de novembro de 2014

MISTÉRIO: NOVO CANAL É DESCOBERTO EM MARTE

 NASA divulga imagens que mostram um canal recém formado na superfície marciana
A sonda da NASA detectou um novo grande barranco em Marte, uma característica que parece ter se formado nos últimos três anos.

Apesar de se parecer muito com os canais formados por rios aqui na Terra, essa característica de Marte provavelmente não foi esculpida pela água que flui, disseram os funcionários da NASA.
"Imagens do antes e depois" feitas pela HiRISE de atividades semelhantes em outros locais demonstram que esse tipo de atividade ocorre geralmente no inverno, em temperaturas tão frias que o dióxido de carbono, em vez da água, desempenha o papel-chave dessa questão", informaram oficiais da NASA.
Água salgada pode estar fluindo na superfície de Marte
Amostra da sonda Curiosity encontra água e outros componentes em Marte


Imagens da câmera HiRISE da sonda MRO da NASA mostram a formação de canais na superfície do hemisfério sul do Planeta Vermelho. As fotos foram divulgadas pela NASA no último dia 19 de março.Créditos: NASA / MRO / JPL-Caltech 
No entanto, a sonda MRO tem observado outras características marcianas que parecem estar associadas com água líquida, que são as estrias escuras encontradas nas encostas.
Essas "estrias" marcianas ocorrem em períodos quentes do Planeta Vermelho, e alguns pesquisadores acreditam que são causadas pela água salgada que contém um anticongelante à base de ferro. A evidência concreta de água corrente em solo marciano, no entanto, ainda permanece indefinida.
Se a água realmente flui sobre a superfície de Marte, o planeta seria uma aposta mais provável para abrigar vida como a conhecemos. Aqui na Terra, a vida é abundante onde há água líquida.
Acredita-se que Marte já foi muito acolhedor para a vida no passado. A sonda Curiosity da NASA, por exemplo, descobriu um sistema de lagos e córregos antigos perto de seu local de pouso no Planeta Vermelho. Este local poderia ter suportado vida microbiana bilhões de anos atrás.
A poderosa câmera HiRISE da Mars Reconnaissance Orbiter da NASA (MRO) fotografou o canal, que foi encontrado na encosta de uma parede da crateras, no hemisfério sul do Planeta Vermelho. O registro foi feito no dia 25 de maio de 2013, e a NASA divulgou as imagens na última quarta-feira (19 de março).
Fonte: NASA / Space

sábado, 22 de novembro de 2014

CoRoT-Exo-3b: CONHEÇA A CARACTERÍSTICA DESTE EXOPLANETA

Corot-Exo-3b
CoRoT-Exo-3b:
Este objecto descoberto pelo COROT é verdadeiramente desconcertante. Com cerca de 20 vezes a massa de Júpiter, tem apenas 80% do seu raio. A sua densidade é duas vezes superior à da platina! A gravidade que se sente na sua superficie é 50 vezes superior à gravidade terrestre. Demora 4,2 dias para orbitar a sua estrela.
Além de 21,6 vezes a massa e um pouco menor que Júpiter, e de ser bastante denso (com 2 vezes mais densidade que o chumbo, se fôr exoplaneta, será o mais denso encontrado até hoje!), o seu ano é de cerca de 4 dias e 6 horas à volta de uma pequena estrela pouco maior que o nosso Sol (como comparação, Mercúrio é o planeta mais perto do Sol no nosso Sistema Solar e tem um ano de cerca 88 dias – ou seja, o COROT-exo-3b está muito mais perto da sua estrela-mãe!).
É um mistério como um objecto tão massivo se pode formar tão perto da estrela-mãe!
Por outro lado, parece ser o primeiro exemplo de uma anã castanha em trânsito!
Será um Planeta ou Anã Castanha? Não se sabe muito bem… Este objecto é verdadeiramente “do outro mundo”. Parece estar a “meio caminho” entre planeta e anã castanha, o que está a levar a alguns problemas em termos de classificação. Nunca se tinha descoberto um objecto desta natureza!
De qualquer modo, os resultados desta descoberta vão aparecer no “journal” Astronomy and Astrophysics, sob o título Transiting exoplanets from the COROT space mission, VI. COROT-exo-3b: The first secure inhabitant of the Brown-dwarf desert, o que nos leva a pensar que os autores tendem a classificar o objecto como uma Anã Castanha.

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

AMOSTRA DA SONDA CURIOSITY ENCONTRA ÁGUA E OUTROS COMPONENTES EM MARTE

Amostra da sonda Curiosity encontra água e outros componentes em Marte
E não pára por aí. Cerca de 2% do solo marciano é feito de água!

 NASA anunciou em artigo na revista Science que a primeira amostra de solo da sonda Curiosity em Marte encontrou quantidade significativa de água.
"Um dos mais emocionantes resultados da primeira amostra obtida pela sonda Curiosity é a alta porcentagem de água no solo", diz Laurie Leshin, do Instituto Rensselaer (EUA) e líder do estudo apresentado hoje. "Cerca de 2% do solo na superfície de Marte é feito de água, o que é um grande recurso, e cientificamente interessante", comenta a cientista. Análises do laboratório da sonda também identificaram dióxido de carbono, oxigênio, compostos sulfúricos, entre outros.
Um dos instrumentos do robô, chamado de SAM (Análise de Amostra de Marte em inglês) possui também
um cromatógrafo, um espectrômetro de massa e um espectrômetro a laser, o que permite (ao contrário das sondas anteriores) a identificação de diversos compostos químicos e a determinar a proporção de isótopos de elementos-chave nas amostras coletadas.
"Esta é a primeira amostra que analisamos com os instrumentos da Curiosity. Apesar de ser apenas o início da história, nós aprendemos algo substancial", diz Laurie.
A sonda Curiosity usou sua pequena pá para recolher uma amostra do solo de uma região apelidada de "Rocknest" pelos cientistas. Os pesquisadores inseriram amostras no instrumento SAM, que aqueceu a terra a 835°C. O equipamento identificou a presença de diversos componentes, inclusive compostos contendo oxigênio e cloro, como clorato ou perclorato, que já eram conhecidos em Marte, porém, apenas em regiões mais próximas ao polo, e não na zona equatorial do planeta vermelho, onde está a sonda. A análise indica ainda a presença de carbonatos, que se formam na presença de água.​

"Marte tem um tipo de camada global, uma camada de solo da superfície que tem sido misturada e distribuída por frequentes tempestades de areia. Então, uma amostra desse material é basicamente uma coleção microscópica de rochas marcianas", comenta Laurie. "Se misturarmos muitos grãos, provavelmente teremos uma imagem precisa da típica crosta marciana. Ao aprender sobre isso em um lugar, você estará entendendo sobre o planeta inteiro."
Segundo os cientistas, essa recente descoberta implicará em futuras missões ao planeta vermelho, até mesmo tripuladas. "Agora nós sabemos que pode mesmo haver água abundante e de fácil acesso em Marte", diz Laurie. "Com missões tripuladas, poderemos obter um pouco do solo em qualquer lugar da superfície, e aquecê-lo um pouco para obter água".
Fonte: NASA

quarta-feira, 12 de novembro de 2014

LUA DE SATURNO MIMAS: PODE TER UM OCEANO DE ÁGUA LÍQUIDA SUBTERRÂNEA


 Com isso, Mimas poderia entrar para o "hall" dos planetas e luas com potencial para sustentar vida!
O astrônomo Radwan Tajeddine e seus colegas decidiram observar a pequena lua de Saturno, Mimas, mas eles não esperavam encontrar nada extraordinário. Com sua superfície repleta de crateras, Mimas foi considerada como uma lua geologicamente morta, ou seja, não haviam motivos suficientes para que os cientistas se interessassem em observá-la.
Mas as aparências enganam. Usando dados da sonda Cassini da NASA, uma nova pesquisa mostra que algo estranho dentro Mimas está causando um balanço enquanto ela orbita o planeta Saturno.
Os modelos de computador apontam duas possibilidades. A primeira é que Mimas, que tem cerca de 250 quilômetros de diâmetro, tem um núcleo alongado, uma pista de que a lua pode ter se formado dentro dos anéis de gelo de Saturno. A segunda opção é que Mimas tem um oceano global localizado a 19 quilômetros abaixo de sua crosta gelada.
Ambas as opções são surpreendentes, no entanto, indícios de uma forma alongada de seu núcleo também deveria ser vista em sua superfície, o que não acontece. Da mesma forma, a superfície da lua não mostra sinais de aquecimento para o derretimento do gelo e a manutenção de um oceano líquido.
Uma teoria é que a órbita excêntrica de Mimas poderia criar um puxão gravitacional entre ela e Saturno, principalmente quando ela está mais próxima do planeta.
Por outro lado, os cientistas perceberam que não era necessária uma grande quantidade de calor para que a água líquida existisse em seu subsolo. Uma resposta bem elucidativa para essa questão propõe que, logo após a formação de Mimas, o calor liberado pela decomposição natural dos materiais radioativos poderia ter iniciado o derretimento do gelo. Mais tarde, as reações químicas entre rochas de silicato e água poderiam ter ajudado ainda mais a formação desse oceano.
Juntas, todas essas fontes de energia podem fornecer calor suficiente para produzir uma fina camada de água líquida subsuperficial global. Uma vez que o oceano já está formado, o calor produzido pelo aquecimento de maré será significativamente maior, e provavelmente será capaz de sustentar um oceano global", comentou o cientista planetário Attilio Rivoldini, do Observatório Real da Bélgica.
O acompanhamento das temperaturas da superfície de Mimas poderia mostrar se existe calor suficiente na lua. Se Mimas possui de fato um oceano em seu subsolo, ela participará de uma lista crescente de corpos do Sistema Solar que podem ser "amigáveis" para a vida como a conhecemos.
A pesquisa foi publicada recentemente na revista Science.

Fonte: Dnews / Science
Imagens: (capa - ilustração - Richard Cardial)

sexta-feira, 7 de novembro de 2014

ESTUDO REVELA QUE PARTE DE ÁGUA DO SISTEMA SOLAR É MAIS ANTIGA QUE O SOL


ÁGUA É MAIS ANTIGA QUE O SOL - Parte da água existente no sistema solar é anterior à formação do Sol, segundo um estudo publicado na revista "Science" e que abre a possibilidade que haja também vida nos exoplanetas que orbitam outras estrelas em nossa galáxia. A representação artística mostra que uma parte notável de água do sistema solar não pôde ser formada depois que o Sol e, portanto, uma quantidade de gelo interestelar sobreviveu à criação desse sistema. Isso significa que, se outros sistemas planetários na galáxia se formaram da mesma maneira que a nossa, esses sistemas teriam tido acesso à mesma água que sistema solar Bill Saxton, NSF/AUI/NRAO
Parte da água existente no sistema solar é anterior à formação do Sol, segundo um estudo publicado nesta quinta-feira (25) pela revista Science e que abre a possibilidade que haja também vida nos exoplanetas que orbitam outras estrelas em nossa galáxia.
Durante anos, os pesquisadores tentaram determinar se a água que se encontra no sistema solar procede da nebulosa molecular que rodeava o sol, da qual nasceram os planetas, ou se foi criada antes que uma nuvem fria de gás formasse o "astro rei".
A pesquisa, liderada por Lauren Cleeves, da Universidade de Michigan, recriou um modelo informático que analisa as condições químicas entre as moléculas de água formadas no sistema solar há 4,6 bilhões de anos.
Em particular, os especialistas se centraram no estudo do deutério, um isótopo estável do hidrogênio, presente na água, em meteoritos e cometas.
A equipe determinou que os processos químicos dentro dos discos protoplanetários do sistema solar primitivo não podem ser responsáveis pelos índices de deutério encontrados atualmente na água achada em cometas, luas e oceanos desse sistema.
Assim, uma parte notável de água do sistema solar não pôde ser formada depois que o Sol e, portanto, uma quantidade de gelo interestelar sobreviveu à criação desse sistema.
Isso significa que, se outros sistemas planetários na galáxia se formaram da mesma maneira que a nossa, esses sistemas teriam tido acesso à mesma água que sistema solar, sustentam os pesquisadores.
"A ampla disponibilidade de água durante o processo de formação de planetas abre uma perspectiva promissora sobre a existência de vida em toda a galáxia", apontam os pesquisadores, que lembram que, até agora, o satélite Kepler da Nasa detectou mil planetas extra-solares confirmados.
"Este é um passo importante em nossa busca para saber se existe vida em outros planetas", indicou Tim Harries, do Departamento de Física e Astronomia da universidade britânica de Exeter e membro da equipe de pesquisa.
Com a identificação da herança de água na Terra "podemos ver que a maneira como se formou nosso sistema solar não foi única, e que os exoplanetas surgem em ambientes com água abundante", destacou Harries.
Neste cenário, acrescentou o especialista da Exeter, "se abre a possibilidade que alguns exoplanetas poderiam abrigar as condições adequadas e os recursos hídricos, para que a vida evolua".

domingo, 26 de outubro de 2014

ATRAÇÃO GRAVITACIONAL DA TERRA PODE DERRETER UM PEDACINHO DA LUA!

Depois de dezenas de novas descobertas sobre exoplanetas, buracos negros, estrelas de nêutrons e até mesmo a matéria escura invisível que permeia todas as galáxias, parece que existe um corpo celeste que ainda continua a nos surpreender. Sim, a Lua tem mais novidades para nos mostrar. A superfície lunar continua dando o que falar, sendo fonte de estudos e novas revelações. Em uma mais recente, uma nova pesquisa sugere que a Lua tem uma região de baixa viscosidade anteriormente desconhecida, localizada logo acima do núcleo. De acordo com informações do Ars Technica, a região está parcialmente fundida, o que se encaixa com os modelos anteriores que sugerem que alguns pontos de fusão possam existir na fronteira manto-núcleo.
Relação com as marés
A região, referida no estudo como a "zona de baixa viscosidade," poderia explicar melhor as medidas de dissipação das marés na Lua. Embora os cientistas já tenham calculado os efeitos das forças de maré da Terra sobre a Lua, nenhum desses cálculos foi suficiente para contabilizar certas observações. Especificamente, há uma relação entre o período de maré da Lua e sua capacidade de absorver ondas sísmicas, que são convertidas em calor profundo no interior do satélite natural da Terra. Essa relação era inexplicável até agora.
Entretanto, os autores do estudo foram capazes de corresponder de perto essas observações com sua simulação, quando uma zona de baixa viscosidade foi incluída em seus modelos. As marés na Terra formam o efeito mais evidente da influência gravitacional da Lua, mas, surpreendentemente, a Terra tem uma influência recíproca nas marés lunares. À medida que essas forças de maré da Terra exercem pressão sobre a Lua, ela cria ondas sísmicas. Essas ondas então se dissipam e são convertidas em calor nas profundezas da Lua em um processo chamado aquecimento de maré. Com isso, a zona de baixa viscosidade desempenha um papel no processo, ajudando as ondas a se dissiparem.

Cálculos
Pode parecer um tanto complicado, mas, usando essas medições, os pesquisadores foram capazes de calcular algumas características específicas da zona de baixa viscosidade. O valor resultante de viscosidade é extremamente baixo quando comparado com estimativas prévias das condições na parte inferior do manto lunar. A zona começa a cerca de 500 metros acima do centro lunar, agindo como um cobertor para abrandar o arrefecimento do núcleo e influenciando a evolução térmica da Lua. Contudo, os autores do estudo afirmam que o modelo não é perfeito e reconhecem que ele não corresponde exatamente a todas as observações.
"A viscosidade astenosférica e a espessura da litosfera são, provavelmente, muito suaves e muito finas, respectivamente, em nosso modelo de referência", escrevem eles. De qualquer forma, isto não significa que os resultados não sejam informativos, mas sim que um modelo mais preciso ainda possa ser necessário a fim de compreender a estrutura interna da Lua em mais detalhes e com muito mais clareza. Os pesquisadores dizem que compreender a relação entre a dissipação e os ciclos de maré em corpos planetários é importante para vários aspectos da ciência espacial.
Entre outras coisas, essa relação pode dar pistas sobre a evolução do corpo em questão, tanto de suas propriedades térmicas quanto de sua história orbital. E isso ainda pode nos ajudar a compreender as luas de outros planetas, tais como aqueles nas órbitas de Júpiter e Saturno. A história da Lua é de particular interesse, pois é entrelaçada com nosso próprio passado e vai continuar a ser objeto de estudo por muito tempo. Quem sabe a grande e brilhante Lua ainda tenha mais algumas surpresas na manga, esperando para serem descobertas?

Fonte: Mega Curioso

terça-feira, 21 de outubro de 2014

HUBBLE AJUDA A SOLUCIONAR MISTÉRIO DA IDADE DO AGLOMERADO GLOBULAR IC 449 NA VIA LÁCTEA


Observações do Hubble feitas do IC 4499 tem ajudado a apontar a idade do aglomerado: observações desse aglomerado dos anos de 1990 sugerem uma idade jovem desafiante quando comparado com outros aglomerados globulares dentro da Via Láctea.
Contudo, desde as primeiras estimativas, novos dados do Hubble têm sido obtidos e se descobriu que muito provavelmente o IC 4499 tem na verdade a mesma idade de outros aglomerados da Via Láctea, com aproximadamente 12 bilhões de anos.
Por muito tempo acreditou-se que todas as estrelas dentro de um aglomerado globular se formam aproximadamente ao mesmo tempo, uma propriedade que pode ser usada para determinar a idade do aglomerado. Para aglomerados mais massivos, contudo, observações detalhadas têm mostrado que isso não é inteiramente verdade, existem evidências, que os aglomerados consistem de múltiplas populações de estrelas nascidas em diferentes épocas. Uma das forças fortes por trás do comportamento acredita-se que seja a gravidade: aglomerados globulares mais massivos, podem juntar mais gás e poeira, que podem posteriormente se transformarem em novas estrelas.
O IC 4499 é um caso especial. Sua massa localiza-se entre os aglomerados de baixa massa, que mostram uma única geração, e os mais complexos e mais massivos aglomerados globulares que podem conter mais de uma geração de estrelas. Estudando objetos como o IC 4499, os astrônomos podem explorar quanto a massa afeta o conteúdo do aglomerado. Os astrônomos não encontraram nenhum sinal de múltiplas gerações de estrelas no IC 4499, suportando a ideia de que aglomerados menos massivos em geral são constituídos por somente uma geração estelar.
Fonte:http://www.dailygalaxy.com/my_weblog/2014/08/puzzling-age-of-a-globular-cluster-solved.html

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

O QUE ACONTECEU EM HEBES CHASMA NO PLANETA MARTE?

Marte é um planeta surpreendente, com diversas feições geológicas muito semelhantes às da Terra. O planeta é o mais estudado e visitado por sondas robóticas, mas algumas feições permanecem um grande mistério, como a fantasmagórica plataforma localizada no fundo do maior cânion marciano.
Hebes Chasma e Hebes Mensa
Com exceção do profundo vale submarino da Dorsal meso-atlântica, que tem 16 mil km de extensão, Valles Marineris é o maior cânion conhecido pelo homem. Situado na região equatorial do Planeta Vermelho, mede mais de 4 mil km de extensão, 200 km de largura e 7 km de profundidade.
Os pesquisadores acreditam que Valles Marineris é uma gigantesca fenda tectônica formada quando a crosta do planeta se elevou a oeste na região do planalto de Tharsis e alargado posteriormente pela força erosiva dos ventos.
No fundo da porção norte de Valles Marineris encontra-se Hebes Chasma, uma depressão com cerca de 6 km de profundidade e 320 quilômetros de largura.
A depressão é alvo de muitos estudos por parte dos geólogos espaciais. Hebes parece ser uma porção independente de outras superfícies ao redor e entender onde seu material interno foi parar é um desafio entre os pesquisadores.
Mas esse mistério pode estar com os dias contados.
Dentro Hebes Chasma se localiza Hebes Mensa, uma plataforma de 5 quilômetros de altura que parece ter sofrido um colapso parcial que pode fornecer pistas importantes sobre a formação de Hebes Chasma.
A imagem acima, feita pela sonda europeia Mars Express, atualmente na órbita de Marte, mostra grandes detalhes sobre os abismo formado pelas encostas de Valles Marineris e também o recuo incomum em forma de ferradura localizado no centro da mesa.
Ao que tudo indica, o material do topo da plataforma (mesa) flui em direção ao leito de Hebes Chasma enquanto uma camada escura parece ter se acumulado sobre o patamar da curva descendente.
Uma recente hipótese sustenta que rochas salgadas compõe algumas camadas inferiores de Hebes Chasma. Esse sal teria então dissolvido pela ação de fluxos de gelo que escoaram através de buracos para dentro da superfície.
Se essa hipótese estiver correta, é possível que abaixo de Hebes Chasma se encontre o material procurado, um gigantesco aquífero subterrâneo formando um verdadeiro oceano de água salgada.
Foto: Hebes Mensa, no interior de Hebes Chasma, registrado pela sonda europeia Mars Express
. Crédito: ESA/DLR/FU Berlin (G. Neukum), Apolo11.com

ONDAS FORAM OBSERVADAS NOS MARES DE TITÃ LUA DE SATURNO


Novas observações da sonda Cassini (que orbita o planeta Saturno) mostram o que parecem ser ondas nos oceanos de Titã. Se confirmado, este será o primeiro corpo além da Terra a produzir ondas como a conhecemos.
"Se estiver correta, esta descoberta revela as primeiras ondas na superfície de um mar fora da Terra", comenta Jason Barnes, cientista planetário da Universidade de Idaho em um resumo de um artigo apresentado na Conferência de Ciência Planetária e Lunar em Houston nesta semana.
As comparações com modelos de computador indicam quatro medições da região polar norte de Titã, feitas pela câmera Visual Infrared Mapping Spectrometer da sonda Cassini, A luz do Sol foi observada sendo refletida pelas ondas de Titã


Dentre vários mares e lagos próximos do pólo norte de Titã,
podemos ver Punga Mare, local onde as medições foram feitas.
Créditos: NASA / JPL-Caltech

Em seus muitos vôos próximos de Titã, a sonda Cassini descobriu pequenos lagos e grandes mares de metano, etano e outros compostos de hidrocarbonetos. Também foi descoberto que chove líquido na superfície da lua, que depois evapora, criando um sistema meteorológico complexo, que inclui padrões de ventos.
Mas a sonda nunca tinha avistado ondulações criadas pelos ventos na superfície dos mares de Titã. Eles pareciam tão lisos como um vidro. Isso pode ser porque os hidrocarbonetos líquidos são mais viscosos do que a água e, portanto, mais difíceis de se moverem, ou porque os ventos em Titã simplesmente não são fortes o suficiente para criar ondulações. Em 2010, pesquisadores propuseram que os ventos se fortalecem quando Titã entra na primavera, permitindo aos cientistas uma melhor oportunidade de detectar ondas. Saturno e suas luas levam cerca de 29 anos terrestres para dar uma volta completa ao redor do Sol.
"Se essas 'rugas' observadas são de fato ondas em Titã, então os ventos que as criam devem ter uma velocidade média de 0,76 metros por segundo", informou Jason Barnes.
Os cálculos mostram que as ondas teriam cerca de 2 cm de altura, ou cerca de 0,8 polegadas.
As medições foram feitas em uma região conhecida como Punga Mare, um dos vários mares de hidrocarboneto existentes no pólo norte de Titã.

sábado, 11 de outubro de 2014

TEMPESTADES GIGANTESCAS ESTÃO SE FORMANDO NO PLANETA URANO


A tempestade cresceu de maneira descontrolada em apenas um dia.Utilizando o Observatório Keck, no Havaí, cientistas observaram uma série de tempestades se desenvolvendo no planeta Urano. 
Um registro feito no dia 05 de agosto mostra alguns pontos brilhantes em infravermelho, que representam as tempestades na atmosfera do planeta. Já outra imagem do dia 06 de agosto, revela pontos ainda mais brilhantes.
A tempestade atinge altitudes elevadas na atmosfera do planeta, de acordo com os pesquisadores.
A nova tempestade é um resquício de um fenômeno conhecido como "Berg", que desapareceu em 2009, mas que poderia ter sido observado pela sonda Voyager desde o longínquo ano de 1986. O nome Berg foi sugerido porque a tempestade de Urano se parecia com um iceberg se desprendendo de uma plataforma de gelo. Berg tornou-se muito brilhante em 2004, e começou a se mover em direção ao equador do planeta em 2005.
Cientistas observaram as tempestades em urano nos dias 05 e 06 de agosto de 2014.
Créditos: UC Berkeley / Observatório Keck
A nova tempestade vista pelo Observatório Keck é ainda mais brilhante do que a Berg, e de acordo com os cientistas, um vórtex mais profundo na atmosfera de Urano pode estar associado aos pontos brilhantes. Pesquisadores vão analisar os dados para medir exatamente onde ele está localizado dentro da atmosfera do planeta.
Tempestades gigantescas existem em todo o Sistema Solar. A Grande Mancha Vermelha de Júpiter, por exemplo, já chegou a ter o tamanho de três Terras. Existe também uma grande tempestade no pólo norte de Saturno.
Astrônomos amadores também podem observar o planeta Urano através de binóculos e telescópios durante os próximos meses. Urano nasce no final da noite e pode ser visto na constelação de Peixes, próximo do horizonte leste.

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

SATÉLITE CAPTA SEM QUERER A MAIOR GALÁXIA ESPIRAL JÁ REGISTRADA


Astrônomos da NASA (Agência Espacial Norte-Americana), do ESO (Observatório Europeu do Sul) e da USP (Universidade de São Paulo) foram responsáveis por essa grande descoberta.
Um satélite captou, por acidente, a maior galáxia espiral já registrada por astrônomos. As imagens mostram uma explosão de luzes ultravioleta que indicam uma colisão com uma galáxia vizinha menor.
A equipe - que reúne cientistas da Nasa (Agência Espacial Norte-Americana); do Observatório Europeu do Sul, no Chile; e da USP (Universidade de São Paulo) - buscava dados sobre a formação de novas estrelas nas bordas da galáxia NGC 6872. As imagens foram captadas pelo satélite Galex (Galaxy Evolution Explorer).
As brasileiras Duília de Mello, astrônoma e professora na Universidade Católica de Washington; Fernanda Urrutia-Viscarra e Claudia Mendes de Oliveira, da USP (Universidade de São Paulo), além de Rafael Eufrasio, pesquisador-assistente no Goddard Space Flight Center, integram a equipe que tem também cientistas do ESO (Observatório Europeu do Sul).
"Não estávamos buscando por uma espiral. Foi um presente", diz Rafael Eufrásio, da Universidade Católica da América e membro do Centro de Voo Espacial Goddard, da Nasa.
A galáxia NGC 6872, que fica a 212 milhões de anos-luz da Terra, na constelação de Pavo, já era conhecida por ter uma grande espiral. A espiral recorde, no entanto, resulta provavelmente de uma colisão com a galáxia vizinha IC 4970.
 A galáxia em espiral possui, segundo estimativas dos astrônomos, um tamanho cinco vezes maior que a Via Láctea. A descoberta foi comunicada à Sociedade Astronômica Americana.
O Galex, um telescópio espacial especializado em descobrir novas estrelas, mostrou que a colisão tornou a galáxia NGC 6872 ainda maior.
A equipe usou ainda dados de outros telescópios e concluiu que estrelas mais jovens, que ficam nas bordas da espiral, se movem em direção ao centro da galáxia à medida que ficam mais velhas.
"A galáxia que colidiu com a NGC 6872 espalhou estrelas por toda a parte - em 500 mil anos luz de distância", explica Eufrásio.
 Ele diz que a descoberta mostra como as galáxias podem mudar radicalmente de tamanho com as colisões.
 O que intriga os pesquisadores é que apesar de acreditarem que galáxias crescem e engolem vizinhas menores, a interação entre a NGC 6872 e a IC 4970 parece agir no sentido oposto. Isso espalha as estrelas que poderão ainda formar uma nova galáxia de pequeno porte.

Fontes: NASA / BBC Brasil

quinta-feira, 2 de outubro de 2014

LUA DE JÚPITER IO PRODUZ ERUPÇÕES VULCÂNICAS CATACLÍSMICAS JAMAIS VISTAS ANTES


05/08/14 - Trata-se das erupções vulcânicas mais potentes já vistas no Sistema Solar. Elas são aniquiladoras! Uma das luas de Júpiter desencadeou uma série de grandes erupções vulcânicas ao longo de um período "infernal" de 2 semanas. As erupções foram tão brilhantes que puderam ser estudadas em detalhe por observatórios instalados em terra.
 Uma série de erupções sem precedentes ocorreram durante 14 dias, em agosto passado, e pegou os cientistas de surpresa, revelando que este pequeno mundo infernal pode entrar em erupção com mais freqüência do que se pensava.
normalmente esperamos uma explosão enorme a cada um ou dois anos, e que normalmente não seria tão brilhante", disse Imke de Pater, da Universidade da Califórnia, em Berkeley. "Aqui nós tivemos uma sequência de três explosões extremamente brilhantes".


Mosaico de imagens de Io feitas pela sonda Voyager 1 mostra a região polar sul da lua de Júpiter.
Nessa imagem podemos ver duas das dez maiores montanhas de Io: Euboea Montes na parte superior à esquerda, e Haemus Mons, na parte inferior central da foto. Créditos: NASA / JPL-Caltech

Io é a lua galileana mais interna de Júpiter, com tamanho aproximadamente igual da nossa Lua, e é o único lugar no Sistema Solar (além da Terra) onde foram observados vulcões ativos. A atividade vulcânica é impulsionado por interações gravitacionais poderosas com o gigante gasoso que espreme dilata esmaga e aquece o interior de Io. Como nos vulcões da Terra, a rocha derretida (magma) é então forçado através da crosta de Io de forma intermitente em erupções vulcânicas.
Muitas erupções de Io são surpreendentemente poderosas e, por causa da baixa gravidade da Lua, pode explodir escombros para o espaço.
A quantidade de energia que está sendo emitida por essas erupções implicam fontes de lava jorrando de fissuras em um volume muito grande por segundo, formando correntes de lava que rapidamente se espalham sobre a superfície de Io.
A primeira de uma série de erupções maciças foi detectada pela câmara de infravermelho (NIRC2) ligada ao telescópio Keck II, no topo de Mauna Kea, no Havaí.
Durante a gravação das erupções que ocorreram no hemisfério sul da lua, no dia 15 de agosto de 2013, os pesquisadores viram a erupção mais brilhante acontecer na caldeira chamada Rarog Patera, que produziu cerca de 50 quilômetros quadrados de lava, em um fluxo de 30 metros de espessura. Essa quantidade de lava seria suficiente para cobrir a Ilha de Manhattan, em Nova York.
Imagens capturadas pelo infravermelho revelam erupções vulcânicas cataclísmicas na superfície de Io, lua de Júpiter.


As imagens foram obtidas em diferentes comprimentos de onda do infravermelho, pelos Observatórios W. M. Keck e Gemini Norte. Créditos: IMKE DE PATER / UC Berkeley 
Outra erupção que foi gerada pela caldeira Heno Patera produziu um fluxo de lava de 120 quilômetros quadrados. Ambas as erupções geraram "cortinas de fogo", com a lava explodindo a partir das fissuras na crosta de Io.
Em seguida, no dia 29 de agosto, uma das mais brilhantes erupções já vistas em Io foi detectada pelo telescópio Gemini Norte e pelo Infrared Telescope Facility (IRTF), também localizado no topo de Mauna Kea. Esta explosão gerou mais calor do que qualquer erupção vulcânica da Terra, e seria mais parecida com as erupções que devastaram o nosso planeta em sua evolução precoce.
"Estamos usando Io como um laboratório vulcânico, onde podemos olhar para o passado dos planetas terrestres para obter uma melhor compreensão de como essas grandes erupções aconteceram, e quanto tempo elas duram", comentou Ashley Davies, vulcanóloga e investigadora do Laboratório de Propulsão a Jato, da NASA.

sábado, 27 de setembro de 2014

MISSÃO ROSETTA: A HUMANIDADE NUNCA VIU UM COMETA DE TÃO PERTO


07/08/14 - Rosetta encontra o cometa 67P, e as fotos são as melhores e mais detalhadas que um ser-humano já conseguiu capturar em toda a história da exploração espacial
67P/Churyumov-Gerasimenko é um cometa com um período orbital atual de 6,45 anos.1Seu próximo periélio está previsto para o dia 13 de agosto de 2015. Ele é o destino da sonda espacial Rosetta, que foi lançada pela Agência Espacial Europeia em 2 de março de 2004, e que "acordou" de uma hibernação no dia 20 de janeiro de 2014 para monitorar o cometa e procurar um local adequado para o pouso previsto para novembro de 2014. Em 6 de agosto de 2014 a sonda entrou em órbita do 67P, tornando-se o primeiro objeto construído pelo homem a realizar tal façanha.
Após uma jornada de uma década pelo espaço, a sonda Rosetta da Agência Espacial Européia (ESA) finalmente concluiu o tão esperado encontro com o cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko.
O encontro que entrou para a história da Astronomia e da Exploração Espacial, ocorreu às 05h30 BRT (08h30 UTC) do último dia 06 de agosto, e o evento foi transmitido em tempo real, aqui mesmo em nosso site, uma cortesia da ESA.
Cometa Pan-STARRS faz um voo galático espetacular
Essa grande aproximação da sonda com o cometa (apenas 110 km de distância) rendeu algumas fotos que com certeza entrarão para a história. Devemos nos lembrar que os cientistas e astrônomos nunca tiveram a oportunidade de observar um cometa com tamanha precisão e riqueza de detalhes, e essas fotos que foram registradas pela sonda Rosetta, são as primeiras imagens em alta definição já feitas de um cometa. Como diz no título dessa matéria, "a humanidade nunca viu um cometa tão de perto"!


Imagem do cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko capturada no dia 03 de agosto de 2014. Créditos: ESA / Rosetta

Imagem do cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko capturada no dia 03 de agosto de 2014. Créditos: ESA / Rosetta

Imagem do cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko capturada no dia 06 de agosto de 2014. Créditos: ESA / Rosetta