OBSERVADA A GALÁXIA MAIS BRILHANTE DO UNIVERSO VISÍVEL QUEBRANDO AS TEORIAS ACEITAS ATÉ O MOMENTO
O que gera uma luminosidade tão grande logo no início do Universo?
Uma galáxia recém-descoberta, conhecida como WISE J224607.57-052635.0, localizada a 12,5 bilhões de anos-luz da Terra, é simplesmente a mais luminosa já vista em todo o Universo, com um brilho maior do que 300 trilhões de estrelas como o Sol, relata um novo estudo.
O que pode estar causando esse brilho tão intenso nessa galáxia, pode ser um buraco negro supermassivo. Esses gigantes são encontrados no centro de praticamente todas as galáxias, e o material que se aquece ao redor do buraco negro caba emitindo enormes quantidades de luz, em comprimentos de onda visível, ultravioleta e raios-x.
Se isso é realmente o que está acontecendo com essa galáxia, surge uma nova questão: Como um buraco negro supermassivo se torna tão grande, tão rápido? Afinal de contas, os astrônomos estão olhando para um objeto a 12,5 bilhões de anos no passado, quando o Universo tinha apenas 1,3 bilhões de anos! Então como é possível um buraco negro tão grande e massivo em tão puco tempo?
Exemplo a imagem feito em raio-x e infravermelho mostra o buraco negro central da nossa Galáxia, a Via Láctea, conhecido como Sagittarius A* (ou apenas SGR A*).Créditos: NASA / Chandra / Harvard University.
De acordo com uma teoria, o buraco negro pode simplesmente já ter "nascido grande". Segundo Peter-Eisenhardt, do Laboratório de Propulsão a Jato da NASA (JPL), "assim como um elefante bebê, que já nasce grande para os nossos padrões, esse buraco negro pode já ter nascido com um tamanho enorme".
Outra teoria que pode explicar um buraco negro supermassivo no início do Universo. Chao-Wei Tsai, principal autor do estudo, também do JPL, acredita que esse buraco negro tenha iniciado uma atividade em frenesi, consumindo matéria muito mais rápido do que normalmente acreditava-se ser possível. "Isso pode acontecer se o buraco negro não está girando muito rápido".
A taxa de consumo de buracos negros é limitada pela luz emitido do material que se aquece ao seu redor, ejetando gases que, no futuro, retornarão e serão consumidos por esse buraco negro. Quanto mais lento um buraco negro gira, menor é a quantidade de gases ejetada, e portanto, o material que ele consumiria futuramente, acaba sendo consumido de uma só vez.
"Esses buracos negros poderiam estar se empanturrando de matéria por um longo período de tempo", afirma o co-autor do estudo, Andrew Blain, da Universidade de Leicester, no Reino Unido.
O Telescópio Espacial de Infravermelho, WISE, da NASA, observou a galáxia WISE J224607.57-052635.0 juntamente com outras 19 galáxias extremamente luminosas no infravermelho, conhecidas como ELIRG's (na sigla em inglês). A nuvem de poeira que circunda essas galáxias são aquecidas, e em seguida, emitem radiação infravermelha que pode ser detectada pelo WISE. Em um estudo paralelo, descobriu-se que cerca de metade das galáxias extremamente luminosas só podem ser detectadas com mais precisão se observadas no infravermelho.
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