MARAVILHA DO UNIVERSO

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Contemple a Maravilha do Universo

sábado, 10 de dezembro de 2011

NOVO PLANETA EM ZONA HABITÁVEL PRECISA DE ESTUDOS MAIS PROFUNDOS

Apesar de parecer uma fantástica descoberta, o novo exoplaneta recém-descoberto pela Nasa não deve ser visto como uma "nova Terra", com características que permitem o desenvolvimento de formas de vida similares às que conhecemos.
Batizado como Kepler 22b, o planeta se encontra fora do nosso Sistema Solar e foi descoberto através de imagens captadas pelo telescópio espacial Kepler, da Nasa. Segundo a agência americana, o objeto mede 2.4 vezes o tamanho da Terra e completa uma translação ao redor da sua estrela em 290 dias.
A descoberta, publicada na revista "The Astrophysical Journal", ocorre depois que a Nasa anunciou uma lista com 54 objetos que poderiam ser classificados como planetas e que orbitariam dentro da chamada "zona habitável", uma região nas proximidades da estrela que permite que a água - caso exista - seja encontrada na forma líquida.
Poucas informações
É importante destacar que zona habitável não significa que o planeta possua todas as condições de habitabilidade. Os dados sobre o objeto são muito escassos e estão baseados na luminosidade, espectro eletromagnético e características orbitais que permitem determinar sua massa, mas até agora não é possível saber nem ao menos se o planeta é rochoso ou gasoso.


Um dos principais entraves para se adquirir dados mais consistentes sobre Kepler 22b é sua distância. O objeto se localiza a 600 anos-luz da Terra, cerca de 6 quatrilhões de quilômetros, uma distância que faz o longínquo Plutão, a 5 bilhões de km, situar-se ali na esquina.

Trânsito
Para descobrir o exoplaneta os cientistas utilizaram a técnica do trânsito, um método que mede continuamente a luz da estrela e detecta pequenas variações no brilho causadas pela passagem de um objeto na frente do disco luminoso. Kepler analisou a luz de nada menos que 150 mil estrelas e a cada sinal de variação repetia o teste por três vezes.

Após uma detecção válida, a equipe de pesquisadores utilizou diversos telescópios baseados em terra e também as imagens do telescópio espacial Spitzer para confirmar as observações. Kepler está focado nas constelações de Lyra e Cisne.
Apesar das poucas informações sobre o novo exoplaneta, a descoberta é um importante marco na busca por astros com características similares á da terra e que possam abrigar vida, mesmo que isso demore ainda muito tempo.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

TELESCÓPIOS MOSTRAM MORDIDA DE ESTRELA VAMPIRA

O Observatório Europeu do Sul (ESO, na sigla em inglês) divulgou nesta quarta-feira o que considerou ser "as melhores imagens" de uma estrela que perdeu a maior parte de sua matéria por causa da "mordida" de uma companheira vampira. 



Por causa da proximidade, a estrela mais quente já canibalizou cerca de metade da massa da estrela maior. Foto: ESO/Divulgação
Ao combinar a luz captada por quatro telescópios instalados no Observatório do Paranal, no Chile, astrônomos criaram um telescópio virtual de 130 m de diâmetro, capaz de observar com uma nitidez 50 vezes superior ao Telescópio Espacial Hubble, da Nasa. 

De acordo com o observatório, os novos resultados surpreenderam os astrônomos ao mostrar que a transferência de matéria de uma estrela para a outra neste sistema duplo é mais suave do que se esperava. "Podemos agora combinar a radiação captada pelos quatro telescópios VLT e criar imagens extremamente nítidas muito mais depressa do que antes", diz Nicolas Blind, o autor principal do artigo científico que apresenta estes resultados. 

"As imagens são tão nítidas que podemos, não apenas observar as estrelas a orbitar em torno uma da outra, mas também medir o tamanho da maior das duas", completa o especialista. 

Os astrônomos observaram o sistema incomum SS Leporis na constelação da Lebre, que contém duas estrelas que orbitam uma em torno da outra em 260 dias. As estrelas estão separadas por uma distância um pouco maior do que a distância entre o Sol e a Terra, sendo que a maior e mais fria das duas estrelas se estende até um quarto desta distância - o que corresponde mais ou menos à órbita de Mercúrio. Devido a esta proximidade, a estrela mais quente já "canibalizou" cerca de metade da massa da estrela maior. 

"Sabíamos que esta estrela dupla era incomum e que o material estava a fluir de uma estrela para a outra", explica o co-autor do estudo, Henri Boffin. "O que descobrimos no entanto, foi que o modo como a transferência de massa se processa é completamente diferente do previsto por modelos anteriores. A 'mordida' da estrela vampira é muito mais suave mas altamente eficaz", completa. 

As novas observações são suficientemente nítidas para ver que a estrela gigante é menor do que o que se pensava anteriormente, o que torna mais difícil explicar como é que a gigante vermelha perdeu massa para a sua companheira. Os astrônomos pensam agora que, em vez de fluir de uma estrela para a outra, a matéria deve ser expelida pela estrela gigante sob a forma de um vento estelar e capturada deste modo pela companheira mais quente. 

"Estas observações demonstraram a capacidade do Interferômetro do Very Large Telescope em produzir imagens e abrem o caminho para futuros estudos sobre estrelas duplas em interação", diz o co-autor Jean-Philippe Berger.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

CIENTISTAS DESCOBREM OS 2 MAIORES BURACOS NEGROS CONHECIDOS

Um grupo de cientistas descobriu os dois maiores buracos negros conhecidos até o momento, com uma massa quase 10 bilhões de vezes superior à do Sol, informa um artigo publicado nesta segunda-feira publicado pela revista especializada Nature. 

Buracos negros são os maiores conhecidos. Foto: EFE
Esses buracos negros, localizados em duas enormes galáxias elípticas a cerca de 270 milhões de anos-luz da Terra, são muito maiores do que se previa por meio de deduções dos atributos das galáxias anfitriãs. Segundo os especialistas, liderados por Chung-Pei Ma, da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, a descoberta sugere que os processos que influenciam no crescimento das galáxias grandes e seus buracos negros diferem dos que afetam as galáxias pequenas. 

Os cientistas acreditam que todas as galáxias massivas com componente esferoidal abrigam em seus centros buracos negros gigantescos. As oscilações de luminosidade e brilho identificadas nos quasares do universo sugerem ainda que alguns deles teriam sido alimentados por buracos negros com massas 10 bilhões de vezes superiores à do Sol. 

No entanto, o maior buraco negro conhecido até então, situado na gigantesca galáxia elíptica Messier 87, tinha uma massa de apenas 6,3 bilhões de massas solares. Os buracos negros são difíceis de serem detectados porque sua poderosa gravidade os absorve por completo, incluindo a luz e outras radiações que poderiam revelar sua presença. 

Os cientistas avaliaram os dados de duas galáxias vizinhas a Messier 87 - NGC 3842 e NGC 4889 - e concluíram que nelas havia buracos negros supermassivos. Os cientistas usaram o telescópio Gemini do Havaí, adaptado com lentes especiais que permitem detectar o movimento irregular de estrelas que se movimentam perto dos buracos negros e que são absorvidas por eles. 

Os pesquisadores constataram que a NGC 3842 abriga em seu centro um buraco negro com uma massa equivalente a 9,7 milhões de massas solares, enquanto, na NGC 4889, há outro com uma massa igual ou superior. Esses buracos negros teriam um horizonte de fatos, a região na qual nada, nem sequer a luz, pode escapar de sua atração, cerca de sete vezes maior do que todo o sistema solar. 

Segundo os especialistas, o enorme tamanho dos buracos se deve à sua habilidade para devorar não só planetas e estrelas, mas também pequenas galáxias, um processo que teria sido produzido ao longo de milhões de anos. 
Fonte: Terra

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

ÓRBITA DA ESTAÇÃO ESPACIAL É ELEVADA EM 1,8 Km



A altura média da órbita da Estação Espacial Internacional (ISS, em inglês) foi elevada em 1,8 km, informou nesta quinta-feira o Centro de Controle de Voos Espaciais (CCVE) da Rússia. 

A operação foi realizada com os propulsores de correção do módulo de serviço Zvezda, que faz parte do segmento russo da plataforma, contou porta-voz do CCVE à Agência Interfax. 

A fonte informou que os propulsores do Zvezda foram ligados às 21h11 (de Brasília) da quarta-feira e permaneceram em funcionamento durante 63 segundos. Esse impulso deu à ISS uma aceleração de 1 m/s e elevou em 1,8 km a altura média de sua órbita, até 392,2 km. 

A correção de órbita da plataforma espacial é um procedimento de rotina, já que essa perde entre 100 m e 150 m de altura a cada dia devido à gravitação terrestre, a atividade solar e outros fatores. Uma expedição formada por três tripulantes está atualmente a bordo da ISS: os astronautas russos Anton Shkaplerov e Anatoli Ivanishin e o americano Daniel Burbank. 

Fonte: Terra

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

ASTRONOMOS DESCOBREM 18 NOVOS PLANETAS FORA DO SISTEMA SOLAR



Uma equipe de astrônomos do Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech), nos Estados Unidos, anunciou a descoberta 18 novos planetas fora do Sistema Solar. Segundo os pesquisadores, este é o maior número de exoplanetas encontrados de uma só vez percorrendo a órbita de estrelas com massas maiores que o Sol. 

Exoplaneta GJ 1214b, um dos astros descobertos por pesquisas recentes. Foto: L. Calçada / ESO
Apenas a sonda Kepler, lançada em 2009 pela Nasa somente com o objetivo de detectar exoplanetas que possam reunir condições para abrigar a vida, conseguiu encontrar um número superior: até agora foram mais de 1,2 mil possíveis novos planetas, que ainda precisam ser confirmados por novos estudos. 

Já os cientistas californianos usaram telescópios do Observatório Keck, localizado no Havaí, e confirmaram os dados coletados com a ajuda dos observatórios McDonald, no Texas, e Fairborn, no Arizona. 

Para encontrar novos planetas, os astrônomos buscam por estrelas com pertubações no brilho, que podem ser traços de astros que orbitem ao seu redor. No caso da pesquisa agora divulgada em uma publicação especial da revista "The Astrophysical Journal", todos os exoplanetas possuem uma massa parecida com a de Júpiter e orbitam a distâncias parecidas com a Terra em relação ao Sol. Ao todo, foram pesquisadas 300 estrelas.

Os autores do estudo acreditam que os novos planetas reforçam a ideia de que planetas podem ser gerados a partir de discos de poeira e gás ao redor das estrelas em formação. Eles ainda argumentam ser possível que o tamanho da estrela determine planetas maiores ou menores. 
Outra interpretação seria o acúmulo de gás e poeira em grandes "bolas" que eventualmente se transformariam em planetas, tese que não condiz com as observações feitas pelo time californiano. 

Atualmente, o número de exoplanetas conhecidos e confirmados já ultrapassou 600. 
Fonte: G1

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

VOYAGER DETECTA RAIOS INÉDITOS NA VIA LÁCTEA


Pela primeira vez, cientistas conseguiram detectar emissões Lyman-alfa na Via Láctea. Essa radiação ultravioleta é uma luz brilhante, gerada pela interação entre átomos de hidrogênio, o elemento mais abundante do Universo. 
Ilustração da sonda Voyager. Créditos: Nasa
Fora da nossa galáxia, essa de radiação já tinha sido detectada. Em locais distantes, é considerada um indicador de estrelas em formação. 

Na nossa própria galáxia, porém, nunca tínhamos conseguido perceber essas emissões, justamente porque elas não podem ser captadas na Terra. Nossa "proximidade" do Sol (pouco menos de 150 milhões de quilômetros) faz com que a luz emitida por ele impeça a chegada dos raios Lyman-alfa. 

A descoberta foi feita com dados obtidos pelas sondas Voyager, lançadas em 1977, que já atingiram os limites do Sistema Solar. Com eles, uma equipe de cientistas liderada pela francesa Rosine Lallement, da Universidade de Paris, escreveu um estudo publicado na edição desta quinta-feira (1º) da revista "Science". 

No artigo, os cientistas sustentam que a emissão tem origem em regiões de formação de estrelas, e acreditam que a detecção desses raios na nossa própria galáxia vai fornecer dados mais precisos para estudos futuros. 

Fonte: G1

domingo, 4 de dezembro de 2011

VERY LARGE TELESCOPE COM IMAGEM DE UMA NEBULOSA DISTANTE


Astrônomos usando dados do Very Large Telescope do ESO (VLT), no Observatório de Paranal, no Chile, fizeram um composto impressionante da nebulosa Messier 17, também conhecida como Nebulosa Omega ou Nebulosa do Cisne. A pintura-como a imagem mostra vastas nuvens de gás e poeira iluminada pela intensa radiação de estrelas jovens.
A imagem mostra uma região central cerca de 15 anos-luz, embora a nebulosa inteira é ainda maior, cerca de 40 anos-luz total.Messier 17 está na constelação de Sagitário (o arqueiro), cerca de 6000 anos-luz da Terra. É um destino popular para os astrônomos amadores, que podem obter imagens de boa qualidade usando pequenos telescópios. VLT Estas observações profundas foram feitas em comprimentos de onda do infravermelho próximo com o instrumento ISAAC. Os filtros utilizados foram J (1,25 mM, mostrado em azul), H (1,6 mM, mostrado em verde) e K (2,2 mM, mostrados em vermelho). No centro da imagem é um aglomerado de estrelas massivas jovens cuja intensa radiação faz com que o brilho de gás em torno de hidrogênio. A parte inferior direita do aglomerado é uma enorme nuvem de gás molecular. Em comprimentos de onda visíveis, grãos de poeira na nuvem obscura nosso ponto de vista, mas pela observação em luz infravermelha, o brilho do gás hidrogênio por trás da nuvem pode ser vista brilhando fracamente através. Escondidos na região, que tem uma aparência avermelhada escura, os astrônomos encontraram a silhueta opaca de um disco de gás e poeira. Embora seja pequeno nessa imagem, o disco tem um diâmetro de cerca de 20 000 UA, superando o nosso Sistema Solar (1 UA é a distância entre a Terra eo Sol). Pensa-se que este disco está girando e alimentação de material em uma proto-estrela central - um estágio inicial na formação de uma nova estrela.

A pesquisa para que essas observações foram feitas originalmente foi descrita em ESO imprensa eso0416 .
Crédito:
ESO / R. Chini

sábado, 3 de dezembro de 2011

LHC FARÁ COLISÕES PESADAS EM BUSCA DO BIG BANG


LHC começa fase de colisões pesadas

Esta é uma imagem de uma colisão real de núcleos de chumbo, captada pelo experimento ALICE. Os traços representam o caminho das partículas, os "cacos" que voam para todos os lados depois da colisão.[Imagem: Cern]

                    Colisões de prótons

O LHC Large Hadron Colliderterminou sua tarefa de coletar dados em busca do cada vez mais elusivo Bóson de Higgs.Mas descobrir o que dá massa à matéria é apenas um dos interesses do maior experimento científico do mundo.

Agora ele vai se voltar para o início do Universo, recriando as condições que se acredita estivessem presentes logo após o Big Bang.

Para procurar o Bóson de Higgs, o LHC colidiu pares de prótons, até produzir 6 femtobarns inversos de dados, cerca de três vezes mais do que as caçadas anteriores.
Colisões de íons de chumbo
Nesta nova etapa, em busca do início do Universo, o LHC vai começar a colidir íons de chumbo.
Essas colisões produzem aglomerados de matéria muito densa e quente, recriando as condições nos primeiros momentos após o Big Bang.

Universo era líquido logo depois do Big Bang
Os cientistas esperam obter cerca de 10 vezes mais dados este ano do que obtiveram em 2010, o que permitirá que eles estudem o plasma de quark-glúons em mais detalhes.
Eles querem sondar melhor como o comportamento da matéria varia com a temperatura perto do estado de plasma de quark-glúons.

Colisões de prótons com íons de chumbo
Eles também tentarão colidir prótons com os íons de chumbo, algo nunca feito antes no LHC.
Estas colisões são mais limpas do que as que envolvem pares de íons de chumbo.
Os dados resultantes podem ser úteis como uma referência para interpretar as mais confusas colisões chumbo-chumbo - os cientistas precisam entender melhor as colisões do chumbo "limpo" para depois analisarem as colisões chumbo com chumbo.

Super energias
O LHC será desligado no início de dezembro, e religado em Março de 2012, para novas seções de colisões próton-próton, possivelmente com uma energia um pouco maior, de 8 teraelétron-Volts (TeV), em comparação os 7 TeV deste ano.
O LHC foi projetado para trabalhar com energias de 14 TeV, mas um sério defeito quando ele foi ligado inicialmente fez com que os cientistas reduzissem sua capacidade operacional por segurança.

LHC vai começar a funcionar com apenas metade da capacidade prevista
De qualquer forma, a energia mais elevada a ser alcançada em 2012 vai melhorar a sensibilidade ao Bóson de Higgs em cerca de 30 por cento, e poderá também ajudar a revelar sinais da supersimetria, uma extensão do modelo padrão da física de partículas.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

NOVA MISSÃO A MARTE É DE ALTO RISCO, ADVERTE ESPECIALISTA

O astrônomo britânico que líderou uma missão fracassada a Marte, a Beagle 2, disse ao programa Material World da BBC Radio 4 que a nova missão americana ao Planeta Vermelho, o Mars Science Laboratory, é de altíssimo risco. 



Cratera Gale, onde o robô Curiosity deve pousar em Marte. Imagem: Nasa/Divulgação
Colin Pillinger, professor de Ciências Planetárias da Open University da Grã-Bretanha, comentou que nesta sexta-feira, um dia antes do dia marcado para o lançamento da nova missão americana, o clima entre seus colegas na Nasa deve ser de preocupação. 

Desde a década de 1960, dezenas de missões robóticas foram direcionadas a Marte, com o intuito de coletar informações sobre as condições do planeta e sua história, além de abrir caminho para uma possível missão tripulada. 

A maior parte dessas missões fracassou, levando cientistas a ponderar, brincando, sobre a existência de um grande diabo galáctico que se alimentaria de sondas enviadas a Marte. Outros falam da "maldição" do Planeta Vermelho. 

O caso mais recente de missão fracassada a Marte - ou quase fracassada, já que os cientistas ainda estão tentando salvá-la - foi o lançamento da sonda russa Phobos-Grunt, no dia 9 de novembro. 

Apesar de ter sido lançada com sucesso, os cientistas russos não conseguiram colocar a nave na direção correta (seu destino seria uma das luas de Marte) e a missão está presa na órbita da Terra. 

Depois de duas semanas de tentativas, a Agência Espacial Europeia conseguiu estabelecer contato com a sonda.

Agora, a agência europeia está trabalhando com cientistas russos para identificar o problema da sonda e consertar seu motor. 

"Eles não conseguem dar ignição no motor", disse Pillinger. "As baterias da nave estão acabando e uma vez que isso aconteça, será o fim da missão". 

Ele explicou que o caso da missão liderada por ele, a Beagle 2, lançada em 2003, foi diferente: 

"A Beagle chegou a Marte mas foi na descida que o problema aconteceu. A descida é sempre a fase mais difícil." 

Pillinger disse que o grande desafio em missões como essas não é necessariamente a distância. 

"Podemos ir muito mais longe. Hoje mesmo estávamos discutindo a possibilidade de irmos às luas do planeta gigante (Júpiter) para reexaminar Europa e buscar evidências de vida lá". 

Pillinger explicou que quanto mais longe vai uma missão espacial, mais falhas acontecem. 

"Cada uma dessas falhas, se você não consegue resolver o problema, significa o fim da missão", explicou. 

A estratégia usada pelos cientistas é criar duplicatas de cada sistema. Quando um aparelho falha, o outro assume seu lugar. 

"Você constrói as naves com a maior quantidade de sistemas duplicados possível, mas há um limite, porque quanto mais você constrói, maior e mais complicada fica a nave", diz ele. 

"O problema da Beagle é que ela tinha tão pouca massa que não podíamos construir nenhum sistema duplicado", observa. 

"No caso da Phobos-Grunt, eles tinham alguns sistemas duplicados, mas não tinham um sistema duplicado na área de telecomunicações da nave." 

Neste sábado, os americanos estão lançando a missão Mars Science Laboratory, cuja estrela é a imensa sonda Curiosity. 

Pillinger disse que a missão enfrenta agora riscos muito altos. 

"A Nasa descobriu no passado que é um risco alto aterrissar em Marte, e a maioria dos êxitos alcançados foram situações onde havia duas naves duplicando o sistema inteiro", disse. "Assim, se uma dá errado, eles aprendem com isso e asseguram que a outra tem melhores chances." 

"Eles estão preparados para fazer isso com as últimas sondas que enviaram a Marte. Eles esperavam aterrissar a Spirit em uma parte mais tranquila de Marte na antecipação de que aprenderiam mais com essa missão para depois lançarem a Opportunity a um ponto geológico mais interessante. No final, as duas quebraram", explica. 

Na verdade, a sonda Opportunity não quebrou. Depois de cerca de sete anos explorando Marte, ela se prepara para enfrentar o rigoroso inverno marciano e os cientistas da Nasa não acreditam que a sonda sobreviva ao frio extremo. 

"Dois terços das missões fracassam", disse Pillinger. Quanto às chances de sucesso da nova missão americana, Pillinger hesitou em arriscar um palpite. 

"As chances são tão boas quanto os engenheiros puderem assegurar. Você testa, testa e testa e nunca lança algo que não tenha chances de sucesso", disse 

Pillinger contou que a nova missão é um grande experimento. "Eles vão testar um novo sistema de aterrissagem." 

"A Curiosity é do tamanho de um carro pequeno, o maior veículo já lançado. Já a Beagle 2 era do tamanho de uma roda de carro", observa. 

"Na Beagle, nós usamos um sistema em que a nave é embalada com sacos cheios de gás e acoplada a um paraquedas. Quando ela toca o chão, ela joga os sacos fora e vai embora", disse. 

"Dessa vez, eles vão sobrevoar o local e baixar o veículo com cabos. Quando a sonda tocar o chão, vão cortar os cabos", explica. "É um grande experimento, e de alto risco. Eles têm uma chance única de sucesso." 

"Alguns engenheiros da Nasa devem estar extremamente preocupados, mas devem estar também confiantes de que fizeram o melhor possível", disse. 

O grande tamanho da sonda Curiosity se deve ao fato de que ela não será movida a energia solar. O robô é munido de um gerador radioativo que lhe fornece energia constantemente, permitindo que ele viaje para mais longe e mais rapidamente. 

E enquanto explora Marte, o robô estará procurando respostas para a pergunta que há muito tempo os cientistas tentam responder: haveria sinais de vida no Planeta Vermelho? 

"Eles vão fazer experimentos que vão contribuir muito nessa direção", disse Pillinger. "Está carregando exatamente os instrumentos que eu teria escolhido." 

Fonte: Estadão

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

DISTANTES CLUSTER MS 1.008,1-1.224


O cluster de galáxias distantes MS 1.008,1-1224 é cerca de 3 bilhões de anos-luz distante (redshift z = 0,301). As galáxias neste cluster - que observamos como eles foram de 3 bilhões de anos atrás - são diferentes das galáxias na nossa vizinhança; suas populações estelares, em média, são mais jovens.
Esta é uma imagem VRI composto com as exposições individuais com duração de 300 segundos, qualidade de imagem 0,8 segundos de arco FWHM; campo 5 x 3 arcmin 2 ; Norte é para a direita e Oriente é para cima.
Crédito:
ESO