MARAVILHA DO UNIVERSO

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Contemple a Maravilha do Universo

quinta-feira, 25 de abril de 2013

SERÁ A ESTRELA MAIS DISTANTE JÁ OBSERVADA?


As observações ultravioletas do GALEX revelam brilhantes nós de formação estelar na cauda de IC 3418. A imagem do topo à esquerda é uma imagem óptica obtida pelo Telescópio do Canadá-França-Hawaii, que mostra a brilhante supergigante azul no meio. O espectro óptico da estrela (em baixo, à direita), obtido pelo Telescópio Subaru, mostra apenas uma linha brilhante de emissão vermelha (H-alpha) devido ao vento estelar e nenhum do outros sinais frequentes das regiões de formação estelar. Crédito: NAOJ/CFHT/GALEX/Y. Ohyama e A. Hota
Quão distante está a estrela mais longínqua que conseguimos observar? Youichi Ohyama (Academia Sinica, Taiwan) e Ananda Hota (Centro UM-DAE para Excelência nas Ciências Básicas, Índia) podem ter uma resposta.
Usando observações ópticas e ultravioletas de vários instrumentos, a dupla identificou o que pode ser a estrela mais distante já observada espectroscopicamente - a uns vertiginosos 55 milhões de anos-luz de distância. O objeto é uma fonte compacta chamada SDSS J122952.66+112227.8, uma bolha brilhante e azulada na cauda gasosa e grumosa da galáxia IC 3418, com 55.000 anos-luz de comprimento. IC 3418 está caindo na direção do aglomerado de galáxias de Virgem, e é provavelmente formada devido à pressão dinâmica do quente meio intra-aglomerado, que arranca o frio gás galáctico em queda. O brilho da cauda em comprimentos de onda ópticos e ultravioletas sugere que as estrelas estão se formando dentro do seus invólucros, e por isso Ohyama e Hota decidiram observá-los em mais detalhe. Usando o espectrógrafo FOCAS acoplado ao Telescópio Subaru e imagens de telescópios terrestres e espaciais, a dupla descobriu que SDSS J1229 não tem muitas das linhas de emissão esperadas numa região de formação estelar. Em vez disso, as suas impressões digitais espectrais coincidem com a emissão de uma supergigante azul, uma estrela do tipo-O, massiva e quente, que chegou ao fim da sua fase de fusão de hidrogênio.
É impossível determinar se a sua emissão é proveniente de uma ou várias estrelas, mas os autores pensam que uma única supergigante azul seria brilhante o suficiente para explicar as características. A confirmação vai demorar: os instrumentos atuais simplesmente não têm a resolução necessária, por isso os astrônomos terão que esperar pelo planeado Telescópio de Trinta Metros ou por outros futuros parentes gigantes. "No meu ponto de vista, não é realmente importante saber se existe uma supergigante ou mais estrelas desse tipo," afirma Mattia Fumagalli (Universidade de Leiden, Holanda), que concorda que pelo menos uma tal estrela deve estar presente para explicar as características espectrais. "O estudo mostra claramente que a espectroscopia estelar de estrelas super-luminosas vai ser viável às distâncias do enxame de Virgem, onde as condições são muito diferentes das que temos na nossa Via Láctea."
Normalmente, a formação de estrelas ocorre em nuvens moleculares gigantes, vastos complexos gasosos e frios, onde nós densos colapsam sob a sua própria gravidade para formar estrelas. As caudas amontoadas de IC 3418 e um punhado de outras galáxias são diferentes. Estas nuvens estão abalroando plasma com temperaturas 1 milhão de graus superiores, a milhares de quilômetros por segundo. Nestes ambientes a turbulência pode ser mais importante do que a gravidade, com remoinhos formando densas pepitas gasosas que podem arrefecer rapidamente e colapsar para formar estrelas. O estudo de IC 3418 e ambientes similares pode ajudar os astrônomos a melhor compreender a formação estelar nestes locais excêntricos.

sábado, 20 de abril de 2013

ASTRÔNOMOS REVELAM REATOR DE FUSÃO EXTINTO



Impressão de um artista da jovem estrela anã branca, extremamente quente  H1504 65, como visto de uma distância semelhante à da Terra a partir do sol. 
(Ilustração:. Univ of Leicester).

Uma equipe internacional de astrônomos, estudando os restos que sobraram de estrelas como o nosso Sol, encontraram um objeto notável onde o reator nuclear que, uma vez a fusão nuclear o tenha alimentado em bilhões  e que  agora está apenas se desligando. 
Esta estrela, mais quente do anão conhecido branco, H1504 65 , parece ter sido despojado de suas regiões inteiras externas durante sua agonia, deixando para trás o núcleo que formou a sua usina.
Cientistas do Reino Unido, Alemanha e EUA focaram dois dos telescópios espaciais da NASA, o Chandra X-ray Observatory e o Explorer Far Ultraviolet Spectroscopic (FUSE), para H1504 65 para sondar a sua composição e medir sua temperatura. Os dados revelaram que a superfície estelar é extremamente quente, 200.000 graus, e é virtualmente livre de hidrogênio e hélio, algo nunca antes observado em qualquer estrela. Em vez disso, a superfície é composta principalmente de carbono e de oxigénio, as "cinzas" da fusão de hélio num reactor nuclear. Uma questão importante que temos de responder é por que esta estrela única perdeu o hidrogênio e o hélio, que costumam esconder o interior estelar do nosso ponto de vista?
Professor Martin Barstow (Universidade de Leicester), disse. "Estudar a natureza das cinzas de estrelas mortas pode nos dar pistas importantes sobre a forma como estrelas como o Sol vivem suas vidas e acabam por morrer.
 O lixo nuclear de carbono e oxigênio produzido no processo são elementos essenciais para a vida e, eventualmente, são reciclados para o espaço interestelar para formar novas estrelas, planetas e, possivelmente, os seres vivos. "
Professor Klaus Werner (Universidade de Tübingen), disse. "Nós percebemos que esta estrela tem, em escalas de tempo astronômicos, só muito recentemente fechou a fusão nuclear (cerca de uma centena de anos atrás). Vemos claramente o reator, nua agora extinto que uma vez alimentou uma estrela gigante e brilhante. "
Dr. Jeffrey Kruk (Johns Hopkins University) disse: "Os astrônomos previram há muito tempo que muitas estrelas teria carbono-oxigênio nos núcleos perto do fim de suas vidas, mas eu nunca esperava que seria realmente capaz de ver um. Esta é uma excelente oportunidade para melhorar a nossa compreensão do ciclo de vida das estrelas. "
Os raios-X Chandra dados também revelam as assinaturas de neon, um esperado subproduto da fusão do hélio. No entanto, uma grande surpresa foi a presença de magnésio em quantidades semelhantes. Este resultado pode fornecer uma chave para a composição única de H1504 65 e validar as previsões teóricas que, se grande o suficiente, algumas estrelas podem estender suas vidas trocando por outra fonte de energia: a fusão de carbono em magnésio. No entanto, como o magnésio também podem ser produzidos por fusão de hélio, a prova da teoria ainda não é rígida. O elo final no quebra-cabeça seria a detecção de sódio, o que exigirá dados do observatório ainda outra: o Telescópio Espacial Hubble. A equipe já foi teve tempo concedido no Telescópio Espacial Hubble para procurar sódio em H1504 +65 no próximo ano, e, com sorte, descobrir a resposta final quanto à origem desta estrela única.
Este trabalho será publicado em julho no "Astronomy & Astrophysics" do jornal.
O Chandra X-ray Observatory e o Explorer Far Ultraviolet Spectroscopic (FUSE) foram ambos lançados em órbita pela NASA em 1999. Os seus instrumentos podem fazer uso de uma técnica chamada de espectroscopia, que espalha a luz obtida a partir de objectos astronómicos nos respectivos raios-X e raios ultravioleta "cores", à luz visível mesmo modo é disperso em arco-íris, naturalmente, por gotículas de água na atmosfera, ou artificialmente, por um prisma. Quando estudado em detalhes cada espectro é uma "impressão digital" única, que nos diz o que elementos estão presentes e revela as condições físicas do objeto que está sendo estudado.

segunda-feira, 15 de abril de 2013

NASA QUER REBOCAR ASTERÓIDE ATÉ A LUA; AFIRMA SENADOR


Nasa quer rebocar asteróide até à Lua
A Nasa (Agência Espacial Norte-Americana) quer capturar um pequeno asteroide e puxá-lo para a órbita da Lua como parte de um plano de longo prazo de estabelecer postos tripulados e permanentes no espaço, afirmou um senador norte-americano.
Para tirar o projeto do papel, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disponibilizará cerca de US$ 100 milhões à Agência Espacial em seu orçamento de 2014, que ele submeteu ao Congresso na quarta-feira (10), anunciou o senador Bill Nelson em comunicado.
"Isto faz parte daquilo que será um programa muito mais amplo", explicou o senador democrata. "O plano combina a ciência de mineração em um asteroide, o desenvolvimento de métodos para desviá-lo, bem como encontrar um lugar para desenvolver formas de viajar até Marte."
O plano prevê que uma nave robô capture o asteroide e o puxe na direção da Terra, deixando-o em uma órbita estável ao redor da Lua, perto o suficiente para que, dentro de oito anos, astronautas possam ir em sua direção.
Estudos desde 2012 
Um plano similar foi proposto em 2012 por especialistas do Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech) - e o grupo, juntamente com outros altos cientistas de campo, prepararam, desde então, um estudo detalhado sobre a possibilidade de execução do projeto.
"Seria a primeira tentativa da humanidade de modificar os céus para possibilitar o estabelecimento permanente de seres humanos no espaço", afirmaram os cientistas em relatório.
Segundo análises de especialistas, a intenção de Obama de enviar uma missão tripulada para um asteroide próximo à Terra até 2025 é impossível, em vista dos atuais e projetados níveis de financiamento da Nasa.
Mas usar um veículo não-tripulado para trazer um asteroide de 500 toneladas para perto de casa mudaria o jogo e levaria os seres humanos a um asteroide até 2021, quatro anos antes do prazo final.
Uma vez estando lá, "haveria atividades de mineração, pesquisa sobre formas de desviar o asteroide da rota de colisão com a Terra e os testes do desenvolvimento de uma tecnologia para uma viagem rumo ao espaço sideral e ao planeta Marte", destacou comunicado do senador.

quinta-feira, 11 de abril de 2013


BURACO NEGRO ABSORVE PLANETA 15 VEZES MAIOR QUE JÚPITER




Ilustração mostra a ação do buraco negro sobre o planeta (à esquerda). Créditos: ESA
O buraco estava "adormecido" há mais de 30 anos e demorou três meses para desviar o planeta de sua trajetória e absorver 10% de sua massa.
Um grupo de astrofísicos detectou um planeta com uma massa 15 vezes maior que a de Júpiter e que foi absorvido por um buraco negro em uma galáxia situada a 47 milhões de anos-luz da via Láctea, informou nesta terça-feira a Universidade de Genebra.
Os cientistas notaram um sinal luminoso que vinha de um buraco negro situado no centro da galáxia NGC 4845, cuja massa é 300 mil vezes superior à do Sol. O buraco estava "adormecido" há mais de 30 anos, segundo a Universidade em um comunicado.
"Foi uma observação totalmente inesperada em uma galáxia que esteve tranquila durante ao menos 20 ou 30 anos", afirmou Marek Nikojuk, da Universidade de Bialystok, na Polônia, o principal autor de um artigo publicado na revista Astronomy & Astrophysics, em declarações difundidas pela Agência Espacial Europeia (ESA).
Segunda a revista, o buraco negro demorou três meses para desviar o planeta de sua trajetória e absorver 10% de sua massa total. O resto permaneceu em órbita.
O satélite europeu Integral, com o qual também colaboram a agência espacial americana (Nasa) e a Rússia, tornou possível a observação.

Fonte: Terra

sábado, 6 de abril de 2013

CIENTISTAS ANINCIAM DESCOBERTA DO PRIMEIRO INDÍCIO DE MATÉRIA ESCURA




Técnico examina o Espectrômetro Magnético Alfa no Kennedy Space Center da Nasa, enquanto o módulo ainda estava na Terra. Foto: AP
Um projeto orçado em US$ 2 bilhões e realizado na Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) está muito perto de explicar um dos maiores mistérios do universo. Uma equipe internacional de cientistas afirmou nesta quarta-feira que o detector de raios cósmicos encontrou o primeiro indício da matéria escura, algo que nunca foi observado diretamente.
Os cientistas do Centro Europeu de Pesquisa Nuclear (Cern) apresentaram hoje os primeiros resultados das pesquisas com o Espectrômetro Magnético Alfa (AMS, na sigla em inglês), que está no espaço há dois anos. Os resultados apontam para a existência de um novo fenômeno na física que poderia ser classificado como a matéria desconhecida.
O Nobel de física Samuel Ting, que lidera a equipe do laboratório europeu localizado nas proximidades de Genebra, na Suíça, disse que espera uma resposta mais conclusiva nos próximos meses. O anúncio se baseia na descoberta de um excesso de pósitrons - partículas subatômicas com carga positiva, equivalentes ao elétron da matéria escura. Cerca de 400 mil pósitrons foram encontrados pelo AMS.
Matéria escura 
A matéria escura não emite luz e não pode ser detectada por telescópios - é uma matéria invisível misteriosa que só pode ser detectada de modo indireto pela força gravitacional que exerce. Especialistas sugerem que ela é formada por partícula massivas que interagem fracamente (WIMPs, na sigla em inglês) - que praticamente nunca interagem com partículas normais de matéria. Acredita-se que essa substância constitui mais de 80% de toda a matéria do universo.
O excesso de pósitrons tem sido observado por mais de 20 anos, e sempre despertou interesse da comunidade científica. O AMS é o primeiro experimento a provar em detalhes a natureza desse excesso e classificá-lo como antimatéria, informou o físico Samuel Ting ao apresentar os resultados da descoberta.
Os cientistas afirmam que observaram muitos novos fenômenos nesse espectro de pósitrons. Em breve, garantem, a origem desse excesso será compreendida. A matéria escura é uma parte integrante das teorias que explicam como é que as galáxias se formam e evoluem.
Espectrômetro Magnético Alfa 
O Espectrômetro Magnético Alfa permanecerá no espaço por duas décadas. Esse módulo chegou à ISS em 2011 como parte da última missão do ônibus espacial Endeavour. O espectrômetro mede partículas de raios cómicos no espaço em busca de pistas sobre a matéria escura e a antimatéria. Depois de detectar bilhões dessas partículas ao longo de um ano e meio, o experimento registrou um sinal que pode ser o resultado da matéria escura.
O experimento foi realizado no espaço depois que todas as tentativas de detecção de matéria escura em laboratórios na Terra falharam. Desde maio de 2011, o detector do espectrômetro já mediu 6,8 milhões de pósitrons e elétrons.

terça-feira, 2 de abril de 2013

A SUPERNOVA ``1987 A ´´ EM SUPER NOVA IMAGEM



Imagem da explosão de supernova em 3D

Astrônomos utilizaram o Telescópio Muito Grande (VLT, na sigla em inglês), do Observatório Europeu do Sul (ESO, na sigla em inglês), para capturar a primeira imagem tridimensional de uma explosão estelar, também conhecida como supernova.
A escolhida foi a SN 1987A, na Grande Nuvem de Magalhães, uma galáxia vizinha à nossa. Essa supernova foi descoberta em 1987 e foi a primeira a ser vista a olho nu em 383 anos.
As estrelas de grande massa morrem de uma maneira particular, através de uma gigantesca explosão, arremessando uma grande quantidade de material no espaço. A descoberta de SN 1987A permitiu aos astrônomos estudarem melhor esse fenômeno com detalhes nunca antes vistos.
O estudo dessa supernova permitiu, por exemplo, a primeira detecção de neutrinos do núcleo interno da estrela, de elementos radioativos produzidos durante a explosão, a formação de poeira após o fenômeno, entre muitas outras descobertas sobre a morte das grandes estrelas.
Com as novas observações do VLT, o ESO afirma que os astrônomos serão capazes de reconstruir em 3D as partes centrais da explosão. Os cientistas já descobriram que a explosão foi mais forte e rápida em determinadas direções do que em outras, o que levou a um formato irregular, com algumas partes se alongando mais.
O primeiro material ejetado da supernova viajou a 100 milhões de km/h, cerca de 10% da velocidade da luz e 100 mil vezes mais rápido que um jato de passageiros. Apesar da velocidade, esse material demorou 10 anos para atingir o anel de gás e poeira que é formado na fase final da vida da estrela. As imagens indicam que outra onda de material emitido pela explosão viaja cerca de 10 vezes mais lentamente e é aquecido pelos elementos radioativos criados pelo fenômeno.
"Calculamos a distribuição de velocidades do material ejetado pela Supernova 1987A", diz a autora principal do estudo Karina Kjær. "Ainda não compreendemos bem como explode uma supernova, mas o modo como a estrela explodiu encontra-se imprimido no material mais interior. Podemos ver que este material não foi ejetado simetricamente em todas as direções, mas parece ter uma direção privilegiada. Além disso, essa direção é diferente daquela que esperávamos, baseados na posição do anel."
As observações comprovariam modelos feitos em computador de como explodem essas estrelas. Esses modelos já mostravam o comportamento assimétrico e também indicavam instabilidades de larga escala na supernova.
Fonte: ESO