O asteroide 2005 YU55, que está passando perto da Terra, será visível do Brasil, mas não a olho nu. Segundo o astrônomo Cássio Barbosa quem quiser observar o fenômeno vai precisar de um telescópio com lente de pelo menos 8 polegadas - ou 20 centímetros.
O astrônomo, que é colunista do G1, avisa que os brasileiros devem olhar para o céu na direção norte. Porém, como o asteroide vai passar muito perto, o ponto vai variar de acordo com a latitude.
"Para tornar a observação ainda mais complicada, se moverá muito rápido no céu quando passar", completa Scott Fisher, diretor da Divisão de Astronomia da Fundação Nacional de Ciências dos EUA. A observação será mais fácil no hemisfério norte do que ao sul do Equador.
O corpo celeste atinge nesta terça-feira (8) o ponto mais próximo de nosso planeta. A Nasa calcula que, às 21h28 (horário de Brasília), ele estará a menos de 325 mil quilômetros da Terra, ou seja, mais perto que a distância que nos separa da Lua.
"Essa a aproximação mais rente de um asteroide que já ficamos sabendo com antecedência em toda a história", afirma Lance Benner, pesquisador do Laboratório de Propulsão de Jatos (JPL), órgão da Nasa responsável por essas contas.
"O 2005 YU55 não vai bater na Terra, pelo menos não dentro do período que conseguimos calcular, que se estende por vários séculos", completa o especialista.
O asteroide, que tem cerca de 400 metros de uma ponta à outra, passa com regularidade perto de Vênus, da Terra e de Marte, mas não chega tão próximo de nós há pelo menos 200 anos.
A última vez que um corpo celeste tão grande chegou tão perto de nós foi em 1976, mas, na época, os astrônomos não previram a visita. A próxima visita de um asteroide desse tamanho está prevista para 2028.
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