Utilizando dados da sonda europeia Roseta e de observatórioes terrestres, uma equipe internacional de cientistas constatou que o asteroide 21 Lutetia é de fato um fragmento do mesmo material que no início da formação do Sistema Solar deu origem à Terra e aos planetas interiores Vênus e Mercúrio.
O estudo foi realizado por pesquisadores estadunidenses e franceses, que constataram que as propriedades de 21 Lutetia são bastante similares às de um tipo raro de meteoritos encontrados na Terra, que se acredita tenham se formado nas regiões interiores do Sistema Solar.
De acordo com o paper (trabalho científico), publicado na revista especializada Icarus, após sua formação 21 Lutetia deslocou-se das proximidades do Sol para a sua órbita atual, situada entre os planetas Marte e Júpiter, em uma região conhecida como Cinturão de Asteroides.
Segundo Pierre Vernazza, ligado ao Laboratoire d’Astrophysique de Marseille e principal autor do trabalho, dos objetos situados na região onde a Terra se formou, menos de 2% chegaram ao cinturão principal de asteroides. A maioria deles desapareceu depois de alguns milhões de anos, juntando-se aos ainda jovens planetas em formação. No entanto, alguns dos maiores, como 21 Lutetia foram lançados para órbitas mais seguras e mais distantes do Sol.
Medindo cerca de 96 km, 21 Lutetia é um grande asteroide do cinturão e é o maior objeto visitado pela sonda espacial Rosetta em julho de 2010. Foi descoberto em 15 de novembro de 1852 por Hermann Goldschmidt, durante sessão de observações feitas a partir da varanda de seu apartamento, em Paris. Seu nome deriva da palavra em latim para a cidade de Paris.
Dados
Para chegarem à conclusão de que 21 Lutetia é na realidade um fragmento do mesmo material que formou a Terra, Vênus e Mercúrio, os pesquisadores combinaram dados da câmara OSIRIS, a bordo da sonda Rosetta, do New Technology Telescope (NTT) instalado no Observatório de La Silla, nos Andes chilenos, do Infrared Telescope Facility, no Hawaí e do telescópio espacial Spitzer, ambos da Nasa.
Com todos estes dados foi possível obter um espectro bastante completo do objeto, posteriormente comparado o de meteoritos encontrados na Terra e que têm sido estudados extensivamente em laboratório.
Apenas um tipo de meteorito - condritos enstatite, também conhecidos por condritos do tipo E - apresenta propriedades semelhantes a 21 Lutetia em todos os comprimentos de onda estudados. Esses meteoritos são conhecidos por conterem material que datam dos primórdios do Sistema Solar.
Acredita-se que essas rochas tenham se formado quando o Sol ainda era jovem e que tenham constituído o principal material de construção dos planetas rochosos. No entender dos pesquisadores, 21 Lutetia não deve ter se formado no Cinturão de Asteroides, mas bem mais próximo do Sol.
Segundo Vernazza, 21 Lutetia pode ter sido ejetado para fora das regiões interiores do Sistema Solar ao passar próximo de um dos planetas rochosos, capazes de alterar significativamente a sua órbita. No entender do cientista, um encontro com Júpiter durante a sua migração para a atual órbita também justificaria a grande variação de órbita de Lutetia verificada atualmente.
Estudos anteriores da cor e da superfície de 21 Lutetia já mostravam que o objeto era um membro bastante incomum do Cinturão de Asteroides, com características partilhadas por menos de 1% da população de corpos daquela região. Os novos resultados explicam porque é que 21 Lutétia é diferente: o objeto é um sobrevivente muito raro do material original que formou os planetas do Sistema Solar interior.
De acordo com o paper (trabalho científico), publicado na revista especializada Icarus, após sua formação 21 Lutetia deslocou-se das proximidades do Sol para a sua órbita atual, situada entre os planetas Marte e Júpiter, em uma região conhecida como Cinturão de Asteroides.
Segundo Pierre Vernazza, ligado ao Laboratoire d’Astrophysique de Marseille e principal autor do trabalho, dos objetos situados na região onde a Terra se formou, menos de 2% chegaram ao cinturão principal de asteroides. A maioria deles desapareceu depois de alguns milhões de anos, juntando-se aos ainda jovens planetas em formação. No entanto, alguns dos maiores, como 21 Lutetia foram lançados para órbitas mais seguras e mais distantes do Sol.
Medindo cerca de 96 km, 21 Lutetia é um grande asteroide do cinturão e é o maior objeto visitado pela sonda espacial Rosetta em julho de 2010. Foi descoberto em 15 de novembro de 1852 por Hermann Goldschmidt, durante sessão de observações feitas a partir da varanda de seu apartamento, em Paris. Seu nome deriva da palavra em latim para a cidade de Paris.
Dados
Para chegarem à conclusão de que 21 Lutetia é na realidade um fragmento do mesmo material que formou a Terra, Vênus e Mercúrio, os pesquisadores combinaram dados da câmara OSIRIS, a bordo da sonda Rosetta, do New Technology Telescope (NTT) instalado no Observatório de La Silla, nos Andes chilenos, do Infrared Telescope Facility, no Hawaí e do telescópio espacial Spitzer, ambos da Nasa.
Apenas um tipo de meteorito - condritos enstatite, também conhecidos por condritos do tipo E - apresenta propriedades semelhantes a 21 Lutetia em todos os comprimentos de onda estudados. Esses meteoritos são conhecidos por conterem material que datam dos primórdios do Sistema Solar.
Acredita-se que essas rochas tenham se formado quando o Sol ainda era jovem e que tenham constituído o principal material de construção dos planetas rochosos. No entender dos pesquisadores, 21 Lutetia não deve ter se formado no Cinturão de Asteroides, mas bem mais próximo do Sol.
Segundo Vernazza, 21 Lutetia pode ter sido ejetado para fora das regiões interiores do Sistema Solar ao passar próximo de um dos planetas rochosos, capazes de alterar significativamente a sua órbita. No entender do cientista, um encontro com Júpiter durante a sua migração para a atual órbita também justificaria a grande variação de órbita de Lutetia verificada atualmente.
Estudos anteriores da cor e da superfície de 21 Lutetia já mostravam que o objeto era um membro bastante incomum do Cinturão de Asteroides, com características partilhadas por menos de 1% da população de corpos daquela região. Os novos resultados explicam porque é que 21 Lutétia é diferente: o objeto é um sobrevivente muito raro do material original que formou os planetas do Sistema Solar interior.
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