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domingo, 7 de dezembro de 2014

NOVA DESCOBERTA SURPREENDENTE NA NEBULOSA DE ORION


As formações estelares nas nuvens de gás e poeira acontecem diferente do que prevíamos
Muitas vezes, as estrelas nascem em grupos, em nuvens gigantes de gás e poeira. O estudo das Nebulosas de Orion e da Chama foram realizados utilizando o Observatório Chandra de raios-x, da NASA, e telescópios de infravermelho. Eles mostraram que o nascimento das estrelas não é tão simples como se acreditava.

Astrônomos realizaram um novo estudo sobre a Nebulosa de Orion e a Nebulosa da Chama, usando dados do Telescópio Chandra da NASA. Eles observaram que as estrelas mais externas da Nebulosa da Chama são mais velhas do que as que estão mais próximas de seu centro, o que difere de previsões mais simples de como as estrelas como o nosso Sol se formam nessas nebulosas. De acordo com os novos relatos, as estrelas do centro da Nebulosa da Chama têm cerca de 200.000 anos, enquanto que as estrelas mais externas da nebulosa têm cerca de 1,5 milhões de anos. Na Nebulosa de Orion, as estrelas mais centrais têm cerca de 1.2 milhões de anos, e as mais externas, cerca de 2 milhões de anos.

Esse estudo foi focado em regiões de grande formação estelar. A idéia mais simples dizia que as estrelas nasciam primeiramente no centro de uma nuvem de gás e poeira em colapso, quando a densidade era grande o suficiente. Mas as observações indicaram que as estrelas mais antigas não estão nas regiões centrais como se acreditava.
Existem três teorias para a nova descoberta. A primeira é que a formação de estrelas continua a ocorrer nas regiões internas. Isso pode ter acontecido porque o gás nas regiões externas de uma nuvem é mais fino e mais difuso do que nas regiões interiores. Ao longo do tempo, se a densidade for inferior a um valor limiar, onde já não pode haver um colapso para formação de estrelas, então essa formação irá cessar nas regiões mais externas, visto que as estrelas continuarão a se formar nas regiões interiores da nebulosa, onde há uma grande concentração de estrelas jovens.
Essas três imagens são da Nebulosa da Chama capturadas em diferentes comprimentos de onda.
À esquerda, em raios-x, no centro, em infravermelho, e à direita, uma imagem composta em raios-x e infravermelho.


Créditos: Chandra X-Ray Observatory.
Outra sugestão é que as estrelas mais velhas se afastaram da região central dessas nebulosas, ou então, foram expulsas por interações gravitacionais com outras estrelas. Outra probabilidade é que as estrelas jovens são formadas em filamentos maciços de gás, que caem em direção ao centro do aglomerado.
Muitas estrelas das nebulosas não podem ser vistas com telescópios comuns, que captam somente a luz visível, isso porque muitas delas são obscurecidas por poeira e gás da formação estelar. Já os telescópios que observam a emissão de raios-x conseguem ultrapassar essas barreiras, e obter uma imagem mais detalhada da população local de estrelas.
A pesquisa utilizou dados do telescópio de raios-x Chandra para determinar as massas das estrelas. Em seguida, dados do telescópio Spitzer mostraram o quão brilhante eram essas estrelas, com auxilio do telescópio 2MASS e do Telescópio Infravermelho do Reino Unido. Combinando essas informações com modelos teóricos, as idades das estrelas puderam ser estimadas.
Fonte: Dailygalaxy
Imagens: Chandra / NASA

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