MARAVILHA DO UNIVERSO

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domingo, 14 de agosto de 2011

TELESCÓPIO CHANDRA REGISTRA A IMAGEM DA MÃO DE DEUS NUM MOMENTO DE CRIAÇÃO DE UM DOS MAIS PODEROSOS OBJETOS DO UNIVERSO

Quando se fala em galáxias, estrelas e universo, a primeira coisa que impressiona são os números verdadeiramente astronômicos relacionados a eles. São valores tão grandes que até para medi-los é necessário o uso de uma unidade também gigantesca, chamada de ano-luz, equivalente a mais de 9 trilhões de quilômetros. Algumas vezes, no entanto, nos deparamos com objetos bastante pequenos, mas de energia tão intensa que fica difícil de compará-los a algo conhecido aqui na Terra.

Um desses objetos é um pulsar de aproximadamente 1700 anos de idade localizado a 17 mil anos-luz da Terra. O objeto é realmente pequeno, com menos de 20 quilômetros de diâmetro, mas apesar de suas pequenas dimensões é responsável por uma gigantesca nebulosa de raios-x que se expande por mais de 150 anos-luz desde seu centro.
O pulsar em questão, conhecido como PSR B1509-58, é uma estrela de nêutrons que rotaciona em velocidade muito alta, jorrando enormes feixes de energia ao redor do espaço, criando complexas e intrigantes estruturas. Na imagem mostrada, captada pelo telescópio espacial Chandra, os raios-x de menor energia são vistos em vermelho, enquanto os de média energia são destacados em verde e os mais energéticos em azul.
Uma estrela de nêutrons é o que resta quando uma estrela de grande massa esgota seu combustível nuclear e desmorona, produzindo um núcleo muito pequeno e altamente denso. No caso de B1509, seu período de rotação é de 7 revoluções por segundo, lançando energia ao seu redor a uma taxa realmente impressionante, provavelmente devido ao intenso campo magnético de sua superfície estimado em nada menos que 15 trilhões de vezes o campo magnético da Terra.
A combinação da rápida rotação e do campo magnético ultra-intenso faz de B1509 um dos mais poderosos geradores eletromagnéticos da Galáxia. Esse gerador produz um intenso vento energético de íons e elétrons que se propaga pela nebulosa, ionizando o gás ao redor e produzindo a bela imagem no espectro dos raios-x, captada pelo telescópio espacial.

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