sábado, 31 de dezembro de 2011
ASTRONOMOS ACREDITAM QUE QUASARES FORAM OS PRIMEIROS OBJETOS FORMADOS NO UNIVERSO PRIMORDIAL
Não sabemos exactamente quando e como é que as galáxias, estrelas e eventualmente planetas se formaram no Universo primitivo. Quando os astrónomos olham para objectos muito longínquos, eles estão a retroceder no tempo, até às épocas do Universo muito jovem, pois a luz desses objectos precisou de milhares de milhões de anos para chegar à Terra. Esses objectos fornecem informação sobre as condições do Universo primitivo.
Em Outubro de 2002, uma equipa liderada por W. Freudling (ESO) utilizou a câmara de infravermelhos NICMOS (acrónimo do inglêsNear Infrared Camera and Multi-Object Spectrograph), no telescópio espacial Hubble(ESA/NASA), para observar três dos quasares mais distantes que se conhecem. Estes quasares possuem desvios para o vermelho
(uma medida da distância a que se encontram) entre 5,78 e 6,28. A luz destes três quasares viajou 12,8 mil milhões de anos antes de chegar ao espectrógrafo do Hubble e deixou os quasares 900 milhões de anos depois do Big Bang.
Os espectros mostram, claramente, sinais de grandes quantidades de ferro. O ferro não é criado pelo Big Bang, mas mais tarde, em estrelas. As estrelas são fábricas nucleares que processam elementos leves, como o hidrogénio e o hélio, em elementos sucessivamente mais pesados, como o azoto, o carbono e o ferro. Por isso, até se poder detectar ferro no Universo, estrelas têm de se formar, queimar o seu combustível e explodir. Este processo leva tempo, entre 500 a 800 milhões de anos. Assim, o ferro detectado nos quasares terá sido fabricado em estrelas que nasceram tão cedo quanto 200 milhões de anos após o Big Bang. Esta terá sido a primeira geração de estrelas que se formou logo depois do Big Bang.
O facto das primeiras estrelas terem aparecido tão cedo, correspondente a um desvio para o vermelho de 20, vem contrariar o que se julgava até agora, mas encontra-se de acordo com os resultados recentes da sonda de microondas Wilkinson Microwave Anisotropy Probe (WMAP) da NASA.
O Hubble encontra-se acima da atmosfera terrestre, o que lhe permite detectar a região do espectro electromagnético do infravermelho que inclui a assinatura do ferro, a cerca de 1,6-1,7 mícrones
. Este intervalo de comprimentos de onda é absorvido pela nossa atmosfera e por isso não é observável com telescópios terrestres.
A detecção de ferro tão cedo na história do Universo mostra que os ingredientes básicos para planetas e vida estavam presentes desde muito cedo, pelo menos em alguns locais - compare-se com a idade da Terra, que é de 4,6 mil milhões de anos.
Os resultados sugerem que as primeiras estrelas formaram-se antes dos buracos negros de massa elevada que se encontram no centro dos quasares. Outras observações já tinham revelado que os primeiros quasares são ligeiramente anteriores a 900 milhões de anos após o Big Bang, o que significa que as primeiras estrelas precederam-nos por algumas centenas de milhões de anos. A criação dos buracos negros de massa elevada continua um mistério, embora a data de nascimento das primeiras estrelas possa ser uma pista valiosa.
Este é o primeiro grande resultado científico obtido com o instrumento NICMOS, que foi revitalizado durante a missão de serviço Hubble Servicing Mission 3B. Esta foi a última missão bem sucedida antes da perda do vaivém Columbia a 1 de Fevereiro de 2003. Os autores dedicaram o artigo publicado na revistaAstrophysical Journal Letters em 20 de Abril, 2003, à memória da tripulação do Space Shuttle Columbia.
FELIZ ANO NOVO!!
sexta-feira, 30 de dezembro de 2011
CIENTISTAS ENCONTRAM BURACOS NEGROS GIGANTES
Cientistas descobriram os maiores buracos negros conhecidos até agora - cada um dos dois têm 10 bilhões de vezes o tamanho do Sol. Uma equipe liderada por astrônomos da Universidade da Califórnia, em Berkeley, descobriu os dois buracos negros gigantescos, agrupados em um bolsão de galáxias elípticas que ficam a mais de 300 milhões de anos-luz da Terra. Isso é uma distância relativamente próxima para as escalas das galáxias.
"Eles são monstruosos", disse o astrofísico Chung-Pei Ma, de Berkeley. "Nós não esperávamos encontrar esses buracos negros tão grandes porque eles têm uma massa maior que a indicada pelas propriedades das suas galáxias", disse o cientista.
Em pesquisa publicada nesta segunda-feira no jornal Nature, os cientistas sugerem que esses buracos negros podem ser restos de quasares que se amontoaram no começo do Universo. Os quasares são objetos celestes muito remotos, relativamente parecidos a estrelas. Segundo os cientistas, os buracos negros descobertos são semelhantes em massa a quasares jovens, e estavam bem escondidos até agora.
Buracos negros são objetos celestes tão densos que nada, nem mesmo a luz, pode escapar. Eles são formados pelo colapso de uma estrela gigante. Não está claro como os dois buracos negros gigantes recém-descobertos foram formados, disse Nicholas McConnell, estudante de graduação de Berkeley que é um dos autores do estudo. Para terem massa tão densa, eles precisariam ter crescido muito desde a formação do Universo, disse McConnell.
As informações são da Associated Press.
quinta-feira, 29 de dezembro de 2011
INATINGIVEL, KEPLER 22b CARREGA ESPERANÇA DE VIDA EXTRATERRESTRE
Um dos grandes anúncios da comunidade científica no ano, a descoberta do planeta
Kepler-22b mexeu com a imaginação popular. Localizado em uma região habitável
de outro sistema solar, ele renova a esperança do homem de encontrar alguma forma
de vida fora da Terra.
Com tecnologia atual, chegar ao novo planeta é algo impensável. Foto: Nasa/Ames/JPL-Caltech/Divulgación
Para Thais Russomano, PhD em fisiologia espacial e Coordenadora do Centro de Microgravidade da PUCRS, percorrer essa distância com a tecnologia existente é "algo inconcebível". "Uma nave espacial orbitando a Terra viaja a 27 mil km/h e, para romper a força gravitacional terrestre, precisa-se de 40 mil km/h. Apesar de parecer muito, não é nada se comparado à velocidade da luz, que é de 300 mil km/s. É impraticável chegarmos ao Kepler-22b com a tecnologia existente nesse início de terceiro milênio", lamenta.
Astrônomo e professor do Instituto de Física da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Kepler Oliveira concorda: "Não há nada que tenha massa que possa viajar na velocidade da luz. Muito menos numa velocidade maior", afirma o cientista.
Algumas teorias especulam uma possibilidade: o uso de dobras espaciais, também chamadas de "buracos de minhoca" (wormhole, em inglês), que serviriam como atalhos para viagens espaciais. A ideia se baseia na Teoria da Relatividade de Albert Einstein, que diz que grandes massas de gravidade aglomeradas criariam fendas no espaço-tempo, formando curvas imperceptíveis. Assim, seriam quatro dimensões: três relativas ao espaço (altura, largura e espessura) e mais uma, o tempo.
"Nesse sentido, o espaço seria dobrado, curvado, aproximando dois pontos distantes e diminuindo o tempo de passagem entre um e outro. Seria uma ponte entre duas partes distantes no espaço sideral. De forma simples, seria como pegar dois pontos de uma folha de 50 cm de comprimento e aproximá-los. Uma formiga teria de percorrer toda a superfície para passar de um ponto ao outro. Mas outro inseto poderia voar alguns milímetros e rapidamente cruzar os 50 cm do papel", explica Russomano.
Contudo, segundo Oliveira, isso é apenas teoria. "Não há qualquer esperança em atravessá-los, pois a matéria que entra neles perde qualquer informação sobre sua constituição", afirma.
Mesmo com todas as dificuldades, a descoberta de Kepler-22b estimula a imaginação dos cientistas. "Acredito que há outras formas de vida e também de vida inteligente em nossa galáxia ou em galáxias vizinhas e até nas mais distantes. Não creio ser a Terra o único planeta habitado. Então, descobrir novos mundos aptos para o desenvolvimento da vida é fundamental para o entendimento da própria vida humana, de nossa missão no Universo, do papel cósmico que temos. Uma era muito diferente surgirá no dia em que tivermos a prova de que não estamos sós. O descobrimento do Kepler-22b carrega, assim, um enorme simbolismo, mesmo que ainda inatingível", finaliza Russomano.
quarta-feira, 28 de dezembro de 2011
NASA DIVULGA FOTOS INÉDITA DE LUAS DE SATURNO
A Nasa divulgou uma imagem impressionante de duas das mais de
60 luas de Saturno. Nela, Titã - o maior dos satélites, que tem tamanho
superior ao do planeta Mercúrio - aparece acompanhado de Dione, o
terceiro maior.
A maior lua de Saturno, Titã, acompanhada de Dione, a terceira maior, com os famosos aneis do planeta ao fundo. Foto: Nasa/JPL/Divulgação
O registro divulgado hoje foi feito em 21 de maio deste ano pela sonda Cassini, que orbita o planeta. Para chegar às cores de aparência natural, foram combinadas imagens com filtros vermelho, azul e verde.
terça-feira, 27 de dezembro de 2011
RADIOTELESCÓPIOS FARÃO ESTUDOS INÉDITOS DE EXPLOSÕES SOLARES
Únicos no mundo, os radiotelescópios funcionarão de forma praticamente autônoma, transmitindo os dados para os cientistas por meio da internet. [Imagem: P.Kaufmann]
Únicos no mundo
Um grupo brasileiro de cientistas liderou a instalação de um sistema de dois radiotelescópios polarimétricos solares na Argentina.
Os instrumentos são os únicos no mundo a operar em frequências entre 20 e 200 gigahertz, preenchendo uma grande lacuna que impedia o estudo de vários aspectos relacionados às explosões solares.
Os radiotelescópios serão operados por um convênio entre o Centro de Radioastronomia e Astrofísica Mackenzie (Craam) e do observatório do Complexo Astronômico El Leoncito (Casleo), localizado em San Juan, na Argentina - onde os radioteslescópios foram instalados, alinhados e já começaram a operar
.Os dois instrumentos para ondas milimétricas permitirão a realização de observações, respectivamente, em 45 e em 90 gigahertz.
"São os únicos radiotelescópios do gênero existentes em operação no mundo. Suas medições complementarão espectros de explosões solares observadas em frequências mais elevadas feitas no Casleo - entre 200 e 400 gigahertz - e em frequências mais baixas do que 20 gigahertz, obtidas em instrumentos instalados nos Estados Unidos", disse Pierre Kaufmann, coordenador do Craam.
Clima espacial
A lacuna na faixa de frequências de 20 a 200 gigahertz não apenas tem limitado os estudos sobre determinados parâmetros das explosões solares, como tem trazido grandes complicações para a interpretações dos resultados obtidos nos instrumentos existentes.
"Trata-se de uma faixa muito crítica sobre a qual a comunidade científica não dispõe de informações. Os novos instrumentos deverão trazer informações cruciais para a interpretação das explosões solares", disse.
Os radiotelescópios terão a função de estudar mecanismos de conversão e produção de energia por trás das explosões solares. "Embora atualmente seja possível assistir com riqueza de detalhes às espetaculares ejeções de massa das explosões solares, o fenômeno físico que dá origem a todas essas manifestações é desconhecido", explicou.
Além da relevância científica, o estudo do mecanismo energético das explosões solares, segundo Kaufmann, é importante também por causa de seus subprodutos que têm impacto no planeta Terra, alterando o chamado "clima espacial".
"Embora não tenhamos detalhes sobre a física das explosões solares, é certo que esses fenômenos têm forte impacto no clima terrestre. Essas explosões liberam imensas quantidades de energia, interagindo com o espaço interplanetário e com a Terra", disse.
Radiotelescópios pela internet
Segundo Adriana Válio, também da Universidade Mackenzie, os dois radiotelescópios terão papel complementar em relação aos outros instrumentos do Casleo - com frequências de 200 a 400 gigahertz -, instalados a 60 metros de distância em El Leoncito, e instrumentos nos Estados Unidos, operados em frequências abaixo dos 20 gigahertz.
O conjunto das medições oferecerá um quadro completo da atividade solar, do nível de micro-ondas até o submilimétrico.
"Os dois novos radiotelescópios observam todo o disco solar com elevada resolução temporal de 10 milissegundos, proporcionando grandes quantidades de dados em função do tempo. Quando terminarem todas as calibrações, os instrumentos irão operar praticamente de forma remota, observando o Sol diariamente e disponibilizando os dados na internet", explicou.
Energia polarizada
"Outro fator que torna esses instrumentos exclusivos, além das frequências em que operam, é a capacidade de medir polarização. A emissão de energia do Sol é térmica e não polarizada. Mas uma explosão envolve elétrons acelerados a altas energias que espiralam em torno de linhas magnéticas com uma direção preferencial - o que faz com que sua emissão acabe sendo polarizada", disse Válio.
Com a polarização, segundo ela, é possível distinguir as explosões solares - mesmo as que são muito pequenas - de efeitos atmosféricos. "Vamos poder investigar fenômenos que nos darão informações sobre como os elétrons são injetados no campo magnético da explosão", disse.
Os radiotelescópios custaram R$395 mil, e a instalação teve orçamento de R$45 mil. Embora o custo não seja alto para instrumentos desse tipo, eles não haviam sido construídos ainda porque a fabricação de seus receptores exigia um grande esforço de desenvolvimento tecnológico.
segunda-feira, 26 de dezembro de 2011
COMANDANTE DA ISS CAPTA IMAGEM DO COMETA LOVEJOY NO HORIZONTE DA TERRA
O comandante da Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês), Dan Burbank, capturou na noite de
quarta-feira imagens espetaculares do Cometa Lovejoy enquanto passava a cerca de 240 milhas
acima do horizonte da Terra.
Burbank descreveu o cometa como a coisa mais incrível que já viu no espaço, em entrevista à WDIV-TV em Detroit.
Na última semana a agência espacial americana (Nasa) informou que trabalha na criação de um arpão capaz de atingir cometas para retirar amostras que deem indícios sobre a criação do universo. O projeto é baseado em um conceito desenvolvido pela Agência Espacial Europeia (ESA), ao qual a Nasa agregou uma câmara capaz de recolher amostras dos cometas.
Concretamente, o projeto consiste em uma máquina espacial que viaja em busca de um cometa "e que lança um arpão para retirar amostras em locais determinados, com uma precisão cirúrgica", revelou a Nasa em seu comunicado.
sábado, 24 de dezembro de 2011
NGC 2264 E O CLUSTER ÁRVORE DE NATAL
Esta imagem colorida da região conhecida como NGC 2264 - uma área do céu que inclui o baubles azuis do aglomerado de estrelas árvore de Natal e da Nebulosa Cone - foi criado a partir de dados obtidos por meio de quatro filtros diferentes (B, V, R e H- alfa) com a Wide Field Imager em La Silla do ESO, Observatório, 2400 m de altitude no Deserto do Atacama, no Chile, no sopé dos Andes. A imagem mostra uma região do espaço cerca de 30 anos-luz de diâmetro. ISSO MOSTRA QUANTO TUDO ISSO É UMA MARAVILHA. É LINDO. É ESPECIAL
CONTEMPLE A MARAVILHA DO UNIVERSO!!
CONTEMPLE A MARAVILHA DO UNIVERSO!!
Crédito:
ESO
FELIZ NATAL!
sexta-feira, 23 de dezembro de 2011
IMAGEM DO VERY LARGE DE UMA NEBULOSA DISTANTE
Astrônomos usando dados do Very Large Telescope do ESO (VLT), no Observatório de Paranal, no Chile, fizeram um composto impressionante da nebulosa Messier 17, também conhecida como Nebulosa Omega ou Nebulosa do Cisne. A pintura-como a imagem mostra vastas nuvens de gás e poeira iluminada pela intensa radiação de estrelas jovens.
A imagem mostra uma região central cerca de 15 anos-luz, embora a nebulosa inteira é ainda maior, cerca de 40 anos-luz total.Messier 17 está na constelação de Sagitário (o arqueiro), cerca de 6000 anos-luz da Terra. É um destino popular para os astrônomos amadores, que podem obter imagens de boa qualidade usando pequenos telescópios. VLT Estas observações profundas foram feitas em comprimentos de onda do infravermelho próximo com o instrumento ISAAC. Os filtros utilizados foram J (1,25 mM, mostrado em azul), H (1,6 mM, mostrado em verde) e K (2,2 mM, mostrados em vermelho). No centro da imagem é um aglomerado de estrelas massivas jovens cuja intensa radiação faz com que o brilho de gás em torno de hidrogênio. A parte inferior direita do aglomerado é uma enorme nuvem de gás molecular. Em comprimentos de onda visíveis, grãos de poeira na nuvem obscura nosso ponto de vista, mas pela observação em luz infravermelha, o brilho do gás hidrogênio por trás da nuvem pode ser vista brilhando fracamente através. Escondidos na região, que tem uma aparência avermelhada escura, os astrônomos encontraram a silhueta opaca de um disco de gás e poeira. Embora seja pequeno nessa imagem, o disco tem um diâmetro de cerca de 20 000 UA, superando o nosso Sistema Solar (1 UA é a distância entre a Terra eo Sol). Pensa-se que este disco está girando e alimentação de material em uma proto-estrela central - um estágio inicial na formação de uma nova estrela.
Links
- A pesquisa para que essas observações foram feitas originalmente foi descrita em ESO imprensa eso0416 .
Crédito:
ESO / R. Chini
quinta-feira, 22 de dezembro de 2011
HUBBLE REGISTRA FORÇA VIOLENTA DE ESTRELA EM FORMAÇÃO
O telescópio espacial Hubble capturou o momento em que uma gigantesca nuvem de gás de hidrogênio é iluminada em decorrência de uma estrela que se encontra em sua fase final de formação. A ESA (Agência Espacial Europeia) divulgou a imagem nesta quinta-feira (15).
A estrela em questão é a S106 IR, que ejeta material a uma velocidade tão alta, a ponto de interferir nos gases e na poeira que a rodeiam.
Esa/Hubble/Efe | ||
As áreas em vermelho são formadas por poeira fria e fina; já a azul é a expansão dos gases de hidrogênio |
A S106 IR também é capaz de "esquentar" esses gases, fazendo-os com que cheguem a uma temperatura de 10 mil graus Celsius. A radiação da estrela ioniza o hidrogênio que, por sua vez, se expande. A luz dessa expansão é vista na cor azul na foto e a camada de poeira fina e fria aparece em vermelho.
A próxima fase da S106 IR será a de estabilidade, mais calmo, considerado como sendo o da fase "adulta". Mas até lá vai demandar um bom tempo cósmico.
quarta-feira, 21 de dezembro de 2011
BURACOS NEGROS RESSUSCITAM E ESPANTAM ASTRONOMAS
O retorno do buraco negro
Uma equipe de investigadores do Centro de Astrofísica da Universidade do Porto, em Portugal, detectou um tipo raro de galáxias ativas (AGNs), simultaneamente com características de AGNs jovens e de antigas.
Acredita-se que esta aparente discrepância seja devida a uma espécie de "religação" da atividade do buraco negro central.
A descoberta ocorreu por acaso quando a equipe, composta essencialmente por astrônomas portuguesas, partiu de um catálogo de mais de 13 mil enxames de galáxias na banda de rádio, à procura de uma conexão entre as galáxias ativas e os respectivos enxames de galáxias.
Buraco negro galáctico com emissão interrompida, em seus últimos suspiros.[Imagem: Aurore Simonnet/Sonoma State University]os respectivos enxames de galáxias.
"O nosso projeto inicial era estudar radiogaláxias em enxames. Por sorte, encontramos oito fontes de rádio com estruturas extensas (com jatos e lóbulos visíveis na banda rádio) que não apareciam na banda do visível, o que estranhamos," explica a coordenadora do estudo, Mercedes Filho. "Decidimos por isso alargar o projeto inicial e seguir o rastro dessas estranhas radiogaláxias."
Espectros
Para obter mais detalhes sobre as galáxias, estes oito objetos foram observados na banda do infravermelho pelo observatório VLT, do ESO.
Isto permitiu à equipe detectar as "galáxias-mãe", isto é, as galáxias que deram origem às extensas estruturas observadas na faixa de rádio.
Ao comparar os espectros destes objetos com modelos conhecidos de galáxias, a equipe concluiu que se trata de objetos muito raros - galáxias com características tanto de AGNs ativas (ainda emitindo jatos de matéria) como de AGNs inativas (onde essa emissão já terminou).
Esta aparente discrepância pode ser explicada, segundo as astrônomas, com uma "reativação relativa e recente da AGN", devido a uma maior disponibilidade de material para alimentar o buraco negro central.
Em geral, quando um buraco negro está ativo, ele produz um jato ao longo do eixo de rotação da galáxia. Este jato pode viajar grandes distâncias, produzindo lóbulos visíveis na banda de rádio.
Quando o buraco negro não está ativo, o jato cessa, mas os lóbulos podem persistir durante muito tempo.
Energia nova
No caso dos buracos negros "renascidos", a emissão original teria sido interrompida em algum ponto no passado, e o material emitido foi-se dissipando, dando origem aos lóbulos que emitem na banda de rádio.
Só que, segundo Mercedes, "os nossos objetos mostram lóbulos no rádio, sinal de um ciclo de atividade no passado, mas o espectro nos diz que o buraco negro e os jatos foram recentemente reativados."
Mais recentemente o buraco negro teria ficado com novo material à sua disposição (por exemplo, proveniente de instabilidades próprias do disco de matéria que o circunda, ou da interação com outras galáxias), dando origem à nova emissão, que começou antes dos lóbulos iniciais se desvanecerem.
A equipe vai agora efetuar novas observações, na banda dos raios gama e de rádio, procurando indícios diretos da presença de um jato jovem e do reacendimento recente do buraco negro central.
terça-feira, 20 de dezembro de 2011
ROBO MARCIANO COMEÇA A MEDIR RADIAÇÃO PERIGOSA PARA ASTRONAUTA
Já durante sua viagem, o robô Curiosidade está levantando informações essenciais para uma futura missão tripulada a Marte. [Imagem: NASA/JPL-Caltech]
Radiação cósmica
O robô marciano Curiosidade não esperou chegar a Marte para começar a fazer suas pesquisas.
Mesmo com o enorme jipe, do tamanho de um SUV, encapsulado dentro de sua concha protetora, a sonda começou a monitorar a radiação que permeia todo o espaço, vinda do Sol e de muito mais longe.
Os dados vão ajudar a planejar as futuras viagens tripuladas a Marte.
O jipe marciano leva a bordo um instrumento chamado RAD (Radiation Assessment Detector, detector para avaliação da radiação, em tradução livre).
O objetivo do RAD é monitorar partículas atômicas e subatômicas de alta energia, vindas do Sol, de supernovas distantes e mesmo de fontes ainda desconhecidas.
Conhecer a intensidade dessa radiação é essencial para projetar as naves interplanetárias, que deverão simular ao máximo as condições de vida na superfície da Terra.
Do tamanho de uma torradeira, o sensor de radiação usa uma série de detectores de silício empilhados, e um cristal de iodeto de césio, para medir os raios cósmicos e as partículas solares. [Imagem: NASA/JPL-Caltech/SwRI]
Modelo de astronauta
As partículas cósmicas compõem uma radiação que pode ser perigosa para qualquer ser vivo no espaço, principalmente durante as longas viagens a Marte, quando o tempo de exposição a elas será maior.
"O RAD está servindo como um modelo de um astronauta dentro de uma espaçonave viajando para Marte," afirmou Don Hassler, um dos idealizadores do aparelho. "O instrumento está lá no meio da espaçonave, como estaria um astronauta."
E não se trata apenas de testar os próprios escudos de proteção: novas partículas são geradas quando as partículas cósmicas atingem as estruturas da nave, feitas de diversos tipos de material.
Em algumas circunstâncias, as partículas secundárias podem ser ainda mais perigosas do que as partículas primárias.
O instrumento continuará seu trabalho após a chegada ao planeta, medindo a radiação que atinge a superfície de Marte.
segunda-feira, 19 de dezembro de 2011
ESO DIVULGA REGISTRO DE FORMAÇÃO DE ESTRELAS EM GALÁXIA
O Observatório Europeu do Sul (ESO, na sigla em inglês) divulgou nesta quinta-feira uma imagem feita pelo telescópio VST da galáxia espiral NGC 253, que brilha a cerca de 11,5 milhões de anos-luz de distância da Terra.
De acordo com os astrônomos, este é o melhor registro já obtido da galáxia e dos seus arredores e mostra uma formação de estrelas intensa. A NGC 253 é também conhecida como Galáxia do Escultor, Moeda de Prata ou do Dólar de Prata. É facilmente observável por meio de binóculos, já que é uma das mais brilhantes no céu, depois da enorme vizinha da Via Láctea, a Galáxia de Andrómeda.
Segundo os astrônomos, os nodos brilhantes que polvilham a galáxia são chamados de bercários estelares, onde as estrelas jovens começam a brilhar. A radiação emitida por estes "bebês" faz brilhar intensamente as nuvens de hidrogênio que se encontram em seu redor.
A galáxia foi descoberta pela astrônoma Caroline Herschel, irmã do famoso astrônomo William Herschel, quando procurava cometas em 1783. A imagem divulgada hoje tem mais de 12 mil pixels de comprimento e as excelentes condições atmosféricas do céu do Observatório do Paranal do ESO, no Chile, resultaram em estrelas muito nítidas espalhadas por toda a imagem.
domingo, 18 de dezembro de 2011
SONDA ESPACIAL CONSEGUE ORBITAR ASTERÓIDE VESTA
imagem de artista mostra nave espacial da NASA orbitando o asteróide
Vesta gigante. Crédito da imagem: NASA / JPL-Caltech imagem> Full e legenda
Esta imagem do gigante asteróide Vesta foi obtida pela sonda da NASA Alvorada na noite 27 de novembro PST (início da manhã 28 de novembro, UTC), como era em espiral para baixo de sua órbita de alta altitude mapeamento para órbita baixa altitude mapeamento. Crédito da imagem: NASA / JPL-Caltech imagem> Full e legendaVesta gigante. Crédito da imagem: NASA / JPL-Caltech imagem> Full e legenda
PASADENA, Califórnia - A sonda Aurora manobrou com sucesso para a sua maior órbita ao redor do gigantesco asteróide Vesta, hoje, começa uma nova fase de observações científicas. A sonda está agora circulando Vesta em uma altitude média de cerca de 130 milhas (210 quilômetros) na fase da missão conhecida como órbita de baixa altitude mapeamento.
"Dawn tem realizado alguma coreografia complicada e bela, a fim de chegar a esta órbita mais baixa", disse Marc Rayman, Dawn engenheiro-chefe e gerente de missão baseado em Jet Propulsion Laboratory da NASA, Pasadena, Califórnia "Estamos em uma posição excelente para aprender muito mais sobre os segredos da superfície de Vesta e interior. "
Lançado em 2007, Dawn está em órbita em torno de Vesta, o segundo objeto de maior massa no cinturão de asteróides entre Marte e Júpiter, desde 15 de julho. A equipe pretende adquirir dados na órbita baixa durante pelo menos 10 semanas.
Enquadramento da câmera de Dawn e instrumentos espectrômetro de mapeamento visível e infravermelho irá porções imagem da superfície em maior resolução do que obtido em grandes altitudes. Mas o objetivo principal da órbita baixa é coletar dados para o detector de raios gama e nêutrons (Grande) e o experimento gravidade. GRAND estará olhando para os subprodutos dos raios cósmicos refletida em Vesta para revelar as identidades de vários tipos de átomos na superfície de Vesta. O instrumento é mais eficaz a esta altitude baixa.
Proximidade com Vesta também permite medições ultra-sensível de seu campo gravitacional. Estas medidas irão dizer aos cientistas sobre a forma como as massas estão dispostas no interior do asteróide gigante.
"A visita da Dawn para Vesta foi de abrir os olhos, até agora, mostrando-nos bebedouros e picos que os telescópios só insinuava", disse Christopher Russell, o principal investigador do alvorecer, com base na UCLA. "Ele desperta o apetite para um dia quando os exploradores humanos podem ver as maravilhas de asteróides para si mesmos."
Após a coleta ciêntífica é completda na órbita baixa altitude mapeamento, Dawn vai ficar fora e conduzir outra campanha ciência na alta altitude da órbita de mapeamento (420 milhas ou 680 quilômetros), quando o sol terá crescido mais nas regiões do norte. Aurora planeja deixar Vesta em julho de 2012 e chegar ao seu destino segundo, o planeta anão Ceres, em fevereiro de 2015.
Missão Dawn para Vesta e Ceres é gerenciado pelo JPL para Missões Científicas da NASA em Washington Direcção. JPL é uma divisão do Instituto de Tecnologia da Califórnia em Pasadena. Dawn é um projeto do Programa da Direcção Discovery, gerido pelo Marshall da NASA Space Flight Center em Huntsville, Alabama UCLA é responsável para a ciência geral Alvorada missão. Orbital Sciences Corp em Dulles, Virgínia, projetou e construiu a nave espacial. O Centro Aeroespacial Alemão, o Instituto Max Planck para Pesquisas do Sistema Solar, a Agência Espacial Italiana e do Instituto Nacional Italiano de Astrofísica são parceiros internacionais sobre a equipe da missão.
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